Friday, August 31, 2007

Salpicados pelo Estoril-Sol


Soube-se recentemente que as quantidades de amianto puro e de fibrocimento existentes no Estoril-Sol foram superiores às que se previa encontrar: 110 toneladas removidas no primeiro caso, 400 metros quadrados no segundo, de acordo com o Expresso. A presença de amianto no edifício, de utilização corrente à data da sua construção, pesara já, de resto, na escolha da sua demolição controlada, em detrimento da implosão.

Na quarta-feira, quem passou pelo Paredão ao final da tarde foi brindado com uma chuva miudinha. Não vinha do céu, nem vinha do mar. À aproximação do que resta do Estoril-Sol, percebeu-se de onde vinham afinal estes salpicos, que deixaram meio mundo a olhar para cima. Vinham directamente do estaleiro, onde uma grua desmantelava mais um piso, com a ajuda de um jacto de água mal protegido por uma tela esvoaçante. Por muitos cuidados que tenha havido na remoção do amianto - e certamente que os houve -, restam sempre partículas em suspensão. Não haverá outra maneira de proteger a obra em curso que uma mera tela que esvoaça ao vento?

Thursday, August 30, 2007

Tuesday, August 28, 2007

Posição da CMC

Em relação ao email «Ciclistas criminosos», aqui fica o resumo da posição da Câmara Municipal de Cascais no que respeita ao Paredão (passeio pedonal S. João - Cascais), enviado pelo seu Presidente:

«1. Embora este equipamento seja um passeio pedonal e, portanto, à partida exclua velocípedes, a Câmara estudou a possibilidade de conciliar a utilização das bicicletas, mas infelizmente chegou à conclusão que tal é inviável, em sintonia com a Associação do Amigos do Paredão. A hipótese de coabitação seria através da demarcação no piso de uma faixa destinada aos velocípedes, mas o facto de ocorrerem diversos estrangulamentos de largura entre Cascais e S. João, nomeadamente junto a algumas esplanadas de concessionários, bem como a cada vez maior frequência de eventos organizados no Paredão, torna desaconselhável tal solução.

2. Como teremos de admitir, não seria de esperar que a generalidade dos ciclistas viesse a desmontar nesses locais de estrangulamento ou de localização de eventos e atravessá-los com a bicicleta à mão. Basta assistirmos, sentados numa das esplanadas em causa, ao que fazem os habituais prevaricadores quando por elas passam em desrespeito da Lei e das mais elementares regras de conduta cívica.

3. Na verdade, o Paredão conhece felizmente uma grande afluência de peões em muito períodos do dia e da semana, em todas as estações do ano, e já se verificaram diversos acidentes de certa gravidade fruto de atropelamentos por bicicletas. É patente e notório que, apesar do comportamento responsável da maioria dos ciclistas, alguns abusaram da velocidade e até se permitem exercitar acrobacias, colocando em risco a integridade dos peões. Mesmo a baixa velocidade, o desequilíbrio e a queda provocada em idosos pode ter consequências gravíssimas. A responsabilidade civil subsequente pelos danos é da Câmara Municipal e a responsabilidade pessoal é do seu Presidente.

Compreendo muito bem a frustração de muitos ciclistas que, como eu próprio, poderiam desfrutar de bicicleta aquele magnífico passeio e até utilizá-la regularmente como meio habitual de transporte, com vantagens para o trânsito.

4. Não concordo que, como refere o Munícipe, seja caricato que os polícias se desloquem em veículos motorizados no Paredão, pois, dado o reduzido número de efectivos e a necessidade de acorrerem rapidamente a qualquer ponto do Litoral onde possam surgir problemas, não haveria outro meio de o conseguirem com a celeridade exigível. Quanto às viaturas que fazem as descargas de mercadorias e que prejudicam o piso e a comodidade dos utentes, a Câmara acaba de adquirir duas viaturas eléctricas para o efeito e está a elaborar um protocolo de colaboração com os concessionários para retirar o maior número possível de viaturas pesadas do Paredão.

5. Pelas razões expostas, a nossa decisão não poderia deixar de ser a interdição de bicicletas no Paredão.Sem dúvida que os ciclistas têm direitos, mas não podem atropelar os direitos dos peões. O que importa é tentar conciliar os interesses em presença. De qualquer modo, não se trata obviamente de uma decisão irreversível, pois a experiência pode favorecer que venha a ser ponderada uma solução alternativa,em articulação com a Associação dos Amigos do Paredão e as Forças de Segurança.

6. O que é importante registar é a apetência muito saudável de um número crescente de cidadãos pela utilização da bicicleta quer em termos lúdico-desportivos, quer como meio habitual de transporte. Assim, embora a orografia e o desenho urbanístico sejam muitas vezes obstáculos difíceis de vencer, será nossa preocupação procurar alargar progressivamente as pistas dedicadas para o efeito, à semelhança da que existe entre a Guia e o Guincho.

Desde já está em projecto a ligação por ciclovia desde a praia de Carcavelos até à Estação de Caminho de Ferro, atravessando a Quinta dos Ingleses (através do futuro parque urbano), com prolongamento para a Quinta do Barão. Por outro lado está já projectada a ligação Praia do Guincho a Birre, em prolongamento da actual ciclovia. No próximo dia 16 de Setembro (semana da mobilidade) vamos repetir o teste da "marginal ciclável" entre as 7h e as 12h. Esperamos também repetir até ao final do ano a disponibilização do Autódromo durante um dia para utilização exclusiva da pista por ciclistas.»

Monday, August 27, 2007

Chegado por email:

«Estoril-Sol

Aquilo parece as construções de Lego que fazia quando era criança! Parece também uma fortificação do filme "A guerra das estrelas"! Se bem me lembro na altura, a justificação para deitar o hotel abaixo era o excesso de volumetria e que era desadequado para os tempos recentes, como unidade hoteleira! Tb. concordo que o que era antes tinha todo o aspecto de um "mamarracho", mas que marcou uma época! Este é outro "mamarracho" que irá marcar esta época! Porque ambos são horríveis! Este novo projecto é de um enorme novo-riquismo, que serão as criaturas que para lá irão viver! A volumetria ainda consegue ser maior do que a anterior! Se o edifício não fosse de vidro, seria uma nova Quarteira! O Arq.Manuel Salgado desenhou um edifício nas Amoreiras, ao pé do Pátio Bagattela, em construção, que é um cubo de vidro!!!!! É o que está a dar: Cubos de vidros, sózinhos ou emparelhados, como é o caso deste!!!

José Tadeu»

Chegado por email:

«Ciclistas criminosos

Amigos

Já deve ser do conhecimento de todos, mas se não é, este email serve para divulgar o facto.

Oeiras e Cascais, consideram os ciclistas marginais. Proibiram-se as bicicletas nos passeios junto ao mar e colocaram-se polícias a patrulhar as zonas para “deter” estes marginais. Passam-se multas, apreendem-se bicicletas, e, pior que tudo, cria-se uma mentalidade que avalia o ciclista como um marginal, incumpridor das leis. O slogan de Oeiras é “Oeiras Marca o Ritmo”. É esse o ritmo que queremos? Penso que não.

Enquanto as autoridades dedicam atenção aos ciclistas ignoram as centenas de condutores que estacionam em redor das praia em zonas que obrigam os peões a circular pela estrada. Parece-me que as Câmaras de Oeiras e Cascais promovem um sentimento de impunidade aos condutores e o resultado é o estacionamento vândalo típico da costa portuguesa.

Elaborei um artigo que enviei para algumas entidades. Foi já mencionado no jornal O SOL de dia 18 de Agosto de 2007 e está publicado no site da FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE CICLOTURISMO E UTILIZADORES DE BICICLETA e pode ser consultado em http://www.fpcub.pt/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=138&Itemid=2. Estão também no site alguns desenhos para T-Shirts que gostaria de começar a divulgar.

Quero alertar para este problema e incentivar as pessoas a mexerem-se. Escrevam para as câmaras, queixem-se no livro amarelo. Imprimam a carta e reenviem-na. Se quiserem ajudar a criar um melhor ambiente para nós e nossos filhos, ajudem e façam um abaixo assinado que depois poderemos juntar aos que já tenho para fazermos pressão ás autoridades, alertando que as bicicletas são uma solução para alguns problemas e não um problema em si. Brevemente as pessoas preocupadas com o ambiente serão tantas que a proibição de bicicletas será um suicídio político.

Divulguem e ajudem

Cumprimentos a todos

Tiago Andrade Santos»

No bicentenário das Invasões Francesas


Cascais e Oeiras vão celebrar, em conjunto, a edição de 2007 das Jornadas Europeias do Património, sendo o Bicentenário das Invasões Francesas e da Construção das Linhas de Torres o tema escolhido pelos dois concelhos: no território de ambos guardam-se ainda alguns vestígios da que foi a terceira linha de defesa da cidade de Lisboa - de Paço de Arcos ao Junqueiro, em Carcavelos.

O tema será desenvolvido num ciclo de conferências a realizar no Centro Cultural de Cascais e na Fortaleza de S. Julião da Barra, a 28 e 29 de Setembro, respectivamente. Haverá também visitas às primeira e segunda linhas, visitas que serão conduzidas por Clive Gilbert, da British Historical Society of Portugal.


Créditos imagem: Embarque de D. João, Príncipe Regente de Portugal, para o Brasil, em 27 de Novembro de 1807; Nicolas Delerive, Museu Nacional dos Coches

Friday, August 24, 2007

Att.. CMC e do Sr. Pedro Reyes

Ontem, no topo norte da Rua Direita, estava estacionado um Mercedes escuro, com diversas folhas A-4 coladas nos vidros, dizendo "trata". Já o tinha visto noutras artérias mas nunca ali, em plena Rua Direita, à boca do largo por cima da Praia da Raínha.

O descarado proprietário ainda vai mais longe, acrescentando ao texto: "Sou residente mas ainda não tenho o dístico de estacionamento. Chamo-me Pedro Reyes".

Um mimo, com "y" e tudo.

Saturday, August 11, 2007

Desleixo


Na praia da Azarujinha fizeram-se recentemente obras para reposição das placas do paredão levadas pelo mar no Inverno. Como é costume neste país, as coisas nunca se acabam. Neste caso devem estar à espera que o mar leve o entulho...

Sunday, August 05, 2007

Enquanto é tempo



A Teoria da Janela Partida diz sinteticamente que o mais pequeno sinal de desatenção e de desmazelo constitui um convite ao vandalismo. Se com o passar do tempo a janela continuar partida, o convite tornar-se-á ainda mais caloroso: “Estejam como em vossa casa” e não será preciso esperar muito para rapidamente se perder o controlo da situação. Para que o mesmo não aconteça um dia ao Chalet Faial - obra do arquitecto José Luiz Monteiro, de 1896 -, aqui fica um alerta e um apelo: com nítidas marcas de ter sido arrombada, a entrada secundária do edifício deixa ver também outros sinais de desmazelo na forma de lixo e de sucata amontoados junto às suas dependências anexas. Se nada mudou entretanto em termos de titularidade, o Chalet Faial, que durante vários anos operou como sede do Tribunal Judicial de Cascais, continuará na posse do Ministério da Justiça. Alguém feche aquela porta, por favor, enquanto é tempo: não para que se esconda debaixo do tapete o desmazelo já visível, mas para que ele não abra caminho a um dano ainda maior.