Monday, February 28, 2011

Hotel Miramar, recordar é viver (*)


Foto recebida por e-mail.


(*) Depois de várias chamadas de atenção, fica a correcção devida:

Esta foto que nos foi enviada não tem que ver com o defunto HOTEL MIRAMAR mas com o primeiro Casino do Estoril no lote actualmente ocupado pelo horroso edifício Eden. Fica feita a correcção. Obrigado aos leitores atentos;-)

Prémio para Museu Paula Rego

Sunday, February 20, 2011

Mar provoca estragos ao longo do paredão na Linha de Cascais

In Público (20/2/2011)
Por Lusa

«O estado do mar agravou hoje de madrugada os estragos provocados nos últimos dias pela forte agitação marítima, na Linha de Cascais, com danos no paredão e num restaurante, disse à Lusa fonte da Polícia Marítima.
Ao longo do paredão, há danos no pavimento e nas estruturas metálicas junto às rochas (Bruno Rascão (arquivo))

“Esta noite tivemos uma maré muito grande e destruiu ainda mais”, afirmou a fonte da Polícia Marítima de Cascais, referindo-se aos danos causados pelas ondas na zona do Estoril, nomeadamente no Tamariz.

“Toda a zona do paredão foi muito fustigada”, acrescentou, relatando também danos frente ao hotel “Mirage”, em Cascais.

Carcavelos também não escapou à forte ondulação, que partiu vidros do restaurante “Pastorinha”, indicou a mesma fonte.

Ao longo do paredão, há danos no pavimento e nas estruturas metálicas junto às rochas, onde o mar chega a arrastar pedras de grande peso e vedação em dias de mau tempo.»

Wednesday, February 09, 2011

ICNB limita intervenção com fogo em Sintra-Cascais

In Público (9/2/2011)
Por Luís Filipe Sebastião


«A Protecção Civil de Cascais realizou anteontem uma acção de fogo controlado na serra de Sintra, integrada na estratégia de defesa da floresta contra incêndios florestais. Mas a intervenção foi limitada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) apenas a uma parcela de terreno, na sequência de críticas de moradores que alertaram para os riscos ambientais e paisagísticos da iniciativa.

Segundo conta o vereador da Protecção Civil, Pedro Mendonça (CDU), o uso de fogo controlado na encosta da Peninha, no perímetro do Parque Natural de Sintra-Cascais, abrangia seis parcelas de terreno florestal, num total de 19 hectares. A acção, analisada na Comissão Municipal de Defesa da Floresta, acabou por ser reduzida a quatro parcelas. Os 11 hectares de terreno foram preparados, incluindo a abertura de caminhos para facilitar o acesso de bombeiros, mas na sexta-feira o ICNB informou a autarquia que apenas autorizava o uso de fogo controlado numa das parcelas.

"Aceitámos a decisão porque se trata de uma área do parque natural. Mas lamentamos porque só prova que os representantes do ICNB na comissão não estão mandatados para assumir as suas decisões", comenta Pedro Mendonça, acrescentando que "fica comprometida a estratégia de defesa do património e da segurança das populações da serra de Sintra contra os fogos florestais". O autarca nota que a acção é realizada por especialistas e visa reduzir os riscos de incêndio, apontando a intervenção realizada, sem qualquer polémica, no ano passado em 4,8 ha.

Entre moradores da Malveira da Serra, a intervenção suscitou receios, uma vez que aquela zona perto do mar está exposta a mudanças bruscas de vento. Quem será responsável, perguntava-se numa mensagem na Internet, "pelos danos ambientais e estéticos", como ainda por outros, caso as chamas fiquem fora de controlo?

A associação ambientalista Quercus questionou, em Janeiro, se foi requerido parecer prévio para a operação. O ICNB confirmou a aprovação na comissão e que acompanhou os trabalhos de preparação das faixas para o "fogo técnico", não tendo sido detectado espécies botânicas de elevado risco como a Armeria pseudarmeria, uma flor endémica ameaçada. Medidas de salvaguarda foram adoptadas para carvalhos e pinheiros, cabendo à agência municipal Cascais Natura um estudo sobre os efeitos desta técnica na área protegida.»

Monday, February 07, 2011

Incêndios na Peninha

Chegado por e-mail:


«Exmos. Senhores

MUITO URGENTE

Fomos informados que está previsto para hoje iniciar os incêndios na encosta da Peninha.

Apesar de toda a oposição da população da Malveira da Serra , as entidades insistem nesta politica de confronto e destruiçao, apoiadas em decisões tomadas à revelia dos verdadeiros interessados.

Onde se esperava dialogo há apenas arrogância e altivez.

COMO É POSSÍVEL ESTE ATAQUE AO LEGADO CULTURAL PORTUGUÊS?

Como se pode incendiar o Parque Natural Sintra-Cascais em nome de decisões politicas obscuras, duvidosas e mal explicadas?


Será que ainda vamos assistir á demoliçao preventiva dos Jerónimos para evitar que o proximo terramoto os destrua?

Como podem os politicos (cada vez mais descredibilizados aos olhos da população) prosseguir nesta caminhada cada vez mais afastada do que deveria ser o seu verdadeiro objectivo, o serviço publico?


J. Contreiras
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Friday, February 04, 2011

Manifestação a favor das Rampas na Estação de S. João do Estoril

«Caro Sr.(a) Jornalista


A AMQC, vai, no dia 8 de Fevereiro, entre as 16.30h e as 19.00h, realizar uma Recolha Pública de Assinaturas e Proceder ao Encerramento do Abaixo-Assinado “Pela Criação de Rampas de Acesso à Passagem Inferior Pedonal da Nova Estação de S. João do Estoril.", junto à Estação de S. João do Estoril.

Este Acto terá a participação dos Moradores da Quinta da Carreira, e será a forma de demonstrar o total repúdio pela inflexibilidade da REFER, em cumprir o estipulado por Lei.

Contamos com a sua presença.

Contactos:
Carlos Guimarães: 93 414 21 81
e-mail: amqc@amqc.org

Sem mais,

Carlos Guimarães
(Presidente da Direcção da AMQC)
Avenida Mariano Cirilo de Carvalho, CUBO AMQC
S. João do Estoril
2765-494 Estoril
Tel: 214 688 075
direccao@amqc.org
www.amqc.org
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Moradores contra plano para Monte Estoril


In Público (5/2/2011)
Por Luís Filipe Sebastião

«Instituto que gere património arquitectónico considera que teria sido uma "mais-valia" fazer uma avaliação de impactes ambientais, que a autarquia de Cascais preferiu dispensar

Estoril-Sol assume projecto marcante
O que cabe no? plano de pormenor

O plano de pormenor para a reestruturação urbanística do terreno do Hotel Miramar, no Monte Estoril, recebeu apenas três participações na discussão pública. A associação de moradores e o movimento cívico Cidadania Cascais consideram que a construção de um novo hotel, com uma centena de quartos, rompe com o enquadramento urbanístico e arquitectónico da zona e reclamam uma avaliação dos impactes ambientais.

A proposta de plano que admite uma nova unidade hoteleira no Monte Estoril esteve em discussão pública entre Novembro e Dezembro. No terreno ocupado com a ruína do Hotel Miramar é proposto um novo edifício, com dois pisos em cave e dois acima do solo. A câmara decidiu, em 2009, isentar o plano de avaliação am- biental estratégica, por se tratar de um pequeno quarteirão e não se vislumbrarem efeitos significativos na envolvente.

Opinião diferente é defendida pelo Cidadania Cascais. Na discussão pública, este movimento cívico defendeu que o plano "impunha que houvesse uma avaliação ambiental", uma vez que o mesmo "acarretará uma série de fortes e irreversíveis externalidades negativas". Isto quanto ao "forte impacto negativo a nível local no que se refere ao equilíbrio ur- banístico da zona", à circulação de pessoas e automóveis, e "ao sombreamento das moradias vizinhas e ao ruído".

Os subscritores do documento - entre os quais Paulo Ferrero, Pedro Canelas e José d"Encarnação - lamentam que a câmara nada tenha feito em 35 anos pela reconstrução do antigo hotel Miramar e opte por "um plano de pormenor para o local em vez de promover um projecto de reabilitação do Miramar, que conservasse as ruínas e respeitasse a envolvente" - um Monte Estoril "revivalista e romântico, feito de moradias, arvoredo, ruas pacatas e silêncio", procurado pelos turistas nos finais do século XIX. O plano de pormenor, acusam, é "um meio de contornar o Plano Director Municipal [PDM]", que nunca permitiria um projecto com tal "impacte visual e volume de construção".


Ameaças com tribunal


Para o Cidadania Cascais, a média da cércea envolvente admitida no plano não pode levar em conta o prédio de oito pisos vizinho à antiga pensão Boaventura, "pois trata-se de um edifício de génese ilegal" alvo de um processo em tribunal. Por outro lado, uma unidade de 105 quartos, com estacionamento subterrâneo para 72 viaturas, numa zona de vivendas, "não é, de maneira nenhuma, um "hotel de charme"". Nesse sentido, avisam que, se nada mudar, tudo farão para o travar, incluindo "os meios judiciais".

"É bom de ver que a estética "byrneniana" no concelho de Cascais não tem primado, a nosso ver, pelo "charme" e este é mais um exemplo disso, quando tudo recomendava que os maus exemplos não seriam para repetir", salienta, por seu turno, a Associação de Moradores do Monte Estoril, aludindo ao arrojo de Gonçalo Byrne no polémico empreendimento Estoril-Sol Residence, que substituiu o antigo hotel junto à Marginal. O parecer lamenta que nada tenha sido feito para salvar da ruína, desde 1975, aquele que antes foi o antigo Casino Internacional, "um dos expoentes máximos do turismo de finais do século XIX e princípios do século XX na "Riviera portuguesa"".

Os moradores sublinham que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico - sem contestar a decisão camarária - entendeu que, pelas características do plano, "teria sido uma mais-valia proceder a uma avaliação ambiental de impactes". E que alertou para "a eventual perda de privacidade dos edifícios vizinhos", com "o sistema de vistas e com o ensombramento a acautelar na fase de projecto". A associação também ameaça recorrer "às instâncias judiciais" para travar o projecto.

Antes de suspender o mandato de presidente da autarquia de Cascais, António Capucho, confirmou que foram recebidas três participações na discussão pública (uma de um cidadão, outra da associação de moradores e uma do movimento cívico), o que, na sua opinião, "revela que o projecto está longe de configurar uma situação polémica". As considerações do Cidadania Cascais são classificadas pelo autarca social-democrata - que suspendeu funções por razões de saúde - como "despropositadas e desprovidas de fundamento, embora se reconheça o direito de discordarem do projecto por razões estéticas".

António Capucho justificou que a isenção de avaliação de impactes foi precedida de consulta à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que não detectou "factores ambientais relevantes susceptíveis de serem críticos" para a elaboração do plano.

O autarca argumentou ainda que se o terreno estivesse classificado no PDM como de uso turístico, em vez de urbanizável de baixa e alta densidade - como é o caso -, não seria pre- ciso qualquer plano e "a câmara li- mitar-se-ia a um simples processo de licenciamento do projecto de arquitectura". E remata: "O novo hotel será de qualidade (quatro estrelas ou superior) e adequado às mais rigorosas exigências de sustentabilidade ambiental, eficiência energética e de serviço, existentes à data, incorporando os elementos construídos que foi possível salvaguardar da ruína do antigo Hotel Miramar".»