Wednesday, October 31, 2007

Plano Estratégico para o Turismo no Município de Cascais (2006-2009):

http://www.gestaoestrategica.ccdr-lvt.pt/files/256.pdf


Fonte: mão amiga

Processo Montrose foi para tribunal?

Alguém sabe onde pára o processo da Villa Montrose?

Todos dizem que foi requerido para o Tribunal Administrativo.

E não há cópias na CMC? Como podem os cidadãos consultar o processo para, dentro dos prazos, agirem em conformidade?

Tuesday, October 30, 2007

Villa Montrose / Queixa à AR

Ex.mos Senhores da Comissão da AR do Poder Local, do Ambiente e do Ordenamento do Território

Serve o presente para apresentar queixa sobre o processo de aprovação e construção de condomínio, aprovado pela Câmara Municipal de Cascais para a histórica Villa Montrose, sita na Rua Alegre, no Monte Estoril, último verdadeiro pulmão verde da zona e local pleno de história (conforme documento em anexo). E apresentamos queixa pelas razões que seguidamente apontamos:

1. Achamos que um projecto como o que está em execução naquela propriedade deveria ter Plano de Pormenor, ou seja, da forma como foi feito, contornou-se, de forma subtil, o PDM.

2. Como é que a CMC permitiu semelhante esventramento naquele fabuloso espaço (que comporta dezenas de palmeiras, eucaliptos e outras espécies centenárias e de majestoso porte, como um cedro supostamente a proteger e já entretanto abatido), último pulmão verde do Monte Estoril - que, por caricata contradição, por vontade do Pelouro da Cultura estaria hoje classificado como Imóvel de Interesse Municipal (aliás, há a informação que a propriedade terá sido classificada na década de 90, pelo que o caso seria ainda mais grave do que já é!) - e também objecto de estudo por eminentes catedráticos (anexo), e referência obrigatória na documentação que a própria CMC produz sobre o património do concelho?

4. Como é possível que a CMC, através do seu Vice-Presidente, Carlos Carreiras, tivesse dado «luz verde» a este projecto, projecto que é muito pior em termos de volumetria e impacte ambiental do que um outro, ainda há pouco tempo chumbado pelo próprio Presidente da CMC, porque atentava contra aquele mesmo património?

5. Como é possível que este projecto seja aprovado e, imediatamente ao lado do Chalet Montrose, tenha sido chumbado um projecto de particular para pequenas alterações numa garagem tenha sido chumbado pelos mesmos serviços da CMC, com a justificação que alterava a traça do imóvel em causa e o conjunto urbano vizinho, ou seja, o próprio Chalet Montrose?

6. Como é possível que as obras deste condomínio tenham avançado sem a colocação prévia do indispensável «Aviso», que foi apenas colocado 24h após os primeiros protestos dos cidadãos?

7. Como é possível, que os cidadãos não tenham sido ouvidos e estejamos todos perante um malfadado «facto consumado»?

8. Como é possível que a CMC entenda como claro o processo de venda da propriedade (em anexo)?

9. Como é possível que a CMC entenda como claro um «projecto de alterações» daquele calibre, que em tudo se assemelha a um loteamento?

Solicitámos ao Sr.Presidente Capucho que parasse para pensar. Há formas de evitar estes atentados ao património, e certamente que há a possibilidade de no Município de Cascais se fazer uma permuta com o promotor deste empreendimento! mas até agora nada conseguimos)

Mais informamos que:
- decorre entre os moradores do Monte Estoril um abaixo-assinado presencial;
- apresentámos queixa à PGR, à Provedoria de Justiça, à IGAT e à Provedoria Municipal.

(mais informações estão disponíveis no blogue Cidadania Csc, http://cidadaniacsc.blogspot.com , com cópia das cartas enviadas à CMC, todas sem resposta, e registo fotográfico do escândalo)

Mais acescentamos que de facto já entraram "a matar" (para usar terminologia do vice-presidente da CMC... em email que V.Exas poderão ler no blogue) os bulldozzers, matando a quase totalidade do jardim, a sul, e destruindo o muro a sul (por sinal, supostamente, protegido) a fim de esventrarem o solo para construção das garagens, que entretanto já começou.

Apresentamo, assim, queixa à Assembleia da República, à sua 7ª Comissão Permanente, do Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território, na esperança de que possa travar este empreendimento, destruidor de uma mancha verde e de um património únicos no Monte Estoril.

Aproveitamos esta oportunidade para solicitar a V.Exas uma audiência com carácer de urgência.

Ainda o promotor e o Sr.Rui Ribeiro

Afinal, o tal senhor Rui Ribeiro, que eu perguntei aqui se alguém sabia quem era; disseram-me ontem e confirmei há pouco, foi vereador do PSD no anterior mandato, pelo que as coisas começam, finalmente, a ser claras.

Atenção:

O dono da empresa Rui Ribeiro Construções SA chama-se Rui Daniel da Silva Ribeiro enquanto que o ex-vereador é Rui Paulo da Silva Frade Ribeiro, que actualmente é presidente da TratoLixo.

Fica feita a correcção.

E apresento o meu pedido de desculpas, pois só a terceira fonte de informação se mostrou fidedigna
.


Texto editado

Ainda a resposta subliminar de Carlos Carreiras:

Como parece que este post suscita dúvidas sobre quem enviou o quê a quem, aqui fica a transcrição completa:

«de: Carlos Carreiras 'carlos.carreiras@cm-cascais.pt' 17 out
para: Cidadania Cascais 'cidadaniacsc@gmail.com' data 17/10/2007 11:26
assunto: RE: Vila Montrose/Pedido de esclarecimentos à CMC/passos seguintes
enviado por cm-cascais.pt

Caro António;

Considero que a resposta deve ser durissima, ao que sei inscreveram-se para a sessão de câmara.
Tenho o dossier todo estudado e temos razões mais do que suficientes para passar ao ataque, o projecto cumpre a resposta ao Pedido de Informação Prévia emitida em 2003, assim como todos os pareceres de salvaguarda do DAM e do DEC.
Quanto ao edificio "castelinho" era recente e ilegal.
Aguardo instruções.
Abraço
Carlos Carreiras
»

Projecto Integrado para Reabilitação do Monte Estoril

Só para dizer que o Projecto Integrado para Reabilitação do Monte Estoril está disponível aqui.

Monday, October 29, 2007

Vila Montrose: Antes e Depois

27/10/2007



"Chalé do Monte Estoril ganha nova vida" in Espaços e Casas, 27/10/2007
Texto de Fernanda Pedro









In Público (29/10/2007)

Este caso ainda vai dar que falar...

A prova que a Villa Montrose era um «pulmão verde»:


É esta fotografia do Google Earth, sobre o Monte Estoril.

Fonte: TS

Friday, October 26, 2007

Património recuperado (1)



O Farol-Museu de Santa Marta, «...com projecto de arquitectura da autoria de Francisco Aires Mateus e Manuel Aires Mateus e programa museológico da responsabilidade de Joaquim Boiça, nasceu a partir do forte e farol com o mesmo nome, fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Cascais e o Estado Maior da Armada Portuguesa. As obras de adaptação às novas funções tiveram início em 2006, promovendo a requalificação e conversão do Forte e Farol de Santa Marta em espaço de cultura e lazer, embora mantendo as suas funções de sinalização costeira, sob a direcção da Marinha, através da Direcção de Faróis.

O programa museológico apresenta, para além de uma panorâmica geral sobre os faróis, temáticas específicas, tais como os faróis de Portugal; o forte e o farol de Santa Marta; os faróis e as ajudas à navegação (Cascais e barra do Tejo); o ofício de faroleiro. O percurso expositivo inclui a exibição de um filme documentário “Faróis de Portugal. Cinco Séculos de História”. A cada 20 minutos se realizam visitas guiadas ao longo das são prestados todos os esclarecimentos em relação à exposição permanente.

Refira-se que a maioria das peças expostas foi restaurada e depositada pela Marinha Portuguesa/Direcção de Faróis, sendo constituída por exemplares que contribuem para uma melhor compreensão do funcionamento dos mecanismos dos faróis, entre as quais se encontra um candeeiro de duas torcidas, original de Santa Marta de 1874.

Inédito no país, o Farol-Museu oferece um espaço expositivo criado nas antigas residências dos faroleiros e que se divide em três pólos: dois núcleos expositivos e um auditório. O visitante tem ainda acesso às amplas plataformas (baterias do Forte) com vista para o mar e a espaços de recepção, centro de documentação e cafetaria.
»

A César o que é de César, e neste caso do Farol de Santa Marta, não só o projecto foi bem adaptado ao farol (e não o contrário, como costuma ser timbre por esse país ... e por Cascais), como o núcleo museológico é fabuloso e ... fica-se com pena de ser um espaço tão pequeno. Trata-se de uma belíssima intevenção, e só faltou mesmo esperar pela abertura do farol, ele próprio ainda em obras. Não custava nada adiar a abertura, mas tudo bem. Um pequeno senão: no portão de acesso, há uma parede alta que está mal colocada, quebrando o horizonte de quem entra e não consegue ver o mar. Podia ser rebaixada. No resto, impecável e bastante bonito.

Fonte: Site CMC
Fotos: Dépliant da CMC e site da Marinha

Resposta do Sr. Provedor Municipal:

Processo nº 275/07
Queixa nº. 748/07


Exmo. Senhor,
Paulo Ferrero
Cidadania Cascais


De harmonia com o disposto no art. 13º, nº 3 do Regulamento do Provedor Municipal de Cascais, venho informar Vªs Ex.ªs que a queixa que me foi dirigida foi registada neste Gabinete com o nº 748/07.

Aproveito para comunicar a Vªs Ex.ªs que, tendo tido conhecimento pela Comunicação Social dos factos narrados na queixa, por iniciativa própria dei inicio a um processo (nº 263/07 de 17/10/07) tendo, no âmbito do mesmo, solicitado já ao Departamento de Urbanismo detalhadas informações dos Serviços acerca do projecto em causa.

Nesta conformidade, comunico que a v/queixa seguirá por apenso ao processo que eu proprio iniciei.


* Aproveito o ensejo para esclarecer que compete ao Provedor Municipal receber queixas/reclamações relativamente à actuação dos órgãos, serviços municipais, serviços municipalizados, empresas e fundações municipais do Municipio de Cascais (arts. 1º e 10º do regulamento do Provedor Municipal).

O Provedor aprecia a reclamação sem poder decisório, apenas podendo dirigir ao órgão em causa as recomendações necessárias para prevenir e/ ou reparar eventuais falhas detectadas.

Esclareço ainda que o Provedor não tem competência para anular, revogar ou modificar os actos das entidades reclamadas e a sua intervenção não suspende o decurso de prazos, designadamente os de reclamações, recursos hierárquicos e contenciosos.

* Solicito ainda que me seja dado conhecimento de todas as respostas que venham a obter da Autarquia sobre o assunto em causa, a fim de poder ajustar a minha intervenção ao desenvolvimento do processo.

* Finalmente, comunico que a audiência solicitada fica dignada para o proximo dia 30/10 /07(terça-feira próxima) pelas 11h.

Caso haja algum impedimento da vossa parte, agradeço que contactem o Gabinete de Apoio ao Provedor Municipal, através do nº 214818590.

Com os melhores cumprimentos.

Alberto M.G. Mendes
(Provedor Municipal)

Queixa e pedido de audiência ao Sr.Provedor Municipal:

Ex.mo Senhor Provedor Municipal

Serve o presente para apresentar queixa relativa ao processo de aprovação e construção de condomínio, aprovado pela Câmara Municipal de Cascais para a histórica Villa Montrose, sita na Rua Alegre, no Monte Estoril, último verdadeiro pulmão verde da zona.

Razões:

1. Como é possível que um projecto como o que está em execução naquela propriedade ocorra sem Plano de Pormenor, contornando de forma subtil o PDM?

2. Como é possível que a CMC permita semelhante esventramento naquele fabuloso espaço (que comporta dezenas de palmeiras, eucaliptos e outras espécies centenárias e de majestoso porte, como um cedro supostamente a proteger e já entretanto abatido), último pulmão verde do Monte Estoril - que, por caricata contradição, por vontade do Pelouro da Cultura estaria hoje classificado como Imóvel de Interesse Municipal (!) - e também objecto de estudo por eminentes catedráticos (anexo), e referência obrigatória na documentação que a própria CMC produz sobre o património do concelho?

3. Como é possível que a CMC, através do seu Vice-Presidente, Carlos Carreiras, tivesse dado «luz verde» a este projecto, projecto que é muito pior em termos de volumetria e impacte ambiental do que um outro, ainda há pouco tempo chumbado pelo próprio Presidente da CMC, porque atentava contra aquele mesmo património?

4. Como é possível que este projecto seja aprovado e, imediatamente ao lado do Chalet Montrose, tenha sido chumbado um projecto de particular para pequenas alterações numa garagem tenha sido chumbado pelos mesmos serviços da CMC, com a justificação que alterava a traça do imóvel em causa e o conjunto urbano vizinho, ou seja, o próprio Chalet Montrose?

5. Como é possível que as obras deste condomínio tenham avançado sem a colocação prévia do indispensável «Aviso», que foi apenas colocado 24h após os primeiros protestos dos cidadãos?

6. Como é possível, que os cidadãos não tenham sido ouvidos e estejamos todos perante um malfadado «facto consumado»?

7. Como é possível que a CMC entenda como claro o processo de venda da propriedade (em anexo)?
8. Como é possível que a CMC entenda como claro um «projecto de alterações» daquele calibre?

(Solicitámos ao Sr.Presidente Capucho que parasse para pensar. Há formas de evitar estes atentados ao património, e certamente que há a possibilidade de no Município de Cascais se fazer uma permuta com o promotor deste empreendimento!

Informámos a CMC que:

- decorre entre os moradores do Monte Estoril um abaixo-assinado presencial;
- fizemos queixa à PGR, Provedoria de Justiça e IGAT.

(mais informações estão disponíveis no blogue Cidadania Csc, http://cidadaniacsc.blogspot.com , com cópia das cartas enviadas à CMC, todas sem resposta, e registo fotográfico do escândalo)

Mais acescentamos que de facto já entraram "a matar" (para usar terminologia do vice-presidente da CMC... em email que V.Ex.a poderá ler no blogue) os bulldozzers, matando a quase totalidade do jardim, a sul, e destruindo o muro a sul (por sinal, supostamente, protegido) a fim de esventrarem o solo para construção das garagens, que entretanto já começou.

Aproveitamos esta oportunidade para solicitar a V.Exa. uma audiência com carácer de urgência.

Tentaremos fazer uma intervenção em sessão de AMC, se nos deixarem.

Iremos consultar todo o processo, se nos deixarem

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero

Thursday, October 25, 2007

Mais Montrose:

Acaba de seguir denúncia para a CMC, dos Amigos do Monte Estoril.

Villa Montrose - 24.10.07


Villa Montrose - 22.10.07



Villa Montrose - 16.10.07




Villa Montrose - 15.10.07




Villa Montrose 02.10.07








Enquanto isso, há cocktails e, imagino, palitos!


Se não fosse tão velhaca, eu diria que era cómica esta coincidência.

A vergonha continua!!!




A vergonha continua!!!

Andam a cortar árvores lindas com mais de 150 anos que tenho a certeza que a Câmara não autorizou.


Vasco de Andrade

Wednesday, October 24, 2007

Villa Montrose:

Foi hoje enviada queixa à Provedoria de Justiça.

Ainda, e sempre, a Villa Montrose:

Qual é o papel da Rui Ribeiro no meio disto tudo?

Parecer da Profª Raquel Henriques da Silva

Leia, aqui, o parecer da Srª Professora Raquel Henriques da Silva sobre a propriedade Villa Montrose.

Monday, October 22, 2007

VILA MONTROSE, ALGUNS APONTAMENTOS HISTÓRICOS


Fotografia da Vila Montrose e Torre do Galo c. 1893

A Vila Montrose pertence a um conjunto de chalets edificados pela Companhia do Mont’Estoril em 1890-91. Mal acabaram as obras, a casa foi posta à venda e comprada por Thomas Reynolds, rico capitalista de Estremoz e um dos fundadores da indústria corticeira em Portugal. A Revista Occidente afirma em 20 de Junho de 1899 que o chalet Reynolds “é um dos mais bonitos” de todo o Monte-Estoril.

O momento mais histórico na vida deste imóvel ocorre em 28 de Setembro de 1892, quando Reynolds cede a casa à Rainha-Mãe, a Senhora D. Maria Pia, para esta passar alguns dias na recém criada estância de veraneio. Os monarcas, D. Carlos e D. Amélia, deslocam-se à Vila Montrose nessa mesma noite para jantar com a Rainha-Mãe. Para alojar as damas e criados da D. Maria Pia, é arrendado o chalet G (actual Torre do Galo) pertencente à Companhia do Mont’Estoril, que nesse tempo estava separado do jardim da Montrose pela Avenida de Trouville. D. Maria Pia ficou de tal modo encantada com o local que no ano seguinte compra o chalet de João Henrique Ulrich e estabelece a sua residência de verão no Monte-Estoril.

Em 1900, Eduardo John, conhecido banqueiro e sócio do Conde de Burnay, adquire a Montrose a Reynolds, bem como alguns lotes vagos do outro lado da rua a Leopold Kohn. A sua ideia é criar um enorme e luxuoso jardim romântico com cerca de meio hectare à volta da casa. Mas para realizar esse objectivo, John necessita de comprar a parte da Rua Trouville que separa os terrenos. Isto seria impossível não fossem as ruas do Mont’Estoril todas privadas. Em meados de 1900, John entra em negociações com a Companhia do Mont’Estoril e consegue convencer a administração a vender.



O relatório de contas de 1900 da Administração da Companhia do Mont’Estoril relata este episódio da seguinte maneira:
“Vendemos parte de uma das nossas ruas – a Avenida Trouville. Pouco inclinados a realisar esta venda acabamos por ceder, em virtude de o comprador se sujeitar a restituir, caso a transacção provocasse qualquer protesto.
Ninguém reclamou, mantendo-se, portanto, a venda.”

Foi também no ano de 1900, que Eduardo John requer à Câmara de Cascais autorização para reparar as fachadas do chalet e construir a cocheira que ainda hoje existe junto à Rua Alegre.



Todavia, os negócios correm mal a este banqueiro de ascendência inglesa e, em 1916, seus bens são penhorados e vendidos em hasta publica. George Demoustier, vice-consul da Bélgica e residente do Monte-Estoril, não perde esta oportunidade única e arremata o imóvel por 25.580$00.

Em 1939, a Vila Montrose sofre várias alterações à sua traça original. O telhado da torre é substituído por outro de betão e o terraço de madeira é removido. Três anos mais tarde, o pequeno anexo na parte norte do terreno é igualmente sujeito a obras.

No ano de 1972 são feitas partilhas entre os herdeiros de George Demoustier e a Montrose passa para uma sociedade detida pelos descendentes.

Em 1984, a Profª Raquel Henriques da Silva publica o artigo “Sobre a Arquitectura do Monte-Estoril, 1880-1920” onde faz um levantamento dos imóveis com maior interesse arquitectónico. Todas as casas descritas no artigo são posteriormente incluídas no catálogo-inventário de imóveis em vias de classificação do PDM de Cascais, e no inventário da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Inexplicavelmente, houve apenas uma excepção…a Vila Montrose. Este “lapso” revela-se fatal quando a Câmara de Cascais aprecia um projecto de urbanização do local. Todos os pareceres técnicos encomendados referem que a Vila Montrose não consta da lista de imóveis em vias de classificação e, por conseguinte, não existe nenhuma razão para inviabilizar ou minimizar o impacto do projecto de construção.

A Vila Montrose permanece na família Demoustier até 2003, altura em que é vendida por 150 mil euros à Thidem - Gestão e Empreendimentos Imobiliários Lda. No mesmo dia, o imóvel é revendido aos actuais proprietários por cerca de três milhões e quinhentos mil euros.

Somente em Outubro de 2007, com a afixação do alvará de construção e a colocação dos tapumes, é que os moradores vizinhos e a população de Cascais descobrem que foi aprovado um condomínio para o local que contempla aproximadamente 7400m2 de nova construção distribuído por três blocos de quatros pisos.

© 22 Outubro 2007 – Vasco Stilwell d’Andrade

Villa Montrose:

Foi hoje apresentada, por via electrónica, queixa à PGR e à IGAT.

Friday, October 19, 2007




Esta foi a carta que os moradores e proprietários da Av. dos Estrangeiros nº 1, que fica portanto em frente da obra , enviaram ao Presidente da Câmara. Todas estas cartas e mails continuam à espera de resposta.


T. Sampaio

Thursday, October 18, 2007


Exmos. Senhores da Direcção Geral dos Recursos Florestais,

Junto envio em anexo minha carta (o original seguirá amanhã por correio) pedido a vossa urgente intervenção para salvaguardar o pulmão verde do Monte-Estoril, que está neste momento a ser destruído.

Com os melhores cumprimentos,

Vasco d’Andrade
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URGENTE
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE PARQUE MONTROSE COMO INTERESSE PÚBLICO

Exmos. Senhores,

Venho por este meio solicitar a vossa urgente intervenção no sentido de avaliar o arvoredo (que resta) do jardim do Chalet Montrose e, caso entenderem, o classificarem como de interesse público.

O Parque Montrose tem cerca de meio hectare e situa-se na Rua Alegre, n.º 4, Monte-Estoril, freguesia do Estoril.

Junto em anexo uma planta militar com o local assinalado, bem como uma fotografia de satélite mostrando a existência deste “pulmão verde” no centro do Monte-Estoril.

Neste momento a maioria das árvores centenárias e de grande porte deste Parque estão a ser abatidas pelo seu proprietário, Montrose – Emprendimentos Imobiliários, Lda. (com sede na Rua Alegre, n.º 3, r/c Estoril, Tel: 214672455) para dar lugar a um condomínio de luxo com cerca de 8.000 m2.

Esse abate foi supostamente autorizado por técnicos camarários do departamento do ambiente da Câmara de Cascais, e de acordo com informações veiculadas na comunicação social, vai ser preservado o património arbóreo mais importante.

Em todo o caso, o parecer favorável da Câmara não considerou, em minha opinião, o valor histórico e ambiental do jardim no seu conjunto, o qual merece ser preservado. O Parque em questão consiste num dos últimos exemplares dos jardins românticos oitocentistas que caracterizaram a primeira fase de desenvolvimento da localidade do Monte-Estoril.


No seu artigo "Sobre a Arquitectura do Monte-Estoril, 1880-1920", a Profª Raquel Henriques da Silva descrevia a Vila Montrose da seguinte maneira: "Embora empobrecido, este chalet é o que MELHOR transmite uma vivência ambiental, enterrado num quase ninho de vegetação densa, enquadrado em ruas que são ruelas, para elas aberto através dos ângulos irregulares das velhas pedras que desenham muros comunicantes."

Aproveito a oportunidade para juntar algumas fotografias do jardim em questão e mencionar que foi neste Parque e Chalet que a Rainha D. Maria Pia primeiro ficou quando decidiu estabelecer a sua residência de verão no Monte-Estoril.

Peço novamente a vossa urgente intervenção, pois com cada
dia que passa são abatidas mais árvores centenárias.

Ficando ao vosso inteiro dispor para qualquer esclarecimento adicional, subscrevo-me com os melhores cumprimentos.

Vasco Stilwell de Andrade

Wednesday, October 17, 2007

Chalet Montrose / Provedoria de Justiça / 1º passo:

Exmo. Senhor Provedor de Justiça


No seguimento do nosso anterior contacto, onde lhe dávamos cópia de um email recebido do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, de tentativa subliminar de pressão ou chantagem junto dos moradores e cascalenses empenhados na luta contra mais esta operação de delapidação do património de Cascais; vimos pelo presente informar que, muito em breve, a Associação de Moradores do Monte Estoril, o Grupo Ecológico de Cascais e o Cidadania Cascais irão solicitar a V.Exa. um pedido de audiência a fim de expormos e deixarmos este caso, que consideramos grave, à consideração da Provedoria de Justiça.

Sem outro assunto de momento, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero
Pelo Cidadania Cascais

Resposta do Sr. Carlos Carreiras:

«Caro António;

Considero que a resposta deve ser durissima, ao que sei inscreveram-se para a sessão de câmara.
Tenho o dossier todo estudado e temos razões mais do que suficientes para passar ao ataque, o projecto cumpre a resposta ao Pedido de Informação Prévia emitida em 2003, assim como todos os pareceres de salvaguarda do DAM e do DEC.
Quanto ao edificio "castelinho" era recente e ilegal.
Aguardo instruções.
Abraço
Carlos Carreiras»

Espero que a resposta «duríssima» não esteja a traduzir-se no abate indiscriminado de árvores, mesmo daquelas que estavam «protegidas» pelo novo «monstro».

Começa mal a pré-anunciada sucessão do Sr. Carreiras ao Dr. Capucho, e começa mal a sua pré-campanha para a Distrital do PSD.

Pedido esclarecimentos ao Dr.Capucho e passos seguintes


Exmo. Senhor Presidente da Câmara
Dr. António Capucho

Vimos pelo presente apresentar o nosso mais profundo protesto pelo que ocorre no Chalet Montrose, com a execução de um projecto de construção de (mais) um condomínio fechado, e que envolve a construção de 4 andares acima do solo, piscina e 2 andares em cave para estacionamento subterrâneo de 67 viaturas, que comportará a destruição maciça do arvoredo e coberto vegetal; e colocar para reflexão de V.Exa. as seguintes questões:

1. Como é possível que um projecto como o que está em execução naquela propriedade ocorra sem Plano de Pormenor, contornando de forma subtil o PDM?

2. Como é possível que a CMC permita semelhante esventramento daquele fabuloso espaço (que comporta dezenas de palmeiras, eucaliptos e outras espécies centenárias e de majestoso porte, como um cedro supostamente a proteger e já entretanto abatido), último pulmão verde do Monte Estoril e que, por caricata contradição, por vontade do Pelouro da Cultura estaria hoje classificado como Imóvel de Interesse Municipal (!); é também objecto de estudo por eminentes catedráticos, e é referência obrigatória na documentação que a própria CMC produz sobre o património do concelho?

3. Como é possível que a CMC, através do seu Vice-Presidente, Carlos Carreiras, tivesse dado «luz verde» a este projecto, projecto que é muito pior em termos de volumetria e impacte ambiental do que um outro, ainda há pouco tempo chumbado por si próprio, Senhor Presidente da CMC, porque atentava contra aquele mesmo património?

4. Como é possível que este projecto seja aprovado e, imediatamente ao lado do Chalet Montrose, tenha cumbado um projecto de particular para pequenas alterações numa garagem tenha sido chumbado pelos mesmos serviços da CMC, com a justificação que alterava a traça do imóvel em causa e o conjunto urbano vizinho, ou seja, o próprio Chalet Montrose?

5. Como é possível que as obras deste condomínio tenham avançado sem a colocação prévia do indispensável «Aviso», que foi apenas colocado 24h após os primeiros protestos dos cidadãos?

4. Como é possível, Senhor Presidente, que os cidadãos não tenham sido ouvidos e estejamos todos perante um malfadado «facto consumado»?

Solicitamos a V.Exa. que PARE PARA PENSAR! E que não destrua nestes 2 últimos anos de mandato o que conseguiu no mandato anterior!
Há formas de evitar estes atentados ao património, e certamente que há a possibilidade de no Município de Cascais se fazer uma permuta com o promotor deste empreendimento!

Informamos que:

- decorre neste momento entre os moradores do Monte Estoril um abaixo-assinado presencial;
- iremos organizar em Cascais, em data a anunciar muito em breve, um debate sobre o «Chalet Montrose», para qual estão já confirmados especialistas de renome internacional, e para o qual convidamos a estar presente, desde já, o Sr.Dr. António Capucho;
- iremos apresentar queixa à Provedoria de Justiça.

Na expectativa de que a CMC trave este empreendimento indesejável, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.

Paulo Ferrero, Maria Amorim Morais, Pedro Partidário, Eduardo Santini, Fernando Boaventura e Paula Mascarenhas

Foto: Teresa Sampaio

Vila Montrose, porquê esta precipitação?



Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Cascais

Dr. António Capucho

Porquê esta corrida contra-relógio?

Depois do meu mail do passado dia 9, as coisas precipitaram-se na Villa Montrose.

O alvará de licenciamento datado de Janeiro de 2007 foi colocado logo a seguir e as máquinas derrubaram já o muro de pedra tradicional do Monte Estoril e entraram em força na propriedade, começando imediatamente a derrubar árvores, entre as quais palmeiras centenárias e saudáveis (ver foto)

Porquê esta precipitação?

Pode-se ler no Público do dia 16 de Outubro que “o departamento de cultura da Câmara de Cascais admitiu que o chalet Montrose, juntamente com o seu jardim romântico oitocentista, devia ser classificado e protegido…”

Pode-se ler também que “o conjunto, que não está classificado, faz parte do inventário do património histórico-cultural, a integrar no Plano Director Municipal, como “imóvel que se pretende classificar”. Além disso, não está em zona histórica, mas na revisão do PDM prevê-se um núcleo histórico do Monte Estoril, “que abrange naturalmente este local””.

Será com medo de esta eventualidade que haja tal precipitação?

Tudo indica que o Senhor Dr. Carlos Carreiras quer que o parque esteja destruído e os alicerces das casas já construídos antes de nos conceder uma reunião. Reunião essa que apenas desejamos (Associação dos moradores e amigos do Estoril e GEC) com o intuito de poder ter um diálogo civilizado e objectivo, com as autoridades competentes.

Porquê está atitude?

Reiteramos, Senhor Presidente, o nosso pedido de reunião consigo, uma vez que foi em Si que votámos e confiámos, e não no Senhor Carlos Carreiras.


Com os meus melhores cumprimentos

Maria Teresa Kaufmann Sampaio
Membro da Direcção do GEC

Cascais, 17 de Outubro de 2007

Tuesday, October 16, 2007

Vila Montrose: concentração hoje às 18h30


A Associação de Moradores do Estoril, o Grupo Ecológico de Cascais e o Cidadania Cascais, convocam para hojte, Terça-Feira, dia 16, pelas 18h30 uma concentração de moradores, e não só, em frente da Villa Montrose. na Rua Alegre nº 4, no Monte Estoril.

Este é um assunto demasiado importante para se ficar calado!


Por favor, divulgue e compareça!

MUITO OBRIGADO

Paulo Ferrero e Teresa Sampaio

In Público (16/10/2007)

Monday, October 15, 2007

Chalet Montrose/ comunicado:




No seguimento de notícias vindas a público (in Público de 12/10/2007), segundo as quais estará em andamento um projecto urbanístico para a Vila Montrose, e porque está em risco iminente de destruição o último pulmão verde do Monte do Estoril, vimos manifestar o nosso mais profundo protesto pelo facto e apelar ao bom senso de quem de direito. Assim, cumpre-nos alertar os cascalenses e demais interessados para o seguinte:

1. Estamos contra mais este facto consumado! É tempo da população ser ouvida e as suas considerações serem tidas em conta por quem de direito.

2. É caricato que ao mesmo tempo em que a CMC promove exposições sobre "Monte-Estoril - Propostas de Salvaguarda", autorize projectos como este, que irá destruir, inevitavelmente, mais uma parcela do valioso património histórico-cultural-arbóreo do Monte-Estoril. Lembramos que a CMC dispõe de inventários que vincam bem a importância (do que resta) da arquitectura civil deste período, como por exemplo no catálogo da exposição "Patrimónios de Cascais", realizada em 2003: "No caso da vila de Cascais, Alto do Estoril, S. João do Estoril e Parede, a arquitectura de veraneio dos finais do século XIX e princípios do século XX assume-se num contexto urbano, apresentando o prédio inserido num pequeno jardim, ao invés do Monte Estoril, onde se pretendeu uma concepção do espaço como um extenso parque, pelo que a área verde em redor da habitações, para além de ser mais densa, é de maior extensão".

3. Cascais não se pode tornar cidade da América Latina! É preciso acabar com a proliferação dos condomínios fechados, que são contra-natura numa cidade que se pretende moderna, feita de bairros residenciais, comércio de proximidade, mobilidade facilitada, oferta cultural e espaços de lazer ... atractivos para um turismo de qualidade.

4. Basta de projectos urbanísticos de grande dimensão encapuçados de «reabilitação» à la famigerado projecto do «Chalet da Condessa», na Bafureira. O património precisa de ser recuperado e restaurado, independentemente das novas valências que seja preciso introduzir, por força do progresso, mas estamos contra este tipo de «reabilitação», sinónimo de perda de identidade e de qualidade de vida.

5. No seu artigo "Sobre a Arquitectura do Monte-Estoril, 1880-1920", a Profª Raquel Henriques da Silva descrevia a Vila Montrose da seguinte maneira: "Embora empobrecido, este chalet é o que MELHOR transmite uma vivência ambiental, enterrado num quase ninho de vegetação densa, enquadrado em ruas que são ruelas, para elas aberto através dos ângulos irregulares das velhas pedras que desenham muros comunicantes."

O jardim de estilo "romântico" da Montrose é um dos maiores e mais bonitos jardins de todo o concelho de Cascais, e um dos últimos que demonstra como era o Monte-Estoril do século XIX. É uma pena que a Câmara não tenha exercido o seu direito de preferência aquando da venda do imóvel em 2003 para criar um jardim público para todos usufruirem.

4 blocos de 4 pisos à volta do chalet Montrose?!!

Cascais merece mais!


Fotos: JNB

Friday, October 12, 2007

Grupo Ecológico de Cascais lamenta que condomínio acabe com "último pulmão verde" do Monte Estoril

In Público (12/10/2007)
Luís Filipe Sebastião

«Um empreendimento imobiliário licenciado para uma área densamente arborizada no Monte Estoril está a preocupar o Grupo Ecológico de Cascais (GEC), que teme o desaparecimento "do último pulmão verde" da zona. A autarquia contrapõe que o projecto está muito abaixo dos índices urbanísticos admitidos para aquele espaço e que serão preservadas as árvores de maior porte.
A Vila Montrose ocupa cerca de meio hectare na confluência das ruas Mondariz, Alegre e dos Estrangeiros, no Monte Estoril. A propriedade possui uma casa apalaçada, projectada em 1896, e duas edificações anexas, rodeadas de um jardim com vegetação densa e muitas árvores centenárias. "É uma pena a beleza daquele parque ser destruída, pois é o último pulmão verde do Monte Estoril", lamenta Teresa Sampaio, da direcção do GEC, considerando que o projecto "vai dar uma machadada final" numa das últimas zonas verdes de um bairro que, aos poucos, tem visto ser alterado o ambiente romântico dos velhos palacetes, uns transformados em modernos condomínios, outros em ruína à espera de melhores oportunidades imobiliárias. "O charme do local vai desaparecer com o que ali vão fazer", diz Teresa Sampaio.
"Este espaço do Monte Estoril correspondia à antiga estância balnear comparável à Riviera francesa antes do desenvolvimento do Estoril", comentava um morador da zona, a propósito de outra obra nas proximidades, na Rua Trouville, onde nos últimos dias tem sido demolida uma moradia ao estilo "castelinho".
O alarme entre moradores aumentou com a instalação de tapumes e de uma placa de licenciamento na propriedade Montrose. A Câmara de Cascais licenciou, por despacho do vice-presidente, datado de Janeiro deste ano, uma área total de construção de 7395 m2, para habitação e serviços em edifícios de quatro pisos acima do solo e duas caves. O empreendimento terá 24 apartamentos de luxo, com a recuperação do palacete e a construção de mais três blocos e uma piscina exterior, que ocuparão quase todo o jardim, apresentado pelo promotor como percorrendo toda a área do condomínio e contribuindo para uma "reclusão visual" e uma "prezada privacidade".
"O projecto contempla a recuperação da casa principal e mais alguma construção, mais a salvaguarda do património arbóreo mais importante que lá está", afirma Carlos Carreiras, vice-presidente e responsável pelo Urbanismo, que argumenta: "Se consideramos que tudo o que está não pode ser mexido, então as cidades morrem". O autarca defende que "se faça requalificação dentro dos perímetros urbanos e não se deixe morrer as casas", salientando que os índices urbanísticos aprovados para a zona são apenas de 0,72, quando o PDM permitiria até 2,53. Quanto à "casa Trouville", a câmara considerou que a sua arquitectura "era muito má" e o novo projecto prevê a construção de seis apartamentos.»

É um erro crasso fomentar-se a proliferação de condomínios. Qualquer dia estamos como na América Latina, é isso que deseja, Sr. Carlos Carreiras?

Já estamos fartos de estar a mando das imobiliárias e dos projectos assinados por arquitectos de «prestígio», mas as operações de branqueamento de objectivos.

Cascais não aprende, mesmo.

E está provado o que temia: chegam os dois últimos anos de mandato e a coisa transforma-se. É um «filme» demasiado visto. Quanto é que isso acaba?