Tuesday, May 25, 2010
«As torres da vergonha»
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«Foi cometido um crime contra a paisagem urbanística e natural da Costa do Estoril.
Este e outros testemunhos sobre ume república das bananas chamada Portugal
em Causa Nostra
http://www.everyoneweb.fr/causanostra
As torres da Vergonha erguem-se imponentes, arrogantes e esmagadoras, como esmagador e arrogante é o seu desprezo pela magnífica costa do Estoril, que sempre soube, ao longo da marginal que vem de Lisboa até Cascais, presentear os portugueses e os visitantes estrangeiros com uma equilibrada e requintada arquitectura e uma edificação urbanística exemplar, raramente observadas em outros litorais nacionais e europeus.
Dignas da extraordinária beleza natural desta região, as soberbas moradias e palacetes, rodeados por jardins e pinhais, verdadeiras jóias arquitectónicas, foram, durante décadas, representativas do esplendor e do charme desta costa contribuindo para o seu sucesso.
Hoje, a primeira região oficial de turismo do País, sendo conhecida internacionalmente como a Riviera Portuguesa está ferida de morte. Foi cometido um crime contra a sua silhueta urbanística e natural, autêntico património mundial, contra o ambiente, contra o desenvolvimento turístico nacional e contra os portugueses.
Este crime revoltante, destruidor da magnífica paisagem natural e urbanística da Costa do Estoril, tem como principais autores o Presidente da Câmara de Cascais, a empresa Estoril-Sol e o autor deste lamentável aborto arquitectónico, o sr. Gonçalo Byrne.
Sobre este último personagem podemos dizer que merece o prémio da mediocridade e da pirosisse arquitectural. Em substituição do anterior mamarracho, não soube imaginar um edifício capaz de se inserir harmoniosamente na vila de Cascais e na linha da costa. Desde a Azarujinha até Cascais, o nosso olhar é agredido pela desconfortante visão dos caixotes envidraçados. É uma obra grotesca, um insulto à inteligência de qualquer pessoa, e é, sobretudo, o símbolo das nossas elites parolas. As torres Byrneanas mesmo em zonas modernas de uma qualquer cidade europeia, seriam vistas como uma aberração do ponto de vista estético. Do alto da sua compactada imponência, elas brilham, no reflexo das suas ridículas carapaças esmaltadas, pela simplicidade parola de um estilo pomposo a cheirar ao minimalismo cá da terra.
O próprio tipo de construção que foi adoptado deveria ser tomado em consideração por qualquer autarca minimamente inteligente.
O ferro e o vidro são os materiais de maior desperdício de energia. São também os materiais que mais aquecem. È fácil imaginar os custos energéticos de uma tal construção. Devoradora de energia, poluidora em todos os sentidos, destruidora da harmonia paisagística de uma das mais belas regiões de Portugal, a Estoril Sol Residence, às portas de Cascai é uma das inúmeras consequências de projectos que esta autarquia se obstina a levar a cabo numa total ausência de bom senso e num claro desprezo pela opinião dos cidadãos. Já em 2006, um projecto completamente megalómano, uma torre-hotel de 100 metros de altura, trinta andares, na Marina de Cascais, revestida de vidro e que a municipalidade anunciava como um novo “farol” do turismo no concelho (!) foi, abandonado graças à mobilização cidadã dos munícipes.
É confrangedor que ninguém, nas altas esferas do Estado, tenha criticado, protestado, combatido esta ignomínia. É revoltante que os nossos políticos, os nossos intelectuais, os nossos artistas sempre prontos para defender as mais esdrúxulas causas, se tenham abstido de defender um património tão significativo.
As torres da Vergonha erguer-se-ão como a face visível da Vergonha que alastra por este país fora. Vergonha a ferir-nos a honra e a alma, pela corrupção, pela cumplicidade entre os senhores dos dinheiro e os lacaios que nós, infelizmente, elegemos para nosso mal e para a continuidade desta farsa a que eles chamam Democracia.»
«Foi cometido um crime contra a paisagem urbanística e natural da Costa do Estoril.
Este e outros testemunhos sobre ume república das bananas chamada Portugal
em Causa Nostra
http://www.everyoneweb.fr/causanostra
As torres da Vergonha erguem-se imponentes, arrogantes e esmagadoras, como esmagador e arrogante é o seu desprezo pela magnífica costa do Estoril, que sempre soube, ao longo da marginal que vem de Lisboa até Cascais, presentear os portugueses e os visitantes estrangeiros com uma equilibrada e requintada arquitectura e uma edificação urbanística exemplar, raramente observadas em outros litorais nacionais e europeus.
Dignas da extraordinária beleza natural desta região, as soberbas moradias e palacetes, rodeados por jardins e pinhais, verdadeiras jóias arquitectónicas, foram, durante décadas, representativas do esplendor e do charme desta costa contribuindo para o seu sucesso.
Hoje, a primeira região oficial de turismo do País, sendo conhecida internacionalmente como a Riviera Portuguesa está ferida de morte. Foi cometido um crime contra a sua silhueta urbanística e natural, autêntico património mundial, contra o ambiente, contra o desenvolvimento turístico nacional e contra os portugueses.
Este crime revoltante, destruidor da magnífica paisagem natural e urbanística da Costa do Estoril, tem como principais autores o Presidente da Câmara de Cascais, a empresa Estoril-Sol e o autor deste lamentável aborto arquitectónico, o sr. Gonçalo Byrne.
Sobre este último personagem podemos dizer que merece o prémio da mediocridade e da pirosisse arquitectural. Em substituição do anterior mamarracho, não soube imaginar um edifício capaz de se inserir harmoniosamente na vila de Cascais e na linha da costa. Desde a Azarujinha até Cascais, o nosso olhar é agredido pela desconfortante visão dos caixotes envidraçados. É uma obra grotesca, um insulto à inteligência de qualquer pessoa, e é, sobretudo, o símbolo das nossas elites parolas. As torres Byrneanas mesmo em zonas modernas de uma qualquer cidade europeia, seriam vistas como uma aberração do ponto de vista estético. Do alto da sua compactada imponência, elas brilham, no reflexo das suas ridículas carapaças esmaltadas, pela simplicidade parola de um estilo pomposo a cheirar ao minimalismo cá da terra.
O próprio tipo de construção que foi adoptado deveria ser tomado em consideração por qualquer autarca minimamente inteligente.
O ferro e o vidro são os materiais de maior desperdício de energia. São também os materiais que mais aquecem. È fácil imaginar os custos energéticos de uma tal construção. Devoradora de energia, poluidora em todos os sentidos, destruidora da harmonia paisagística de uma das mais belas regiões de Portugal, a Estoril Sol Residence, às portas de Cascai é uma das inúmeras consequências de projectos que esta autarquia se obstina a levar a cabo numa total ausência de bom senso e num claro desprezo pela opinião dos cidadãos. Já em 2006, um projecto completamente megalómano, uma torre-hotel de 100 metros de altura, trinta andares, na Marina de Cascais, revestida de vidro e que a municipalidade anunciava como um novo “farol” do turismo no concelho (!) foi, abandonado graças à mobilização cidadã dos munícipes.
É confrangedor que ninguém, nas altas esferas do Estado, tenha criticado, protestado, combatido esta ignomínia. É revoltante que os nossos políticos, os nossos intelectuais, os nossos artistas sempre prontos para defender as mais esdrúxulas causas, se tenham abstido de defender um património tão significativo.
As torres da Vergonha erguer-se-ão como a face visível da Vergonha que alastra por este país fora. Vergonha a ferir-nos a honra e a alma, pela corrupção, pela cumplicidade entre os senhores dos dinheiro e os lacaios que nós, infelizmente, elegemos para nosso mal e para a continuidade desta farsa a que eles chamam Democracia.»
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19 comments:
Estou inteiramente de acordo.
Maria Pinto
Todos os dias da janela da minha casa vejo esses monos....ao caminhar no paredão a visão que tenho destes caixotes é ainda bem pior.
Odinheiro anda de mãos dadas com o mau gosto nesta banheira que se chama PORTUGAL!
Subscrevo inteiramente este postal. Haverá ainda a acrescentar que os volumes em balanço - autênticos «moncos» de perus geométricos - apenas arrimados em dois apoios superiores por tirantes diagonais e sem reforço local da estrutura principal, são um desastre anunciado na eventualidade de um tremor de terra de incidência vertical.
O que se passa aqui é a imposição, não só do mau gosto, do novo-riquismo parolo e do primitivismo dos burgessos que por cá abundam, mas também dos arquitectos que não sabem desenhar e se transformaram em meros operadores de CAD... Uma tristeza.
Mas aquilo tem solução: implosão controlada, com umas cargas de trotil... E quanto mais cedo, melhor.
Cumprimentos.
É indiscutível que todos temos direito a ter opinião. Quanto a estas torres, também tenho a minha: não é um edifício consensual. E em Portugal sempre que algo é diferente é imediatamente alvo dos maiores ataques.
Deixo apenas 3 exemplos internacionais de intervenções urbanas não consensuais, mas que são hoje em dia, goste-se ou não, marcos nas suas cidades (imagens wikipedia): London Eye - http://en.wikipedia.org/wiki/London_Eye
Torre Agbar - Águas de Barcelona: http://en.wikipedia.org/wiki/Torre_Agbar
e Pirâmide do Louvre em Paris
http://en.wikipedia.org/wiki/Louvre_Pyramid
Se estivessem em Portugal teriam visto a luz do dia??? Não creio.
Talvez fosse altura de nos preocuparmos mais com os edifícios degradados que temos em cada esquina sem que ninguém faça nada, isso sim uma vergonha para quem vive e gosta de Cascais.
Luis Garcez
Não é uma questão de gosto! Há coisas que não são uma questão de gosto. Nem de opinião. São do mais elementar bom senso! Não vale tudo...(ainda?)!
cascais já era....deve ser o concelho do pais mais adormecido...perguntem a 10 pessoas ao calhas o que acham disto e logo vao perceber que nós todos,cascaenses,somos os responsaveis.em terra de cegos,o pato bravo é rei!
Para mim, mais do que uma questão do bonito ou feio, é a forma como afecta o posicionamento da vila e se tem ou não o apoio das pessoas que vivem nela que afinal são as que têm de conviver com as novas estruturas.
Cascais e o Estoril têm indubitavelmente um posicionamento que lhe foi imposto pela sua época de ouro dos palacetes do sec XIX e depois pelo refugio das famílias reais dos anos de guerra.
O moderno não pode, assim, desprezar o clássico. Deve conviver, respeitar e realçar o que já existe e que marca o caráter da vila. Esta obra Byrne, sem entrar na obra em si (que até poderia gostar de forma isolada), abafa todo o clássico ao seu redor. Não só isso como o próprio edifício do Mirage, que era algo moderno mas acolhedor, se vê completamente subjugado pela estrutura Byrne e por um apêndice que sobressai estilo fálico dos últimos andares lado Este. Uma afronta e um desprezo.
É um "achismo", mas será que o Arq. Byrne não se tornou persona non grata em Cascais por ter defraudado os que nele confiavam?
Eu pessoalmente já não confio nele (e admiro a arquitetura moderna)...
O arq. Byrne devia ir fazer canteiros para a Amadora ou brincar com os tijolos LEGO.
Tijolos LEGO!!!!!!(????????)
Canteiros para a Amadora!!!!!???)
Ainda não tenho uma opinião formado sobre as torres. Muitas vezes coisas que inicialmente parecem horríveis deixam de o ser, e vice-versa.
Mas um conselho estratégico a quem não gosta: se gritarem muito contra, o arquitecto passa à categoria de "artista incompreendido", o galardão máximo a que qualquer artista pode aspirar. Melhor fazerem abaixo-assinados populares a defender que aquilo ´fantástico; nada como o apoio popularucho para o fazer pensar. Ou - melhor ainda - não dizer nada. Aí sim, é o fim do artista.
É preciso não ter o menor sentido estético para gostar desta anormalidade aquitectónica. Critico sobretudo a integração deste "MONSTRO". Helena Roseta fica conhecida pela aprovação da construção desenfreada no Pinhal da Guia, José Luis Judas pelo homem que aprovou o "Titanic" Capucho fica para sempre com a marca desta anormalide. E Cascais, esse fica cada vez mais ferido de morte.
JTMB
Adam Smith o grande pensador da economia clássica e defensor da tensão e do conflito de interesses assegurava que o enriquecimento de alguns promove o bem estar de todos. Este empreendimento prova o contrário e devia interrogar-nos acerca da responsabilidade civica e sentido ético dos politicos a quem entregamos os destinos do concelho.
Colocar o asssunto Estoril Residence no plano estético é o melhor que lhes pode acontecer. Esta não é uma questão estética mas ÉTICA.
João Fragoso.
Deve haver gostos para tudo, porque eu pessoalmente gosto bastante do novo edifício. Acho que é uma obra moderna bem feita, diferente e bonita. Que alem disso tem o dom de abafar uma obra, essa sim que eu acho feia, e que é o hotel Mirage.
Mas como tudo o que foi aqui discutido, é uma questão de gosto...
João Antunes
Sr. João Antunes
O Estoril Sol Residence não é uma questão de gosto ou de estética mas sim de ÉTICA.
João Fragoso
LOBO VILLA
JT Mello Breyner disse tudo e J Fragoso rematou e bem : é uma questão de ÉTICA , ou seja, basta de CORRUPÇÃO Byrniana ou outra , em Cascais !
Ao Sr J Antunes, defensor de "há gostos para tudo",o arrenego: há gostos para tudo quando não há cultura de nada. O "gosto" é a cultura e a cultura discute-se...
A frase feita "gostos não se discutem" é mais uma obra-prima da estupidez nacional .
Em relação ao Estoril Sol Residence, só pior se poderia dizer - o que no entanto, e alias já aqui dito, se calhar noutro sitio poderia ficar bonito, mas ali não - mau gosto e falta de ética, porque obrigaram o Mirage a ficare enquadrado na paisagem e agora realizão esta anormalidade. Pergunto outra coisa, então e a regra de boa convivencia, eu tenho uma moradia no Estoril e não pode aproveitar uma varanda e tive de contruir um canteiro de flores com 3 metros, porque não me posso aproximar do vizinho, nem conseguir visualizar a casa do mesmo, no entanto as pessoas que utilizarem o Mirage vão estar a ser constantemente observada pelos vizinhos. Haja bom senso e respeito, por um país lindo e que não necessita destas loucuras arquitectonicas em sitios onde não tem logica. Mais uma questão com tantos empreendimentos realizados em Cascais, Cidadela, Estoril Sol Residence, Scala, tudo para quêm ? Cascais cada vez mais é um deserto.
Jorge Ferreira
Cascais está de parabéns por esta borrada na costa portuguesa!
Guincho next....
As Torres Capucho são uma obra moderna e revolucionária.
Devem ser apreciadas como uma pedrada no charco.
Que bela seria a Costa do Estoril com 20, 30 ou 40 edifícios desta qualidade.
Deitem, é abaixo os palacetes que só servem para meia dúzia.
Lamenta-se que as Torres Capucho sejam para habitação, quando deviam servir para a Hotéis de luxo. Ao menos contribuíam para atrair divisas.
Sou de Cascias, aqui nasci e aqui vivo; gosto da minha terra e indigno-me cada vez que a estragam!
Confesso que estas malditas torres que agora me impõem e me querem convencer que são grandes obras de arquitectura (!) me enchem de tal fúria que, pela 1ª vez na minha vida , sinto vontade de lançar uma "bomba"...
Espero que os meus netos a vejam desaparecer como eu vi o Estoril -Sol o qual, afinal até era menos horrível que este "aborto"!
Quando é que estes autarcas percebem que Cascais é bonita na sua simplicidade, e que a parte antiga e a costa junto à sua linda Baía, são para cuidar e manter com as caracteristicas de uma Vila de Pescadores?
Nós que vivemos em Cascais queremos continuar a amá-la!
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