Wednesday, March 28, 2012

Chalet Faial


Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I. P.

Projeto de Decisão relativo à classificação como monumento de interesse público (MIP) do Chalet Faial (incluindo toda a área de terraço e muros), sito na Rua Frederico Arouca, freguesia e concelho de Cascais, distrito de Lisboa, e à fixação de três zonas especiais de proteção (ZEP) coincidentes, relativas ao Chalet Faial, ao Palácio Palmela e aos restos do Forte de Nossa Senhora da Conceição, freguesia e concelho de Cascais, distrito de Lisboa

Monday, March 26, 2012

Antigo Hotel Paris vai ser ampliado e terá uma nova fachada

in http://fugas.publico.pt/ , 26 Março 2012.
Por Luís Filipe Sebastião.

O Hotel Sana Estoril vai dar lugar a uma nova unidade de quatro estrelas da mesma cadeia hoteleira. A Câmara de Cascais deu luz verde ao projecto de ampliação, apesar de a operação urbanística não reunir consenso no executivo municipal devido ao aumento da área de construção e à alteração da traça arquitectónica do antigo Hotel Paris.



A Hotel Paris - Sociedade Hoteleira e Turística apresentou à autarquia de Cascais uma proposta de "reformulação integral" e de ampliação do Hotel Sana Estoril. O actual edifício, segundo a memória descritiva, "resulta de uma série de alterações e acrescentos pontuais", que tem "ao longo dos anos perdido a coerência e as funcionalidades inicialmente pensadas" para um estabelecimento hoteleiro. Além da adequação à imagem da cadeia Sana, através de requisitos de conforto e de segurança, a iniciativa visa elevar a categoria do hotel de três para quatro estrelas, "fazendo jus à sua localização privilegiada, proximidade do mar, do casino, do centro de congressos e inserção na mítica costa do Estoril".

A actual unidade sucedeu ao Hotel Paris, que remontava a meados do século XX. Este edifício possui mais dois pisos do que o anterior estabelecimento, que ali existiu desde a década de 1930, com traça arquitectónica distinta. O novo projecto propõe oito pisos (um recuado) acima do solo e duas caves. A altura das fachadas mantém-se para a Marginal e reduzem-se sobre as avenidas dos Bombeiros Voluntários (passa de 28 metros para 16,2) e Biarritz (de 25,5 para 18). Os actuais 96 quartos aumentam para 118, num total de 260 camas. O parque de estacionamento subterrâneo terá 90 lugares, alguns para uso público condicionado, contra os actuais 11 à superfície em frente do hotel.

Do lado da Avenida dos Bombeiros será demolido o pavilhão da piscina e o novo corpo ficará recuado em relação ao eixo da via. No logradouro, telheiros e anexos construídos ao longo dos anos serão substituídos por uma área ajardinada, solução que também será adoptada na plataforma sobreelevada na frente do imóvel, que será dotada de uma pala monumental.

O aumento da área de construção em cerca de 16,55% estará dentro do incentivo previsto no Plano Director Municipal (PDM), que admite "um acréscimo até 20% aos parâmetros urbanísticos" em obras singulares. Numa proposta do vice-presidente da câmara, Miguel Pinto Luz, será também necessária a alienação pela autarquia de duas parcelas, totalizando 88 metros quadrados, afectas ao domínio municipal, para beneficiação de acessos e de utilização exterior em frente da unidade. Nesse sentido propôs ao executivo camarário a aprovação destas duas condicionantes, o que aconteceu em Janeiro apenas com a oposição do vereador da CDU.

A vereadora Ana Clara Justino (PSD) concordou, segundo a acta da reunião do executivo, com os aspectos positivos do investimento para o concelho, mas notou a omissão de uma avaliação dos impactos estéticos e arquitectónicos na zona: é "pena que num processo desta natureza, com este impacto e este relevo, não venha [na memória descritiva] a menor relação deste hotel com a envolvente". O vereador socialista Alípio Magalhães realçou ser de apoiar a "renovação de uma unidade hoteleira nesta altura crítica".

Já o vereador Pedro Mendonça lembrou que "o Hotel Paris teve e tem a sua relevância em termos da identidade histórica do Estoril e do próprio património edificado da zona". O autarca da CDU não é contra a requalificação do hotel, mas defendeu que se devia "procurar conservar a sua fachada, porque paulatinamente se está a apagar a memória histórica do edificado não só do Estoril como de Cascais". Pedro Mendonça justificou ao PÚBLICO o seu voto contra por se tratar de mais uma ameaça à imagem da principal estância balnear do concelho, apontando como outros exemplos negativos os projectos para o Hotel Atlântico e para a ruína do Miramar. "Se se vir bem, do antigo Estoril pouco mais resta do que as arcadas do parque e o Hotel Palácio. O Hotel do Parque e as Termas já desapareceram, o [centro comercial] Cruzeiro está ao abandono, enfim, por este andar qualquer dia já não resta nada", argumentou no executivo.

Edifício não classificado
O vice-presidente da câmara salientou, por seu lado, que se trata de um edifício que não está classificado e "que está degradado, onde há um operador privado que, a continuar nas mesma condições, não consegue operar e portanto dizer-se que basta fazer uns arranjos interiores não vai tornar a exploração daquele hotel rentável". Miguel Pinto Luz (PSD) considerou que não lhe parece haver ali "património arquitectónico a proteger" e salientou que o projecto permitirá resolver parte dos problemas de estacionamento e circulação na zona e requalificar a envolvente do hotel.

O presidente da câmara, Carlos Carreiras, explicou que "não foi fácil chegar a este ponto, porque as intenções dos investidores eram muito superiores" ao que foi apresentado ao executivo, mas a operação "vai permitir uma requalificação da entrada do Estoril que hoje é uma vergonha e vai aumentar os postos de trabalho". Em declarações ao PÚBLICO, o autarca do PSD reforçou que a autarquia "tem todo o interesse na requalificação e valorização das unidades hoteleiras" do concelho. No caso do antigo Hotel Paris, frisou, o imóvel não está classificado no catálogo de inventário do património e a solução proposta será associada "a um plano de requalificação do espaço público naquela que é uma zona de acesso nobre ao Estoril".

O promotor, adiantou Carlos Carreiras, ainda terá de apresentar os projectos de especialidades e outros pareceres, mas o autarca não prevê dificuldades na aprovação final e no licenciamento do projecto. Do actual imóvel, esclareceu, será "demolida uma parte para se construir as caves", e o eleito social-democrata espera que os trabalhos possam avançar o mais breve possível.

O PÚBLICO contactou a cadeia Sana para saber mais pormenores acerca do investimento, mas não obteve resposta por "não ser oportuno", nesta fase, proferir quaisquer comentários.

Thursday, March 22, 2012

Enquanto isso, no Dia da Árvore:



Em São João do Estoril, foi assim. Em cima, fotos do lote junto aos semáforos, defronte ao Forte do Instituto de Odivelas (aquele monumento ali, filipino, assim entregue... quando é que saem de lá?), provavelmente para mais 1-2-3 moradias, o que der e a CMC permitir, claro. Entretanto, adeus pinheiros. Em baixo, várias podas à portuguesa.



Chegado por e-mail:

«Hoje ao passar na marginal em S. João deparei-me com estas fotos do pinhal que existia ali na quase totalidade derrubado. Parei o carro e fotografei. Os "madeireiros" ainda lá estavam e disseram-me que o terreno era privado por isso o dono tinha o direito de fazer o que bem entendesse. As outras 2 são exemplos de como ainda se podam as árvores em Cascais transformando-as não em árvores mas em caricaturas. Tudo isto porque hoje se comemora o dia da Árvore. Em Portugal seria melhor chamar-se o "dia da motoserra"!!!
TS»

Tuesday, March 20, 2012

Enquanto isso, mais cortes de árvores na Malveira?


Fonte: Vimeo/PCanelas

Mata dos Dragoeiros de Cascais passa a ter Bilhete de Identidade

Chegado por e-mail:

«Quarta-feira, 21 de março, às 15h30, será entregue o Bilhete de Identidade da Mata dos Dragoeiros de Cascais. Localizado no Parque Palmela, em Cascais, este maciço, que acaba de ser classificado como de interesse nacional pela Autoridade Nacional Florestal (Aviso n.º 5/2012), passa a dispor de um Bilhete de Identidade onde constam dados como as características da espécie, motivos de classificação, entre outros.

A entrega do documento realiza-se às 15h30, na zona de entrada do Parque Palmela (Chão do Parque) e contra com a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e de Campos Andrada em representação da Autoridade Florestal Nacional.

Melhores cumprimentos, Fátima Henriques Gabinete de Imprensa
Departamento de ComunicaçãoCâmara Municipal de Cascais»
...

Bem que a CMC podia mencionar os "terroristas urbanos" que solicitaram a classificação ...

Já estão classificados os dragoeiros à entrada de Cascais


«Associação Cidadania Cascais

Exmºs Senhores

Local: terreno anexo ao Parque de Palmela
Freg.: Cascais
Conc.: Cascais

Comunica-se que o maciço de dragoeiros proposto para classificação por V.Exªs em 13/09/2010, dirigido à Autoridade Florestal Nacional, passou a constar no registo de árvores de interesse público como conjunto notável de características únicas em Portugal continental. Em anexo segue o respectivo Aviso de classificação.
Agradecemos o empenhamento dessa Associação na procura e defesa destes exemplares únicos.

Os nossos melhores cumprimentos

O téc
C.Andrada
»

...

Mto. obrigado à AFN!!

Tuesday, March 13, 2012

Um hotel do Estoril que deu um livro

Por volta de 1898 já existia no Estoril um Hotel de Paris. Os três corpos do edifício, então situados junto ao Convento de Santo António, não passavam de três pisos. Na década de 1930, na estância balnear conhecida como "Riviera portuguesa", já existia à beira da Marginal um novo Hotel Paris, que ostentava janelas de pé alto, nos seis pisos da fachada levantada até ao meio do telhado, aproveitado em "águas-furtadas". Já lá estava o moinho de tirar água, mantido ao lado do outro imóvel que o substituiu, em meados do século, de traça mais horizontal. A imagem desta reconstrução, sem data ou autor, não difere muito da actual, a não ser pelos dois pisos acrescentados e pelo novo nome: Hotel Sana Estoril. Perdeu o glamour da época dos espiões e, mais recentemente, acolheu portugueses "desterrados" das ex-colónias, como a autora de um livro sobre "o retorno". Uma nova página da sua história que está no prelo...
Por Luis Filipe Sebastião, Público de 11 Março 2012