Thursday, December 04, 2014

As dúvidas de Carlos Carreiras

O Diário de Notícias de hoje, no seguimento do seu alinhamento com a oposição socialista e outras, comove-nos com afirmações de Carlos Carreiras a propósito do cuidado controle sobre as obras de dois dos actuais ministros.
CC dá-nos a paz ao afirmar que, por exemplo as obras da Ministra das finanças levaram mais de 1.400 dias até merecerem aprovação.
Comentei a notícia da forma abaixo, que transcrevi do referido jornal;

"É  muito estranha a relativisação que Carlos Carreiras faz, ao limitar as dúvidas na Câmara Municipal de Cascais às casas de actuais Minitros.Seria um bom desafio que a Câmara se abrisse a um inquérito geral aos seus procedimentos.Quando diz que se gastaram mais de 1.400 dias para licenciar um projecto, fala-se de algum caso de engenharia e arquitectura de alta complexidade?Se não, a coisa foi certamente debatida entre gente que não sabia o que estava a fazer. 1400 dias!!!!!!!As outras alternativas nem sequer são para aqui chamadas.Investigue-se as Câmaras.E pode eventualmente começar-se pela de Cascais"

AMDG!.

3 comments:

Julio Amorim said...

Bem observado !! Um dos nossos problemas de base....gente com poder de decisão, mas sem competência para isso mesmo.

Anonymous said...

Totalmente de acordo com AMGD.

1400 dias para licenciar um projecto de uma garagem é completamente absurdo e revela bem a falta de bom senso que impera na Câmara de Cascais. Na falta de propostas devidamente ponderadas e esclarecidas quanto ao modelo de ordenamento urbano do concelho sempre se tratou o investimento na construção de acordo com o estado de alma politico que a cada momento dá mais jeito à colheita de votos. Ora é o vale tudo do consulado Judas, ora é o pára tudo de António Capucho. Pelo meio (dos mandatos, da crise e do populismo) aparece o actual presidente a fazer-nos crer que em matéria de seriedade e transparência nos actos urbanísticos está a anos-luz dos seus antecessores. Para tal, reestruturou(?) os serviços de urbanismo e entregou a casa ao olho clínico dos zelotes do rigor procedimental/burocrático que esforçadamente se encarregam de fazer cumprir as 1.483 normas, leis, decretos-leis, portarias e regulamentos que impedem sobre a construção e o urbanismo.
Para a tese da seriedade burocrática o tempo não conta, como aliás se verifica no caso da garagem do ministro onde se gastaram 1.400 dias. Só a demagogia completamente desbragada pode justificar o argumento de que a “pureza” de um projecto se mede pelo número de anos que anda nos corredores burocráticos dos serviços de urbanismo. Esta ideia até pode ter alguma consistência no sector dos vinhos do Porto, mas aqui não colhe. E não colhe pela simples razão de que o investimento não é compatível com uma máquina burocrática onde imperam dezenas de técnicos (directores municipais, arquitectos, engenheiros, juristas, paisagistas, urbanistas, administrativos, assessores, etc.) contratados nos anos em que grassava a construção desenfreada e que por ali continuam alheios à realidade económica e social do concelho e sem qualquer noção do interesse público.

Quem dúvida da inoperância ou pense que os 1400 dias foram uma excepção experimente submeter à apreciação da Câmara um qualquer pedido de obras.

Tivesse eu no lugar do ministro e já tinha dado dois berros a quem tanto mal faz à economia.

JFragoso

aragonez said...

Só uma pequena "maldade":
Aquilo que escreve JFragoso complementa, em parte importante, o que já escrevi e tenciono denunciar no futuro.
Considero, no que me toca, a CMC como um elemento sabotador da actividade séria e livre de prebendas que tencionei desenvolver. Coisa que a seu tempo demonstrarei nos locais adequados.
A "maldade": Chamo-me Emídio de Aragão Teixeira.
A sigla AMDG pertenceu a um santo e tarduz-se, com a ironia possível por: "Para a Maior Glória de Deus"...
Bom Natal.