Wednesday, October 28, 2009

Visão

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A acta n°21/2009 (de 6 Out), pôde transparecer a perspectiva autárquica da política para a mobilidade no concelho e área metropolitana.
Somos todos muito Ecológicos, fazemos dias sem automóveis na marginal e ciclo vias desde os Hotéis até às praias, debates e conferencias sobre sustentabilidade, e até temos uma Agencia para a energia!!!
Mas não sabemos o que se passa do outro lado da rua. Tomam-se decisões estratégicas para a área metropolitana e nem as próprias autarquias têm conhecimento, ou estas tomam decisões que por e simplesmente põem de parte a inclusão num território.
Isto é simplesmente inadmissível, choca-me a desorganização e irresponsabilidade nas políticas para a área Metropolitana. Claro que os munícipes é que pagam (e bem) a factura dessa brincadeira.
Ao forçar a construção de mais ligações à capital, apenas se está a assumir que não vai mudar o perfil de emprego nos concelhos adjacentes e isto por muito tempo, visto estarmos a falar de vias estruturantes.
Mas já se pensa numa linha de “TLS” para o concelho de Cascais, mas que “máximo“ !! tão giro, vamos poder ir à mercearia de eléctrico – Sustentável !!! Que visionário!!
Parece-me ter ouvido no discurso de tomada de posse do nosso 1º que há demasiada dependência dos combustíveis fosseis (acordaram??)… e o que vamos fazer ??? Mais estradas pois claro. O eléctrico é para darmos umas voltas aqui no bairro e a bicicleta é para ir à praia…(não para andar lá, é perigoso para os transeuntes)
Entre o eixo de Sintra e de Cascais entram em Lisboa todos os dias 100.000 veículos particulares (dados CML), portanto o melhor mesmo é fazer mais umas estradas para que estes fluam… A taxa de motorização até faz parte dos índices de desenvolvimento!
Infelizmente a massa crítica é pouca, porque com estas politicas está-se a investir em horas de tráfego acumulado, de cansaço, de desperdício de energia e capacidade de trabalho, e perda de tempo para actividades de lazer e cultura. Sim a cultura no nosso país nunca há-de sair da “Cepa Torta” enquanto se gastar o tempo em filas de trânsito e dinheiro em combustível desperdiçado.
Acredito que é mesmo isso que se pretende, povo bruto e políticos com imagem de elegantes visionários.

Passem bem,
Ricardo Palma
27 Out 2009

4 comments:

Anonymous said...

Lobo Villa

Claro amigo Palma, mais estradas e mais auto-estradas, sua afirmação.
Todos o sabemos. E daí? Chegou agora doutro planeta ?
Para além de um justo(e complicado) desbafo , não entendo aonde quer chegar...

M P P said...

Daqui a 4 anos vai ser possível ir para o emprego de autocarro, porque o contrato com a Scotturb um dia chegará ao fim ( ou não???), teremos viagens a custo sustentável, com horários razoáveis a serem cumpridos ( porque alguém irá fiscalizar), vai haver carreiras a ligar todo o concelho. Vai ser bom...esperemos sentados.
A Agência para a sustentabilidade devia gastar menos papel em placards a promover-se. Digo eu...

Nuno Alexandre Pinto said...

Compreendo a indignação dos comentários, mas devo lembrar-vos que esta autarquia governa com maioria de votos. Ora, se a maioria votou neles é porque quer, gosta e deseja as políticas apresentadas. Assim, Cascais continua a viver a sua vida de ficção, enquanto Oeiras vive o seu desenvolvimento. A política do roubo mas faço vs a política do roubo e faço para os compadres.

Anonymous said...

Engraçado que no relatório "Cascais XXI", o suprassumo da "Governança", a CMC declina todas as responsabilidades quanto à qualidade dos transportes no concelho. Por muito que os Cidadãos elejam o assunto como prioritário a resposta foi a mesma. Até para a Freguesia de Carcavelos, provavelmente a mais bem servida por transportes públicos, o que foi editado no relatório é anedótico:"contacte a Scotturb...http//scotturb.pt...".
Pelos vistos os concursos são lançados pelo governo, mas apenas para um operador - e quanto a isso "a CMC não pode fazer nada", nem defender as expectativas dos cidadãos do seu Concelho...
Ricardo Palma