Monday, July 25, 2011

C.P. Venda de bilhetes.

Desde que a CP instalou as actuais máquinas de vender bilhetes que o caos está instalado, perante a indiferença daquela empresa que nós sustentamos. Se, nas máquinas anteriores, qualquer pessoa que soubesse ler comprava o bilhete e pagava rapidamente, com o actual e modernaço sistema é preciso entabular um diálogo de surdos, aprender a linguagem da máquina e gastar muito mais tempo em cada operação. O utente comum lá foi aprendendo à sua custa, perdendo comboios e tempo, de vez em quando ajudados por algum funcionário que a CP punha junto às máquinas. Isto nas estações principais, porque estações há que não têm ninguém, nem nos guichets. Por isso muita gente, em desespero se metia no comboio sem bilhete. Chega o Verão, banhistas e turistas são confrontados pela primeira vez com o sistema e é ver uma multidão desesperada, todos os dias, a tentar comprar um simples bilhete, que, descobrem depois, é mais complicado do que um bilhete de avião. Presenciei ontem, um estrangeiro desvairado, aos berros por não conseguir apanhar um comboio por não ser capaz de adquirir bilhete. E a CP impávida.
Está mais do que visto que o sistema não serve e que é preciso mudá-lo. A CP ignora. Os informáticos que conceberam este aborto também o devem saber modificar. Ou não?
Há ainda aquele detalhe simpático de toda a gente ter que comprar o cartão, mesmo que seja para fazer uma única viagem. Cinquenta cêntimos mete a CP no bolso. Argumentam que pode ser reembolsado. Experimentem. Não pode porque não tem o recibo! Não pode porque já passaram cinco dias! E nós a aturar isto.
Não se podem extreminar?

8 comments:

Fernando Boaventura said...

E quando o "cartãozinho" não abre a cancela de acesso ao cais? É ver as pessoas a saltar de cancela em cancela.
Por estas e por outras, quando preciso de ir ocasionalmente a Lisboa com a minha esposa vou de carro.

Anonymous said...

há que acrescentar:

1) a (má) qualidade desses bilhetes. feitos de papel/cartão com um sensor no seu interior, dobram-se facilmente e deixam de funcionar. além de que só tem a validade de um ano. repare-se na quantidade de cartões rasgados junto às máquinas de venda.

2)sistema de escolha de zonas que fica bloqueado se tiver o cartão carregado. isto é, se tiver o cartão carregado e configurado para a viagem cascais-cais do sodré, se quiser fazer uma viagem para Carcavelos, das duas uma. ou pago a viagem cais-do-sodré e saio em Carcavelos perdendo assim 50 cêntimos. ou compro um cartão novo e activo para essa zona, ou seja, mais 50 cêntimos.

3)o número de máquinas existentes em cada estação. em hora de ponta estão sobrecarregadas e facilmente ficam sem troco. além de que inúmeras vezes a opção multibanco não funciona

4)a CP/Metro Lisboa utiliza (também) o argumento ecológico para este novo sistema. no entanto faz com que seja sempre emitido um comprovativo de compra de papel. pouco adianta face aos antigos bilhetes. podia ser um bom argumento se os cartões realmente funcionassem e estes comprovativos desnecessários. o que se sucede na maioria das vezes é os utentes nem o levarem e deitarem para o chão. mais uma vez chamo a atenção para o estado das estações em redor das máquinas.

5)sistema de compra em inglês. parte do problema de que se queixa aqui J.N.Barbosa é devido ao simples facto de não ter (pelo menos até à uns meses atrás) uma versão para estrangeiros. já para não falar de invisuais e outros...

6)nomenclatura. nem todos sabem o que é o zapping no que diz respeito a comboios.

e haveria muito mais a dizer.

acrescento que parte disto seria resolvido com um cartão de plástico resistente semelhante ao que se usa em Inglaterra (os chamados Oyster), mais máquinas que funcionem e com alguém fizesse manutenção, e um sistema informático eficaz.

MnelVP said...

Só este ano já entreguei 4 reclamações à CP por causa desse sistema, desde o não funcionamento da opção Multibanco (atenção que é um meio de pagamento legítimo e se não funcionar sem aviso o utente NÃO É OBRIGADO a ter outra forma de pagamento e por isso não tem de comprar bilhete !), cartões que deixam de funcionar, e máquinas que não dão recibos e depois não permitem a devolução.

Também já tive uma curiosa em que a máquina fez "bip" quando encostei o bilhete, mas quando o revisor o verificou não tinha nada registado. Resposta do revisor "está cheio de sorte porque eu o vi a encostar o bilhete, senão teria de o multar". Como disse ?!? É uma questão de sorte ?

Ana said...

impressionante! É a unica coisa que me ocorre dizer de uma empresa para a qual todos nós pagamos... Lamentável e vergonhoso! É por isto que não tenho orgulho nenhum em ser Portuguesa! Mais valia sermos anexados pelos Espanhóis, bolas!
Ana Rodrigues

Anonymous said...

TAMBÉM QUERIA SER ANEXADO POR
QUALQUER TERRINHA, POIS ISTO POR
CÁ TÁ CADA VEZ MAIS NA MERDA!
TUDO, MAS MESMO TUDO, É SÓ MERDA!!

Anonymous said...

Os dois comentadores anteriores sem se aperceberem já estão anexados pelo país do conformismo, da depressão e do esperar sentado pelos sapatos do defunto. Acordem prá vida e deixem-se da conversa batida que nos trouxe até aqui.

Miguel João

Anonymous said...

LOBO VILLA
Alguém sabe para que serve o tal "cartão" ?
Para mim é claro : é mais um imposto de 50 cent. é mais uma mão na algibeira do tuga, sem mais.
Será Constitucional que todas as empresas de transportes (e não só) passem a cobrar mais um imposto,uma "portagem"(!) só para entrar nas "instalações" de uma empresa(pública) , como faz a CP ?
Qual é a justificação oficial desse "cartão"?...

Anonymous said...

Tenho 2 cartões válidos a custo 50 cêntimos cada mais 2 ou 3 passagens,tem validade até Set./2011 com ida e volta s.joão estoril-cais sodré.
Não sou utente regular,mas queria gastar os valores pagos.
Quis saber como funcionava o sistema mas não verifiquei nesse dia qualquer funcionário CP,a estação estava encerrada(S.João Estoril).
Estou convencido que fui BURLADO,porque não sei aceder aos equipamentos instalados e porque não existe colaboração ou informação eficiente.