Tuesday, February 07, 2012

Cruzeiro


Que diabo, deitá-lo abaixo para construir uma construção ainda maior? E não poderia o BPI em vez de gastar milhões com a demolição e a gigantesca construção nova e estar à espera de recuperar o dinheiro investido, não poderiam ele e a CMC, e puxarem pela cabeça e recuperarem o espaço, dando-lhe novas funções e ocupantes. Habitação, porque não? Indústrias criativas e culturais (allô DNA!) em alguns dos espaços, comércio a sério, etc. Já sei que há quem odeie o Cruzeiro, mas esse mesmo alguém deixou construir monos milhões de vezes piores... E não haveria contestação, acho, antes pelo contrário. Que diabo, afinalo Cruzeiro até é tem história e teve vida boa há algumas décadas...


Foto

11 comments:

Anonymous said...

Estou inteiramente de acordo com a ideia de preservação do edifício, desde que a Câmara ou o Estado não ponham lá um cêntimo que seja.
As chamadas industrias criativas e culturais nascem espontaneamente a partir de grupos profissionais (artes, moda, marketing, publicidade, etc) muito exigentes e com uma forte dinâmica de interacção urbana. Coisa que aqui em Cascais não existe nem nunca terá existido. Por isso soa a pólvora seca sugerir a criação deste tipo de iniciativas no vetusto Cruzeiro. O que me leva a pensar que o "allô DNA!" não passa do reflexo condicionado de quem quer criatividade desde que seja a agência municipal/nós todos a pagar.
Por último: vivo há mais de 60 anos próximo do Cruzeiro e nunca por ali vi a tal vida boa de que fala o P. Ferrero. Mesmo no tempo da mítica:))!! Casa Africana o edifício estava semi-abandonado. Tenho muitas saudades dos tempos em que eu e os meus amigos e colegas dos Salesianos ali fazíamos grandes incursões de exploração.

JFragoso.

Pedro said...

:-)) ...é só rir! Depois de uma epidemia da palavra "museu", agora apanha-mos com uma nebulosa feita de hotéis de charme, ninhos de empresas, centros de excelência, clusters e industrias criativas... Que náusea!
As ideias salvíficas e avulsas da reabilitação servem apenas para alimentar o discurso vazio que justifica o salário de gestores que não gerem nem geram reabilitação nenhuma.
A propósito: adorava ouvir por uma vez um decisor, a falar de criatividade, sabendo realmente o que isso é, qual o interesse, como se torna realmente "útil" e "útil" para quê.

Pedro said...

*apanhamos (desculpem-me) :-))

Pedro said...
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Pedro said...

Portanto, subscrevo as observações e apreensões do JFragoso (à parte a parte em que ele tem uma visão mais "histórica" e, assim, sólida dos usos e real importância no fazer-cidade, deste edifício).

Paulo Ferrero said...

:-)

Anonymous said...

P.Partidário
Folgo em saber que concorda com a minha opinião. No entanto não sei o que o levou a inferir que eu tenho uma visão "mais histórica" acerca do Cruzeiro. Será por eu advogar a reabilitação do edifício?
JFragoso

Pedro said...

Não J. Fragoso... o que quero dizer com a sua "visão histórica" é que, pelo facto de viver perto do conjunto há mais de 60 anos, pode dar um testemunho muito válido e desassombrado, sobre a forma como este edifício foi ou não, útil e significativo para o sítio e as pessoas que vivem na sua vizinhança.
A sua visão trata-se da "boa" visão da "história" recente. A verdadeira. Com testemunho directo. Esse tipo de informações não podem ser menosprezadas por que se interessa, faz, ou tem de decidir.

Anonymous said...

LOBO VILLA
Temos aqui um dialogo notavel entre um cidadao que pretende preservar as suas memorias urbanas e um especulador que as pretende ridicularizar...

Pedro said...

esclareçam-me...??!! O especulador que pretende ridicularizar está neste diálogo?... escapou-se-me alguma coisa?

Anonymous said...

jA ESTA EM OBRAS :(((((
MAIS UMA GRANDE OBRA DESTA CAMARA QUE SO SABE SACAR DINHEIRO A POPULAÇAO .
VEJAM A POLICIA MUNICIPAL !!! SO LUXO , CARROS , FARDAS , TUDO . AGORA ATE OS PARQUIMETROS SAO DELES .
VERGONHAAAAAAAAAAAAAAAAA