Monday, August 09, 2010
Obras na Igreja Matriz de Cascais
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«Exmo. Senhor Paulo Ferrero
Depois de alguma ponderação, envio umas linhas (texto abaixo) sobre as obras na igreja matriz. Agradecia se assim entender a publicação no Cidadania, são um desabafo sobre o grande atentado ao património que se fez na nossa igreja; visto terem caído em saco roto, todos os anteriores alertas.
Com os melhores cumprimentos.
- A comunicação social tem dado imensa importância à pedofilia no seio da Igreja Católica, tem revelado os esquemas e as fortunas que mudam de mãos ao abrigo de uns “Job´s for the boys”.
Talvez por isso passe despercebido a indignação de quem sabe, em contraste com a ignorância e o total desconhecimento de alguns cidadãos de Cascais quanto às atrocidades que se vêm a acumular na nossa Igreja Paroquial – A Igreja de Nossa Senhora da Assunção.
É impressionante o modo como se esbanja dinheiro, muito dinheiro, substituído bancos em óptimo estado de conservação, substituindo iluminação montada recentemente e mais grave ainda, foi a substituição de uma mesa de altar perfeitamente enquadrada no espaço por uma outra, que mais se assemelha a uma barra de sabão azul e branco.
Serei eu nos meus 52 anos de existência que não estarei preparado para estas mudanças absurdas, em que numa Igreja do Séc. XVII com um espólio de arte deveras impressionante, deverá ver agora o seu interior devassado por mobiliário moderno, ou será moda os novos padres renovarem o espaço de culto ancestral, como se fosse a sua própria casa ao invés da casa do Senhor e por conseguinte de todos nós cristãos.
Onde fica o respeito por aqueles que dedicaram uma vida inteira a esta comunidade, nomeadamente ao anterior Prior e a todos aqueles que se sacrificaram para que a Igreja de Cascais fosse uma referência entre as demais. Isto para não falar na preocupação dos mais necessitados e desempregados deste Concelho, quando se esbanja dinheiro em obras fúteis de vaidade pessoal.
Fiquei a saber pelos jornais que o Patriarcado procurou Mecenas para o Altar a instalar no Terreiro do Paço, orçado em 200.000€ e na Igreja de Cascais um padre gasta muito mais em obras de remodelação ao estilo de um “Querido mudei a casa”.
Agora pergunto;
- A quem é que estes senhores prestam contas? Sabendo nós que gozam de autênticas benesses fiscais.
- Poderá um padre desfazer a obra espiritual e social do seu antecessor?
- Estará a hierarquia da Igreja a par das denúncias que inundam a internet, o Ministério da Cultura e a Câmara de Cascais?
- Haverá espaço na nossa televisão para o apuramento da verdade no meio de tanta intriga?
- Onde está a renuncia quaresmal de quem nos entrega envelopes a solicitar a mesma?
Talvez estas linhas sejam o último fôlego sobre o atentado ao património que está a ser levado em curso, e com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
A acção deste Pároco tem vindo a ser reveladora de um total alheamento e ignorância acerca de tudo o que o rodeia; veja-se a exemplo a Tradicional Procissão de Santo António... mas isso é outra história. Contudo 200 anos depois das Invasões Francesas, "eles" voltaram e desta ganharam!!!
P.S.: Agradeço o anonimato»
«Exmo. Senhor Paulo Ferrero
Depois de alguma ponderação, envio umas linhas (texto abaixo) sobre as obras na igreja matriz. Agradecia se assim entender a publicação no Cidadania, são um desabafo sobre o grande atentado ao património que se fez na nossa igreja; visto terem caído em saco roto, todos os anteriores alertas.
Com os melhores cumprimentos.
- A comunicação social tem dado imensa importância à pedofilia no seio da Igreja Católica, tem revelado os esquemas e as fortunas que mudam de mãos ao abrigo de uns “Job´s for the boys”.
Talvez por isso passe despercebido a indignação de quem sabe, em contraste com a ignorância e o total desconhecimento de alguns cidadãos de Cascais quanto às atrocidades que se vêm a acumular na nossa Igreja Paroquial – A Igreja de Nossa Senhora da Assunção.
É impressionante o modo como se esbanja dinheiro, muito dinheiro, substituído bancos em óptimo estado de conservação, substituindo iluminação montada recentemente e mais grave ainda, foi a substituição de uma mesa de altar perfeitamente enquadrada no espaço por uma outra, que mais se assemelha a uma barra de sabão azul e branco.
Serei eu nos meus 52 anos de existência que não estarei preparado para estas mudanças absurdas, em que numa Igreja do Séc. XVII com um espólio de arte deveras impressionante, deverá ver agora o seu interior devassado por mobiliário moderno, ou será moda os novos padres renovarem o espaço de culto ancestral, como se fosse a sua própria casa ao invés da casa do Senhor e por conseguinte de todos nós cristãos.
Onde fica o respeito por aqueles que dedicaram uma vida inteira a esta comunidade, nomeadamente ao anterior Prior e a todos aqueles que se sacrificaram para que a Igreja de Cascais fosse uma referência entre as demais. Isto para não falar na preocupação dos mais necessitados e desempregados deste Concelho, quando se esbanja dinheiro em obras fúteis de vaidade pessoal.
Fiquei a saber pelos jornais que o Patriarcado procurou Mecenas para o Altar a instalar no Terreiro do Paço, orçado em 200.000€ e na Igreja de Cascais um padre gasta muito mais em obras de remodelação ao estilo de um “Querido mudei a casa”.
Agora pergunto;
- A quem é que estes senhores prestam contas? Sabendo nós que gozam de autênticas benesses fiscais.
- Poderá um padre desfazer a obra espiritual e social do seu antecessor?
- Estará a hierarquia da Igreja a par das denúncias que inundam a internet, o Ministério da Cultura e a Câmara de Cascais?
- Haverá espaço na nossa televisão para o apuramento da verdade no meio de tanta intriga?
- Onde está a renuncia quaresmal de quem nos entrega envelopes a solicitar a mesma?
Talvez estas linhas sejam o último fôlego sobre o atentado ao património que está a ser levado em curso, e com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
A acção deste Pároco tem vindo a ser reveladora de um total alheamento e ignorância acerca de tudo o que o rodeia; veja-se a exemplo a Tradicional Procissão de Santo António... mas isso é outra história. Contudo 200 anos depois das Invasões Francesas, "eles" voltaram e desta ganharam!!!
P.S.: Agradeço o anonimato»
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2 comments:
LOBO VILLA
Esta denúncia(anónima)tem uma parte espiritual e outra-mais importante- a parte material que a todos os cascalenses respeita: que é a não destruição do Património das nossas igrejas !
Que a CMC siga o socratino princípio de que " no gastar é que está ganho",(com as comissões..)já sabíamos;
Que a igreja siga o mesmo princípio, é novidade !
(O novo padre está a ficar igual ao novo autarca...que tristeza )
Porém continuemos a denunciar : parabéns ao ilustre anónimo e obrigado !
Muita razão têm estas palavras.
A obra é uma vergonha e um escândalo, associada a uma falta de respeito por uma série de pessoas que deram o seu melhor durante anos, ao serviço da Igreja em Cascais.
É uma completa descaracterização de um edifício histórico e com tanta importância para os Cascaenses.
Culpas... muitas e de quem?
1º Necessidade? Nenhuma a igreja estava completamente restaurada, mantida e liturgicamente adaptada. O Sr. Padre não se inseriu na comunidade e ao invés quis impor-se de uma forma mediática, ignóbil e altruísta; esqueceu-se que tinha de trabalhar na edificação da comunidade e servir desinteressadamente a todos, preferindo suscitar entre o povo, uma moral contrária à cristã.
2º O arquitecto do projecto, quem foi e que ética teve? Devia ser expulso da ordem dos arquitectos. Aquilo que foi projectado e feito, é um atentado ao património. Dos bancos nem se fala... não merecem quaisquer comentários, o ambão que horror, o altar de acordo, «uma barra de sabão azul e branco» sem ligação nenhuma ao templo, enfim tudo aquilo mais parece um palanque com mobiliário para uma igreja agnóstica. Tudo feito sem qulquer gosto pelo sagrado.
3º O Patriarcado que intervenção teve? Talvez como Pilatos... mas não precisava o Prior de autorização superior? E será que as razões apresentadas para a obra foram verdadeiras?
4º A Câmara Municipal de Cascais. Que departamento acompanhou as obras; os relatórios e os pareceres dos entendidos onde estão? Como se justifica uma atribuição de um subsídio para restauros e adaptações, num edifício que não necessitava delas? Pelos vistos agora, a atribuição de subsídios faz-se, porque existe muito dinheiro e o entendimento de preservação por parte da C.M.C. é sinónimo de vandalismo.
Por fim, tudo o que tem vindo a ser feito até agora, tem uma justificação muito infeliz e falsa(dentro das muitas); e aparenta uma tentativa de denegrir os quase 40 anos de paroquialidade do Sr. Padre Raul, como tendo deixado a Paróquia de Cascais num estado caótico. É uma grave calúnia à sua pessoa, trabalho e dedicação, se assim não o é, quais as razões para isto tudo?
Já nem digo nada, das tão faladas obras na casa paroquial.
Fica uma última pergunta: como é possível tudo isto, quando está em construção uma nova igreja no Bairro de Santana? Onde vão buscar tanto dinheiro? Ah... já sei, o Sr. Padre Raul ainda deixou algum não foi, mas dá assim para tanta coisa?
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