Monday, November 21, 2011

Deixem lá as luzes! Ilumine-se o Comércio.

O tema das iluminações de Natal das nossas Cidades e da sua Baixa/Centro Histórico volta a estar na ordem do dia. Desde que me lembro, por ter acompanhado mais de perto o "problema", até por motivos de ordem profissional, os argumentos que as partes (leia-se, as Autarquias e as Associações de Comerciantes) sempre apresentaram não evoluiram tanto assim nas últimas duas décadas.Sem Comércio, não há Baixa; sem Baixa, não há Cidade; sem Comércio, não há Natal; sem Natal, não há Comércio; sem Iluminações, não há Comércio , nem Natal; etc..., etc... .Este ano, mercê também das várias crises que nos assolam ... sem dinheiro, não há iluminações.Tenho para mim, que é apenas o princípio do "fim da coisa", ou seja, tanto se falou (e bem), ao longo dos anos, da necessidade de as Associações de Comerciantes mobilizarem os seus associados para a "coisa" e, em simultâneo, do crescente mau estar e dificuldades das Autarquias em financiar a "coisa" que a "coisa" apagou-se! Claro, que à última da hora, lá aparecerão, como que por milagre da época, uns focos de luz nuns monumentos e edifícios mais emblemáticos, no entanto, o Comércio necessita de muito mais do que Iluminações, necessita de ser ... Iluminado.

5 comments:

Anonymous said...

Aqui, as "iluminações", as de Natal e as outras, continuam de vento em popa. E ainda bem que assim é. Sempre iluminam espaços que há anos se encontram às escuras por falta de lâmpadas, e enchem-nos o coração de carinho e encanto pelos pobres comerciantes nas suas palhinhas deitados.

No dia aprazado, as mais altas autoridades politicas e empresariais do concelho juntam-se no largo da Câmara, abrem a portinhola do quadro eléctrico e, num gesto largo e firme, acendem as bolas, as velas, os anjinhos e o presépio. Um bruá de (falso) espanto e comoção e lá seguem em cortejo alegre e bem disposto(é Natal) pelas ruas da Baixa. No fim, com o apetite acerridado pelo odor a frango bebem um Porto de honra, tiram as fotos para a posteridade e, em jeito de nota e comentário, evoca-se a grande dificuldade em arranjar o financiamento que tornou possível manter a tradição. Agradecidos e confortados pela palavra amiga e desinteressada do edil, regressam ao conforto do lar - as lojas fecharam às cinco da tarde - cheios de novas ideias para a grande mobilização natalícia do próximo ano.
Bem haja quem pró ano lhes acenda a luz.


João Fragoso

Paulo Ferrero said...

Caro João Fragoso, este seu comentário está de chorar a rir, parabéns!

JOÃO BARRETA said...

Não posso estar mais de acordo com o comentário de João Cardoso.
Acrescentando mais um episódio ao seu relato.
Ou seja, aquele momento sempre caricato em que Autarca e Dirigente Associativo, depois da "portinhola do quadro elétrico" já aberta, se acotovelam para "dar à luz", com os olhos postos nas luzes ... da câmara (de filmar, entenda-se) e/ou da máquina fotográfica.!!

JOÃO BARRETA said...

Peço desculpa, pelo meu lapso.
Retifico, é João Fragoso e não Cardoso.

Anonymous said...

LOBO VILLA
A imagem de João Fragoso e para chorar a chorar e nao a rir...