Thursday, July 30, 2015

Assembleia Municipal de Cascais aprova compra do Autódromo do Estoril


In Observador (30.7.2015)
Por Manuel Moura/LUSA

«Foi aprovada na quarta-feira à noite a compra do Autódromo do Estoril pelo município por quase cinco milhões de euros.

A assembleia municipal de Cascais aprovou, na quarta-feira à noite, a compra do Autódromo do Estoril pelo município por quase cinco milhões de euros, para potenciar a atividade económica local, atrair mais turistas e criar emprego. A proposta foi aprovada pela maioria PSD/CDS-PP, mas mereceu os votos contra da oposição (PS, CDU, BE e movimento independente Ser Cascais).

Para o PS, o modelo de investimento previsto para o Autódromo assusta e considera que a autarquia está a servir de muleta à administração central. A CDU questionou os motivos da compra do equipamento, considerando o negócio “pouco transparente” e que “não há argumento válido para que a câmara se substitua ao Estado para gerir um enorme elefante branco”.

Já o Ser Cascais alertou para os custos acrescidos aos valores anunciados no investimento, considerando a compra como “um grande esforço financeiro”. O Bloco de Esquerda considerou a compra do Autódromo como um “mau negócio” e que “vai hipotecar o município por mais de uma década”.

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, sublinhou que o valor da compra “é baixo” e que o equipamento é importante para o concelho, uma vez que “tem valências que não têm sido exploradas”. De acordo com a proposta, para o espaço (comprado por 4,921 milhões de euros), a autarquia admite a possibilidade de instalar um kartódromo e um autódromo virtual e incluí-lo num museu dedicado ao motor que integre oficinas especializadas em veículos clássicos e contemporâneos.

Além disso, acrescenta, é ainda possível instalar uma pista dedicada ao ensino, formação e capacitação em segurança rodoviária e testes de segurança, bem como criar um centro de investigação de desenvolvimento da indústria automóvel e das suas formas de interação com as cidades e o ambiente.

A autarquia informa ainda que tem já um entendimento com a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, bem como com a Federação Motociclismo Portugal, para obter os seus contributos na futura programação e dimensão desportiva do autódromo.

A Câmara de Cascais considera ainda que o Autódromo do Estoril será “um potencial centro de excelência para a dinamização de testes para as principais equipas de motociclismo e automobilismo”, adiantando que há já várias personalidades dispostas a “fazer a ponte” com instituições internacionais para a captação de provas internacionais.»

Saturday, July 11, 2015

PDM de Cascais suspenso


In Expresso Online (11.7.2015)
Por Raquel Moleiro

«O Plano Diretor Municipal de Cascais, aprovado em junho, foi suspenso pelo Tribunal Administrativo de Sintra na sequência de uma providência cautelar apresentada por duas empresas de gestão imobiliária

O Plano Diretor Municipal (PDM) de Cascais foi suspenso pelo Tribunal Administrativo de Sintra, que aceitou os fundamentos da providência cautelar apresentada por duas empresas de gestão imobiliária detentoras de terrenos em Caparide, Carcavelos e Alcabideche.

A Câmara Municipal de Cascais tem dez dias após a decisão para contra-argumentar. Ao Expresso, o gabinete de imprensa da autarquia esclarece que "a aprovação do PDM cumpriu todos os preceitos e procedimentos legais e está em vigor desde o dia 30 de Junho". Explica ainda que "a estratégia municipal, que está consignada no PDM, passa por conter os perímetros urbanos e não permitir a expansão habitacional, privilegiando a salvaguarda dos recursos naturais, a requalificação e regeneração do perímetros urbanos consolidados".

A proposta final do PDM foi aprovada em Assembleia Municipal por maioria simples (19 votos a favor e 18 contra) a 25 de Junho de 2015. De acordo com os requerentes da providência cautelar, na sequência das alterações aprovadas, a nova carta de qualificação dos solos proíbe a construção - até agora permitida - em todos os terrenos detidos pelas duas empresas - Brasfer e Quinta do Junqueiro - o que, alegam "provoca um desajustado prejuízo patrimonial”.

Um dos terrenos em causa, localizado em Carcavelos, junto ao mar, é atualmente alvo de litígio judicial na sequência do processo de expropriação desencadeado pela Câmara de Cascais para efeitos da instalação do Campus da Nova School of Business ans Economics, no concelho.

Durante a fase de discussão do PDM, as empresas de gestão imobiliária apresentaram uma reclamação à câmara “que foi desconsiderada em absoluto”, dizem. Avançaram então para a impugnação directa do PDM, alegando que está “viciado de várias ilegalidades”.»

Wednesday, July 08, 2015

MONO da Estação

Alguém sabe o que se passa com as obras?
Estão paradas há cerca de mês e meio. e tiraram os andaimes esta semana.
Consta, em conversa de caserna, que a demolição ultrapassou um andar em relação ao previsto e que teria que ser reposto. Será?
Aqui fica o aspecto actual.


Tuesday, July 07, 2015

Thursday, July 02, 2015

Obra em curso junto à estação do Monte:


Porque as escadas antigas estavam em muito mau estado, etc. Tenho pena que tenha desaparecido o ar rústico de princípio do século passado... até porque bastaria reparar as escadas antigas, ou não?

Wednesday, July 01, 2015

Mobilidade saudável para Carcavelos - uma oportunidade



Carta Aberta aos Ex.mos Senhores


  Presidente da Câmara Municipal de Cascais​
​  Director da Nova School of Business and Economics


​Ex.mos Senhores​


Vejo com muito agrado a instalação de uma Escola desta natureza e prestígio na freguesia e no concelho.
Será um motor de desenvolvimento a vários níveis: estimulando a economia local, trazendo gente nova, de elevada formação e origens diversas, elevando a exigência cultural e cívica, e contrariando o movimento diário laboral em direcção a Lisboa, que essencialmente faz desta região um dormitório de bom nível.
Fico portanto muito satisfeito com esta perspectiva para esta região.​
Há porém um ponto que me preocupa.
 ​
Se nada for feito em contrário, e de acordo com os hábitos portugueses, a NSB​E será mais um forte polo gerador de trânsito automóvel, a somar num concelho que é já hoje uma cidade dos carros. A NS​BE pode no entanto ser um catalisador de mudança. Se a Escola e a Câmara em colaboração pretenderem que assim seja, a primeira poderá não só ter pouco peso em termos de trânsito automóvel, como alé​m disso ser um foco promotor da adopção de hábitos mais saudáveis de deslocação na restante população, em particular de bicicleta e a pé, em combinação com o comboio, graças a um efeito de contágio da comunidade escolar para a sociedade em geral.

Esta Escola terá uma situação óptima para que os seus utilizadores se desloquem de bicicleta: perto de duas estações, em zona plana, com um clima ameno. A redução do sufocante trânsito automóvel ac​tual será mais um factor de promoção da NSBE nacional e internacionalmente.

A Escola pode alcançar este objectivo de várias formas, na senda do que se faz nas escolas da Europa.

Não deverá facilitar o estacionamento nas suas instalações, privilegiando eventualmente e apenas os professores.

Deverá promover activamente a utilização da bicicleta: criando espaços cobertos e seguros de estacionamento no seu interior, criando facilidades ou acordos para a sua manutenção e, até, como parte da contrapartida das propinas pagas, fornecendo uma bicicleta aos seus alunos. Afinal, uma boa bicicleta começa em 150 ou 200€, o que representa uma pequena percentagem da propina anual. Ao que me dizem, esta já era uma​ prática nalgumas escolas europeias há 30 anos que pode ser adoptada e usada como factor de promoção.


A Câmara pode contribuir para este objectivo de forma óbvia, criando boas condições de circulação a pé e de bicicleta entre os principais polos de interesse: as estações da CP de Carcavelos e de Oeiras, os respectivos centros urbanos, a praia​ e a Escola​.

Construindo ciclovias onde estas forem necessárias, adoptando medidas de coexistência e indutoras de redução de velocidade nas restantes vias, sem passagens aéreas dissuasoras da utilização da bicicleta ou da deslocação a pé, antes com atravessamentos de nível. A estrada variante vizinha à Escola não é nem deve ser uma auto estrada dentro dos aglomerados urbanos. Tem passadeiras e pode ter cruzamentos para ciclistas com semáforos.

​É preciso que as vias destinadas à bicicleta sejam práticas e funcionais, e não apenas uma forma de dizer que existem, mas na realidade, pelos obstáculos, distância, desníveis, etc, não serem apelativas aos seus utilizadores. O mesmo se aplica os percursos pedonais, que por vezes existem, mas são totalmente desincentivadores de serem utilizados.​

​A Câmara pode ainda promover a criação de parques seguros para bicicletas junto da estação. Por essa Europa muito são os trabalhadores e estudantes que deixam as suas bicicletas junto da estação, seguindo depois para casa de comboio.

Julgo que numa época em que muitas cidades e vilas do país trabalham no sentido de reduzir a dependência do automóvel (veja-se Lisboa aqui ao lado, com tantas iniciativas no sentido da mobilidade racional), ninguém entenderia que não se aproveitasse esta oportunidade que pode ser tão marcante e fundadora em termos de mudança de paradigma, não só para a comunidade escolar, mas ainda mais para as comunidades que vão receber esta Escola.

​Pode ainda funcionar como montra para aquilo que no futuro próximo em termos de mobilidade é inevitável em todo o concelho.​

Entendo a NSBE como uma grande oportunidade para esta freguesia e concelho.
Tenho esperança de ter demonstrado e convencido, com o texto acima, que pode também ser uma oportunidade do ponto de vista da mobilidade saudável e racional.


​Gostaria muito que os meus filhos, daqui a poucos anos, pudessem andar de forma normal, segura e frequente de bicicleta ou a pé na zona de influência desta Escola.