Tuesday, October 31, 2006
Resolução do Conselho de Ministros n.º 144/2006, D.R. n.º 210, Série I 2006-10-31
Ratifica parcialmente o Plano de Pormenor para a Reestruturação Urbanística dos Terrenos do Hotel Estoril-Sol e Área Envolvente, no município de Cascais, e aprova a alteração da delimitação da Reserva Ecológica Nacional para o mesmo município.
PF
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Executivo municipal aprovou termos de referência do plano de pormenor da Quinta do Barão
In Público (31/10/2006)
"A Câmara de Cascais aprovou ontem os termos de referência do plano de pormenor da Quinta do Barão e a declaração de interesse público da obra hidráulica da ribeira de Sassoeiros, que deverá viabilizar a reestruturação urbanística da antiga quinta produtora do afamado vinho de Carcavelos. De acordo com a proposta de António Capucho, o edifício principal da quinta será adaptado a hotel e num dos topos da propriedade, funcionando como "remate da malha urbana existente" nas proximidades, serão construídos edifícios com seis pisos, repartidos em 21.952 metros quadrados para habitação e 500m2 para comércio. Parte da vinha será replantada e a adega será reconvertida em Museu da Vinha e do Vinho. Um estudo hidráulico avaliou como insuficiente o comportamento da passagem inferior existente na ribeira, pelo será criada uma derivação para outra passagem paralela à original, de modo a previr o risco de cheias. Celestino Morgado, do grupo Bernardino Gomes, lamentou que a CCDR tenha levado um ano para dar parecer e prevê que as obras, se tudo correr como esperado, tenham início em 2008. L.F.S."
PF
"A Câmara de Cascais aprovou ontem os termos de referência do plano de pormenor da Quinta do Barão e a declaração de interesse público da obra hidráulica da ribeira de Sassoeiros, que deverá viabilizar a reestruturação urbanística da antiga quinta produtora do afamado vinho de Carcavelos. De acordo com a proposta de António Capucho, o edifício principal da quinta será adaptado a hotel e num dos topos da propriedade, funcionando como "remate da malha urbana existente" nas proximidades, serão construídos edifícios com seis pisos, repartidos em 21.952 metros quadrados para habitação e 500m2 para comércio. Parte da vinha será replantada e a adega será reconvertida em Museu da Vinha e do Vinho. Um estudo hidráulico avaliou como insuficiente o comportamento da passagem inferior existente na ribeira, pelo será criada uma derivação para outra passagem paralela à original, de modo a previr o risco de cheias. Celestino Morgado, do grupo Bernardino Gomes, lamentou que a CCDR tenha levado um ano para dar parecer e prevê que as obras, se tudo correr como esperado, tenham início em 2008. L.F.S."
PF
Cidadela de Cascais não foi para o único concorrente
In Público (31/10/2006)
Luís Filipe Sebastião
Câmara vai ter que decidir se lança novo concurso ou encontra outras formas de atrair investimento privado
A empresa municipal Fortaleza de Cascais não aceitou a proposta do único concorrente ao concurso público para a exploração da Cidadela. A autarquia terá agora que encontrar uma nova solução, através de um novo concurso ou da abertura do capital da Fortaleza de Cascais a privados.
O grupo Bernardino Gomes foi o único a concorrer ao concurso público internacional para a reabilitação da Cidadela de Cascais. O júri, conforme adiantou ontem ao PÚBLICO o seu presidente, António Capucho, considerou "a proposta inaceitável por não respeitar o caderno de encargos e o programa do concurso". O também presidente da autarquia acrescentou que a decisão já foi comunicada ao concorrente, que não a contestou e "manifestou a disponibilidade para colaborar noutro tipo de solução".
A Fortaleza de Cascais, empresa municipal criada pela câmara para gerir o antigo recinto militar cedido ao município, já confirmou a deliberação do júri, composto por autarcas e técnicos camarários Na apreciação da proposta verificou-se que o concorrente apresentou aspectos condicionantes ao caderno de encargos, o que não era admitido pelo programa do concurso. Segundo reconheceu Celestino Morgado, do grupo Bernardino Gomes, "foi pedido que houvesse uma carência de rendas durante 12 anos, para viabilizar o investimento feito".
O promotor pretendia ainda lugares de estacionamento no parque em construção no fosso da Cidadela para o hotel de 59 quartos a construir dentro da fortaleza. E foi também requerido à autarquia que se comprometesse "a não cortar as vistas" a partir do novo hotel, a construir junto à muralha virada ao mar, com o projectado aumento de pisos nos edifícios da marina. Isto porque a requalificação preconizada pela Marcascais, concessionária do porto de recreio, prevê um acréscimo de pisos aos dois actualmente existentes para apartamentos e uma torre envidraçada destinada a hotel com 100 metros de altura à entrada da marina.
"Só nos interessa a Cidadela porque vamos abrir em Março o Hotel Villa Itália e a gestão conjunta destes espaços podia ser interessante", comentou Celestino Morgado. A sua proposta, com um investimento de 8,7 milhões de euros, preservava os imóveis classificados, através de uma "intervenção minimalista", da autoria do arquitecto italiano Flavio Barbini, de 39 anos, que projectou com João Carrilho da Graça e Maria João Silva o novo centro de coordenação operacional da Brisa, em Carcavelos. Em termos de dinamização funcional, propunha-se uma espécie de "cidade da moda", com espaços expositivos e ateliers para criadores.
O presidente da autarquia, António Capucho, que também preside à administração da Fortaleza de Cascais, aponta três saídas para o actual impasse: um novo concurso público, "com condições menos pesadas"; a abertura do capital da empresa municipal a privados, para a gestão do espaço mediante contrato, ou a criação de uma sociedade de desenvolvimento municipal, que atraia parceiros privados. Todos estes caminhos estão a ser avaliados do ponto de vista jurídico. Afastada estará a negociação por ajuste directo com outros investidores que mostraram interesse, mas não foram a concurso.
Já agora, que se pese já o impacto do movimento de cascalenses contra a construção da torre de 100m na marina e o aumento de cérceas nos edifícios da marina ...
PF
Luís Filipe Sebastião
Câmara vai ter que decidir se lança novo concurso ou encontra outras formas de atrair investimento privado
A empresa municipal Fortaleza de Cascais não aceitou a proposta do único concorrente ao concurso público para a exploração da Cidadela. A autarquia terá agora que encontrar uma nova solução, através de um novo concurso ou da abertura do capital da Fortaleza de Cascais a privados.
O grupo Bernardino Gomes foi o único a concorrer ao concurso público internacional para a reabilitação da Cidadela de Cascais. O júri, conforme adiantou ontem ao PÚBLICO o seu presidente, António Capucho, considerou "a proposta inaceitável por não respeitar o caderno de encargos e o programa do concurso". O também presidente da autarquia acrescentou que a decisão já foi comunicada ao concorrente, que não a contestou e "manifestou a disponibilidade para colaborar noutro tipo de solução".
A Fortaleza de Cascais, empresa municipal criada pela câmara para gerir o antigo recinto militar cedido ao município, já confirmou a deliberação do júri, composto por autarcas e técnicos camarários Na apreciação da proposta verificou-se que o concorrente apresentou aspectos condicionantes ao caderno de encargos, o que não era admitido pelo programa do concurso. Segundo reconheceu Celestino Morgado, do grupo Bernardino Gomes, "foi pedido que houvesse uma carência de rendas durante 12 anos, para viabilizar o investimento feito".
O promotor pretendia ainda lugares de estacionamento no parque em construção no fosso da Cidadela para o hotel de 59 quartos a construir dentro da fortaleza. E foi também requerido à autarquia que se comprometesse "a não cortar as vistas" a partir do novo hotel, a construir junto à muralha virada ao mar, com o projectado aumento de pisos nos edifícios da marina. Isto porque a requalificação preconizada pela Marcascais, concessionária do porto de recreio, prevê um acréscimo de pisos aos dois actualmente existentes para apartamentos e uma torre envidraçada destinada a hotel com 100 metros de altura à entrada da marina.
"Só nos interessa a Cidadela porque vamos abrir em Março o Hotel Villa Itália e a gestão conjunta destes espaços podia ser interessante", comentou Celestino Morgado. A sua proposta, com um investimento de 8,7 milhões de euros, preservava os imóveis classificados, através de uma "intervenção minimalista", da autoria do arquitecto italiano Flavio Barbini, de 39 anos, que projectou com João Carrilho da Graça e Maria João Silva o novo centro de coordenação operacional da Brisa, em Carcavelos. Em termos de dinamização funcional, propunha-se uma espécie de "cidade da moda", com espaços expositivos e ateliers para criadores.
O presidente da autarquia, António Capucho, que também preside à administração da Fortaleza de Cascais, aponta três saídas para o actual impasse: um novo concurso público, "com condições menos pesadas"; a abertura do capital da empresa municipal a privados, para a gestão do espaço mediante contrato, ou a criação de uma sociedade de desenvolvimento municipal, que atraia parceiros privados. Todos estes caminhos estão a ser avaliados do ponto de vista jurídico. Afastada estará a negociação por ajuste directo com outros investidores que mostraram interesse, mas não foram a concurso.
Já agora, que se pese já o impacto do movimento de cascalenses contra a construção da torre de 100m na marina e o aumento de cérceas nos edifícios da marina ...
PF
Monday, October 30, 2006
Pergunta:
Porque razão as praias do Tamariz e de Cascais fazem guerra ao toldo, preferindo apostar nos chaparros de palha e nos chapéus-de-sol?
Se há toldos e barracas por esse mundo fora, quer em estâncias frias, como na Bretanha, quer em quentes, como na Ligúria; de lona e às riscas azúis, verdes, laranja e vermelhas, se há toldos, barracas e cabines, e se os há cheios; porque não manter-se a tradição?
PF
Se há toldos e barracas por esse mundo fora, quer em estâncias frias, como na Bretanha, quer em quentes, como na Ligúria; de lona e às riscas azúis, verdes, laranja e vermelhas, se há toldos, barracas e cabines, e se os há cheios; porque não manter-se a tradição?
PF
Cascais desaparecida #5: Hotel Nau
Ainda se pode ler em sites ligados ao turismo: Hotel Nau (***), Rua Drª. Iracy Doyle, Lt. 14, Cascais, 50 m from buses; 50 m from railways, 59 rooms (all with bathroom), 3 singles and 56 doubles. No entanto, o Hotel Nau já foi demolido, juntamente com aquela mega-garagem-bomba da gasolina defronte à estação de comboios, para nascer não se sabe bem que mamarracho mais. O Hotel Nau foi abaixo mas as minhas memórias, as minhas primeiras de Cascais, durante a temporada que lá passei nos meus 5 anos de idade, lançando carrinhos e andando de triciclo pelos seus corredores, essas ninguém mas tira.
PF
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Wednesday, October 25, 2006
Petição vai de vento em popa!
A petição contra a construção da torre na marina de Cascais continua de vento em popa, e não será com tentativas de sabotagem que vai parar. Finalmente, após longos dias de penúria, fruto da desatenção do site hospedeiro, as correcções às falsificações estão a ser feitas praticamente online, assim mo garante o autor da petição. Como se comprova lendo a mesma. Portanto, façam favor de continuar a assiná-la, pois são precisas mais assinaturas!! Tudo em http://www.petitiononline.com/jnb/petition.html.
Tuesday, October 24, 2006
Antiga garagem, cocheira e cavalariça da casa de A.Santos Jorge
Quem é que nunca se admirou com a beleza perdida daquele edifício junto à linha de comboio, em plena rampa de acesso à praia do Tamariz? São as antigas e inacabadas cocheiras de António Santos Jorge, desenhadas em 1914 pelo fabuloso arquitecto que foi Norte Júnior, para a casa e cocheiras do seu proprietário, cuja morte súbita inviabilizou o resto do projecto. É um edifício assombroso (e assombrado), com motivos fortemente simbólicos do ecletismo da zona. Pura Arte-Nova, tardia (como tudo) em Portugal. De inspiração parisiense; com cantarias de lioz; ferro forjado. Os interiores, ao tempo da juventude dos nosso pais, quando ali era uma garagem, ainda mantinham estuques trabalhados nos tectos. É imóvel de interesse público desde 1996. E raro é o ano em que nãos e vêem tijolos, andaims e operários a laborar no seu interior. Já era tempo de quem de direito ali intervir e de lá fazer alguma coisa de útil para Cascais. Quanto mais não seja, em memória de Norte Júnior.
Monday, October 23, 2006
Petição: "Assinaturas" falsas de Cavaco e Sócrates
In Público (22/10/2006)
Inês Boaventura
"Um cidadão preocupado com o impacto da construção de um edifício com cem metros de altura na marina de Cascais lançou, há cerca de duas semanas, uma petição na internet em que apela ao presidente da autarquia para que "faça cessar o desenvolvimento do plano em curso e proceda à sua remodelação, designadamente anulando a construção da torre-hotel". Este exercício de cidadania, que ontem à tarde já contava com 1149 assinaturas, apresenta no entanto uma particularidade capaz de minar a sua validade: Entre os signatários da dita petição chegaram a encontrar-se António D'Orey Capucho, que é curiosamente a pessoa a quem se dirige o baixo-assinado, e outras personalidades ilustres como José Sócrates e Aníbal Cavaco Silva. O facto, que mais facilmente pode ser visto como uma brincadeira do que como uma tentativa de sabotagem da iniciativa, foi entretanto reparado pelo criador da petição, que apagou estes e outros 16 nomes. O mal está corrigido, mas não é por isso que deixa de suscitar uma série de questões sobre a credibilidade de abaixo-assinados que, como o de contestação à construção de uma torre na marina de Cascais, são lançados na internet e exigem apenas que quem neles deseje participar introduza um nome, um número de bilhete de identidade e um endereço de mail. O resultado de tanta facilidade e da ausência de uma forma de controlo da autenticidade dos dados salta à vista de quem tiver paciência para olhar para a lista das 1149 assinaturas em www.petitiononline.com/jnb: apesar de já terem sido apagadas aquelas dezasseis assinaturas, há vários nomes repetidos e outros tantos em que apenas o nome próprio foi introduzido.
Inês Boaventura"
Inês Boaventura
"Um cidadão preocupado com o impacto da construção de um edifício com cem metros de altura na marina de Cascais lançou, há cerca de duas semanas, uma petição na internet em que apela ao presidente da autarquia para que "faça cessar o desenvolvimento do plano em curso e proceda à sua remodelação, designadamente anulando a construção da torre-hotel". Este exercício de cidadania, que ontem à tarde já contava com 1149 assinaturas, apresenta no entanto uma particularidade capaz de minar a sua validade: Entre os signatários da dita petição chegaram a encontrar-se António D'Orey Capucho, que é curiosamente a pessoa a quem se dirige o baixo-assinado, e outras personalidades ilustres como José Sócrates e Aníbal Cavaco Silva. O facto, que mais facilmente pode ser visto como uma brincadeira do que como uma tentativa de sabotagem da iniciativa, foi entretanto reparado pelo criador da petição, que apagou estes e outros 16 nomes. O mal está corrigido, mas não é por isso que deixa de suscitar uma série de questões sobre a credibilidade de abaixo-assinados que, como o de contestação à construção de uma torre na marina de Cascais, são lançados na internet e exigem apenas que quem neles deseje participar introduza um nome, um número de bilhete de identidade e um endereço de mail. O resultado de tanta facilidade e da ausência de uma forma de controlo da autenticidade dos dados salta à vista de quem tiver paciência para olhar para a lista das 1149 assinaturas em www.petitiononline.com/jnb: apesar de já terem sido apagadas aquelas dezasseis assinaturas, há vários nomes repetidos e outros tantos em que apenas o nome próprio foi introduzido.
Inês Boaventura"
Friday, October 20, 2006
Mais de mil assinaturas contra torre na marina de Cascais
In Jornal de Notícias (19/10/2006)
Gina Pereira
"Mais de mil pessoas já assinaram a petição de contestação ao projecto de requalificação da marina de Cascais, que decorre desde o passado dia 6, na internet. Os subscritores do documento apelam ao presidente da Câmara Municipal de Cascais (CMC), António Capucho, para que "faça cessar o desenvolvimento do plano em curso e proceda à sua remodelação, designadamente anulando a construção da torre-hotel e não deixando que as restantes construções abafem, pelo seu volume, o edificado envolvente".
O plano de remodelação da marina - encomendado pela "MarCascais" ao ateliê Promontorio Arquitectos e em apreciação nos serviços camarários - foi apresentado, no passado dia 27 de Julho, nos Paços do Concelho. Orçado em 164 milhões de euros, o projecto foi apresentado como uma saída para a difícil situação financeira da marina, que acumula prejuízos há vários anos.
A proposta prevê a demolição dos edifícios actualmente existentes e a construção de uma nova estrutura que irá congregar espaços para lojas e espectáculos, apartamentos turísticos, um centro de congressos e um hotel, que irá ocupar uma torre em vidro translúcido, com cerca de 30 andares e 100 metros de altura.
É este edifício, a erguer numa zona conquistada ao mar, que suscita mais críticas. Os subscritores do documento estão "preocupados com o impacto no meio e na paisagem", por considerarem que "a torre resultará numa nova obstrução às vistas que, pela sua altura e proximidade da vila, se tornará obsessiva e esmagadora".
Paula Mascarenhas, presidente da direcção do Grupo Ecológico de Cascais e subscritora do documento, não concorda com o projecto. Lembra que se trata de uma zona de risco sísmico e alerta para a ausência de um estudo de impacte ambiental. "Não se percebe como é que, numa altura em que tanto se fala de alterações climáticas e do aumento do nível da água do mar, se propõe um projecto com esta densidade", disse, ao JN, adiantando que o volume de construção irá triplicar face ao actual.
Além de considerar a torre um "choque paisagístico", Paula Mascarenhas diz que não foram feitos os cálculos com os gastos energéticos. "É insustentável", diz, explicando que o anunciado recurso à energia fotovoltaica não será suficiente para garantir o arrefecimento do edifício.
Também Eugénio Sequeira, presidente da Liga para a Protecção da Natureza e residente em Cascais, subscreveu a petição por considerar que o projecto é "uma asneira crassa". "É uma fuga para a frente", diz, considerando que projectos como este "degradam o turismo" e "descaracterizam a terra".
"A torre pode ser linda, mas o que é que tem a ver com a baía de Cascais?", questiona, contestando a sua classificação como Projecto de Interesse Nacional (PIN), como foi feito com os empreendimentos turísticos previstos para o Cabo da Roca e para o Sudoeste Alentejano. Em seu entender, "o Governo está-se nas tintas para as consequências sociais e ambientais" que estes projectos terão a longo prazo".
PF
Gina Pereira
"Mais de mil pessoas já assinaram a petição de contestação ao projecto de requalificação da marina de Cascais, que decorre desde o passado dia 6, na internet. Os subscritores do documento apelam ao presidente da Câmara Municipal de Cascais (CMC), António Capucho, para que "faça cessar o desenvolvimento do plano em curso e proceda à sua remodelação, designadamente anulando a construção da torre-hotel e não deixando que as restantes construções abafem, pelo seu volume, o edificado envolvente".
O plano de remodelação da marina - encomendado pela "MarCascais" ao ateliê Promontorio Arquitectos e em apreciação nos serviços camarários - foi apresentado, no passado dia 27 de Julho, nos Paços do Concelho. Orçado em 164 milhões de euros, o projecto foi apresentado como uma saída para a difícil situação financeira da marina, que acumula prejuízos há vários anos.
A proposta prevê a demolição dos edifícios actualmente existentes e a construção de uma nova estrutura que irá congregar espaços para lojas e espectáculos, apartamentos turísticos, um centro de congressos e um hotel, que irá ocupar uma torre em vidro translúcido, com cerca de 30 andares e 100 metros de altura.
É este edifício, a erguer numa zona conquistada ao mar, que suscita mais críticas. Os subscritores do documento estão "preocupados com o impacto no meio e na paisagem", por considerarem que "a torre resultará numa nova obstrução às vistas que, pela sua altura e proximidade da vila, se tornará obsessiva e esmagadora".
Paula Mascarenhas, presidente da direcção do Grupo Ecológico de Cascais e subscritora do documento, não concorda com o projecto. Lembra que se trata de uma zona de risco sísmico e alerta para a ausência de um estudo de impacte ambiental. "Não se percebe como é que, numa altura em que tanto se fala de alterações climáticas e do aumento do nível da água do mar, se propõe um projecto com esta densidade", disse, ao JN, adiantando que o volume de construção irá triplicar face ao actual.
Além de considerar a torre um "choque paisagístico", Paula Mascarenhas diz que não foram feitos os cálculos com os gastos energéticos. "É insustentável", diz, explicando que o anunciado recurso à energia fotovoltaica não será suficiente para garantir o arrefecimento do edifício.
Também Eugénio Sequeira, presidente da Liga para a Protecção da Natureza e residente em Cascais, subscreveu a petição por considerar que o projecto é "uma asneira crassa". "É uma fuga para a frente", diz, considerando que projectos como este "degradam o turismo" e "descaracterizam a terra".
"A torre pode ser linda, mas o que é que tem a ver com a baía de Cascais?", questiona, contestando a sua classificação como Projecto de Interesse Nacional (PIN), como foi feito com os empreendimentos turísticos previstos para o Cabo da Roca e para o Sudoeste Alentejano. Em seu entender, "o Governo está-se nas tintas para as consequências sociais e ambientais" que estes projectos terão a longo prazo".
PF
Wednesday, October 18, 2006
Cascais desaparecida #4: Bazar do Parque
Aquele bazar das Arcadas do Estoril era a minha perdição, não tanto por causa da bela discoteca do lado direito, nem da perfumaria à esquerda, muito menos da loja do primeiro andar. Era por causa da loja de brinquedos da cave, a única a ombrear com as minhas mais-que-tudo: a «Quermesse de Paris» (por debaixo do Hotel Palace, nos Restauradores) e a «Pelicano» (na Avenida de Roma). As três extintas.
No «Bazar do Parque» havia fantásticas pistas de automóveis, colchões Rebimba insuperáveis, biciletas Vilar e Raleigh, gigantes saltitões-orelhões cor-de-laranja, todos os jogos da Majora, miniaturas Corgi, Politoys e Sodido, mil e um brinquedos a pilhas, Action Man com fartura, Mecano e Lego para dar e durar e, acima de tudo, soldadinhos e apetrechos da Airfix, British Details e, suprasumo, da Elastolin... ficou-se-me no goto aquela quadriga romana, que nunca mais voltei a encontrar...quem sabe, um dia.
PF
No «Bazar do Parque» havia fantásticas pistas de automóveis, colchões Rebimba insuperáveis, biciletas Vilar e Raleigh, gigantes saltitões-orelhões cor-de-laranja, todos os jogos da Majora, miniaturas Corgi, Politoys e Sodido, mil e um brinquedos a pilhas, Action Man com fartura, Mecano e Lego para dar e durar e, acima de tudo, soldadinhos e apetrechos da Airfix, British Details e, suprasumo, da Elastolin... ficou-se-me no goto aquela quadriga romana, que nunca mais voltei a encontrar...quem sabe, um dia.
PF
Tuesday, October 17, 2006
Exposição Reabilitar Centro Histórico
Até dia 30 de Outubro, no antigo quartel dos bombeiros, ao lado dos Paços do Concelho. Trata-se de uma exposição sobre as conclusões de um estudo pormenorizado levado a cabo por finalistas da Universidade Lusíada. Um belo estudo, bem compilado (o levantamento dos elementos dissonantes, o inquérito, por ex.), e com boas propostas ... mas algo contraditórias (como no caso da Casa Sommer, em que a UL propõe que se crie uma casa-de-chá, e a CMC já avançou para o arquivo histórico), e esquisitas (como é que a CMC pode intervir em edifícios de particulares, como a casa vizinha ao «Crêpe's Grill», a quinta abandonada ao cimo da Rua Direita, etc.?).
PF
Cascais aprova permuta de três terrenos por quinta no parque natural
In Público (17/10/2006)
"A Câmara de Cascais aprovou ontem, com os votos contra do PS e a abstenção da CDU, uma proposta de permuta de três terrenos urbanos na Parede e no Estoril pela propriedade da Quinta do Pisão de Baixo, em Alcabideche, na zona do Parque Natural de Sintra-Cascais.
O vice-presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), apresentou uma proposta para que a Quinta do Pisão de Baixo - estimada em 2,341 milhões de euros e com uma área de construção de cerca de 4300 metros quadrados - fosse permutada por dois terrenos propriedade do município na Parede e um no Estoril. Estes têm, no total, uma capacidade construtiva de 5430 metros quadrados e estão avaliados em 2,307 milhões de euros.
A proposta, ainda sujeita a aprovação em sede de assembleia municipal, passou com os votos favoráveis da maioria PSD, com o voto contra do vereador do PS Umberto Pacheco (os outros dois vereadores socialistas faltaram) e a abstenção da CDU. A oposição diz que a avaliação feita pelos serviços camarários ao terreno no parque natural merece dúvidas, nomeadamente sobre os termos em que se pode construir na quinta."
PF
"A Câmara de Cascais aprovou ontem, com os votos contra do PS e a abstenção da CDU, uma proposta de permuta de três terrenos urbanos na Parede e no Estoril pela propriedade da Quinta do Pisão de Baixo, em Alcabideche, na zona do Parque Natural de Sintra-Cascais.
O vice-presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), apresentou uma proposta para que a Quinta do Pisão de Baixo - estimada em 2,341 milhões de euros e com uma área de construção de cerca de 4300 metros quadrados - fosse permutada por dois terrenos propriedade do município na Parede e um no Estoril. Estes têm, no total, uma capacidade construtiva de 5430 metros quadrados e estão avaliados em 2,307 milhões de euros.
A proposta, ainda sujeita a aprovação em sede de assembleia municipal, passou com os votos favoráveis da maioria PSD, com o voto contra do vereador do PS Umberto Pacheco (os outros dois vereadores socialistas faltaram) e a abstenção da CDU. A oposição diz que a avaliação feita pelos serviços camarários ao terreno no parque natural merece dúvidas, nomeadamente sobre os termos em que se pode construir na quinta."
PF
Troca de terrenos suscita dúvidas em Cascais
In Público (16/10/2006)
Luís Filipe Sebastião
"Oposição camarária questiona valor atribuído a quinta na área protegida e a três espaços urbanos para construção
A Câmara de Cascais pretende trocar três terrenos urbanos na Parede e no Estoril pela propriedade da Quinta do Pisão de Baixo, na zona do Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC). Os vereadores da oposição têm dúvidas quanto à avaliação efectuada pelos serviços camarários, mas o vice-presidente da autarquia acusa-os de que só querem "empatar".
A Quinta do Pisão de Baixo, situada na freguesia de Alcabideche, possui a área de 21,6 hectares. A propriedade encontra-se em zona vedada à construção pelo plano de ordenamento do PNSC. Mas, de acordo com um levantamento efectuado pelo Grupo Ecológico de Cascais, existem junto aos terrenos atravessados por um curso da ribeira das Vinhas várias edificações, compostas por um edifício principal, adegas, arrecadações, pocilgas e ruínas, estimadas no total de 4300 metros quadrados de área construída.
O grupo ambientalista elaborou um projecto no qual pretendia recuperar a linha de água e transferir a alegada capacidade construtiva existente na quinta para outra zona da propriedade, através da construção de 12 moradias de um piso. A comissão directiva do PNSC não chegou a analisar a proposta, uma vez que os mais de mil metros quadrados das vivendas ultrapassavam em muito os valores das construções preexistentes passíveis de serem recuperadas.
A Câmara de Cascais decidiu entretanto avançar com negociações com proprietários de terrenos no PNSC que estivessem na disposição de permutar essas áreas com terrenos municipais fora da zona protegida. O vice-presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), apresentou uma proposta para que a Quinta do Pisão de Baixo seja permutada com dois terrenos urbanos na Parede e um no Estoril. Uma avaliação dos serviços municipais levou em conta os alegados 4300 metros quadrados de área de construção no Pisão - incluindo arrecadações, pocilgas, piscina, adegas e ruínas - e estimou o valor da propriedade em 2,341 milhões de euros. No documento refere-se que não foi considerado o "respectivo estado de construção, materiais usados, idade e legalidade".
Os três terrenos do município, com uma capacidade construtiva de 5430 metros quadrados, numa área total de 1,2 hectares, foram avaliados em 2,307 milhões de euros. Carlos Carreiras justificou, num anexo da sua proposta, que se considerou atribuir à permuta o valor de 2,341 milhões de euros, por a valorização da quinta se situar acima do valor dos terrenos municipais e para "não haver lugar a compensação financeira por parte do município no valor decorrente da diferença". Isto apesar de, no mesmo documento, se acrescentar que o Pisão de Baixo, "não afectando o seu valor, apresenta uma capacidade muito baixa de se traduzir em liquidez para o seu actual proprietário".
Oposição contra avaliação
O vice-presidente defende que a quinta, situada ao lado da Quinta do Pisão de Cima, propriedade do Estado e gerida pela Misericórdia de Cascais, associar-se-á a outras propriedades municipais, como a Quinta de Vale de Cavalos e terrenos florestais junto à Pedra Amarela, "de modo a tornar-se num núcleo de desenvolvimento sustentável para uso e fruição da população, salvaguardando os ecossistemas e a sustentabilidade ambiental".
"Se a proposta for apresentada, o PS vota contra", adiantou o vereador Umberto Pacheco, que contesta o rigor da avaliação feita pelos serviços à quinta e aos terrenos municipais. O autarca socialista considera exagerados os metros quadrados de construção atribuídos no Pisão, o que "desequilibra a avaliação" e propõe que os vários terrenos sejam avaliados por uma entidade "independente". Por isso, precisa de mais tempo para estudar o processo.
Para o vereador Pedro Mendonça, da CDU, a proposta merece "dúvidas em termos do que se pode construir na Quinta do Pisão", o que coloca em causa o valor da avaliação. O vereador da Protecção Civil preconiza que devem ser acautelados os interesses do município, tornando mais transparentes as avaliações de terrenos rurais e urbanos. E defende um levantamento do património municipal para verificar "os terrenos que podem fazer falta à câmara para equipamentos".
Carlos Carreiras afirmou ao PÚBLICO que a proposta deve ser votada hoje, pois "é a terceira vez que vai a reunião de câmara e o assunto não deve parar à custa de uma oposição que só quer empatar". O vereador social-democrata acrescentou que o processo vai ser levado à assembleia municipal e reconheceu que, embora possa interessar ao proprietário, este "é um bom negócio para a câmara". A quinta ficará numa área de mil hectares que, além da criação de um corredor ecológico ao longo da ribeira, "servirá de tampão a toda a zona urbana, para que não possa entrar pelo parque natural". Um património onde, garante Carlos Carreiras, "não haverá habitação permanente" e servirá para a instalação de equipamentos de ecoturismo, investigação e de lazer. Para gerir estes espaços, juntamente com particulares, organizações e entidades públicas, a autarquia propõe-se constituir a Agência Cascais Natura.
PF
Luís Filipe Sebastião
"Oposição camarária questiona valor atribuído a quinta na área protegida e a três espaços urbanos para construção
A Câmara de Cascais pretende trocar três terrenos urbanos na Parede e no Estoril pela propriedade da Quinta do Pisão de Baixo, na zona do Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC). Os vereadores da oposição têm dúvidas quanto à avaliação efectuada pelos serviços camarários, mas o vice-presidente da autarquia acusa-os de que só querem "empatar".
A Quinta do Pisão de Baixo, situada na freguesia de Alcabideche, possui a área de 21,6 hectares. A propriedade encontra-se em zona vedada à construção pelo plano de ordenamento do PNSC. Mas, de acordo com um levantamento efectuado pelo Grupo Ecológico de Cascais, existem junto aos terrenos atravessados por um curso da ribeira das Vinhas várias edificações, compostas por um edifício principal, adegas, arrecadações, pocilgas e ruínas, estimadas no total de 4300 metros quadrados de área construída.
O grupo ambientalista elaborou um projecto no qual pretendia recuperar a linha de água e transferir a alegada capacidade construtiva existente na quinta para outra zona da propriedade, através da construção de 12 moradias de um piso. A comissão directiva do PNSC não chegou a analisar a proposta, uma vez que os mais de mil metros quadrados das vivendas ultrapassavam em muito os valores das construções preexistentes passíveis de serem recuperadas.
A Câmara de Cascais decidiu entretanto avançar com negociações com proprietários de terrenos no PNSC que estivessem na disposição de permutar essas áreas com terrenos municipais fora da zona protegida. O vice-presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), apresentou uma proposta para que a Quinta do Pisão de Baixo seja permutada com dois terrenos urbanos na Parede e um no Estoril. Uma avaliação dos serviços municipais levou em conta os alegados 4300 metros quadrados de área de construção no Pisão - incluindo arrecadações, pocilgas, piscina, adegas e ruínas - e estimou o valor da propriedade em 2,341 milhões de euros. No documento refere-se que não foi considerado o "respectivo estado de construção, materiais usados, idade e legalidade".
Os três terrenos do município, com uma capacidade construtiva de 5430 metros quadrados, numa área total de 1,2 hectares, foram avaliados em 2,307 milhões de euros. Carlos Carreiras justificou, num anexo da sua proposta, que se considerou atribuir à permuta o valor de 2,341 milhões de euros, por a valorização da quinta se situar acima do valor dos terrenos municipais e para "não haver lugar a compensação financeira por parte do município no valor decorrente da diferença". Isto apesar de, no mesmo documento, se acrescentar que o Pisão de Baixo, "não afectando o seu valor, apresenta uma capacidade muito baixa de se traduzir em liquidez para o seu actual proprietário".
Oposição contra avaliação
O vice-presidente defende que a quinta, situada ao lado da Quinta do Pisão de Cima, propriedade do Estado e gerida pela Misericórdia de Cascais, associar-se-á a outras propriedades municipais, como a Quinta de Vale de Cavalos e terrenos florestais junto à Pedra Amarela, "de modo a tornar-se num núcleo de desenvolvimento sustentável para uso e fruição da população, salvaguardando os ecossistemas e a sustentabilidade ambiental".
"Se a proposta for apresentada, o PS vota contra", adiantou o vereador Umberto Pacheco, que contesta o rigor da avaliação feita pelos serviços à quinta e aos terrenos municipais. O autarca socialista considera exagerados os metros quadrados de construção atribuídos no Pisão, o que "desequilibra a avaliação" e propõe que os vários terrenos sejam avaliados por uma entidade "independente". Por isso, precisa de mais tempo para estudar o processo.
Para o vereador Pedro Mendonça, da CDU, a proposta merece "dúvidas em termos do que se pode construir na Quinta do Pisão", o que coloca em causa o valor da avaliação. O vereador da Protecção Civil preconiza que devem ser acautelados os interesses do município, tornando mais transparentes as avaliações de terrenos rurais e urbanos. E defende um levantamento do património municipal para verificar "os terrenos que podem fazer falta à câmara para equipamentos".
Carlos Carreiras afirmou ao PÚBLICO que a proposta deve ser votada hoje, pois "é a terceira vez que vai a reunião de câmara e o assunto não deve parar à custa de uma oposição que só quer empatar". O vereador social-democrata acrescentou que o processo vai ser levado à assembleia municipal e reconheceu que, embora possa interessar ao proprietário, este "é um bom negócio para a câmara". A quinta ficará numa área de mil hectares que, além da criação de um corredor ecológico ao longo da ribeira, "servirá de tampão a toda a zona urbana, para que não possa entrar pelo parque natural". Um património onde, garante Carlos Carreiras, "não haverá habitação permanente" e servirá para a instalação de equipamentos de ecoturismo, investigação e de lazer. Para gerir estes espaços, juntamente com particulares, organizações e entidades públicas, a autarquia propõe-se constituir a Agência Cascais Natura.
PF
Thursday, October 12, 2006
Cascais desaparecida #3: o Sr.Pereira
O genuíno «Pereira» não era restaurante algum, antes uma casa de pasto melhor que muitos restaurantes (e com melhor clientela do que a maior parte das marisqueiras do Guincho), que nem sequer se chamava coisa alguma, era anónimo. No genuíno, os olhinhos vivaços e as unhas negras do Sr.Pereira conviviam com o lápis por detrás da orelha, e com as azeitonas de truz, e os queijinhos bem fresquinhos. E com o programa de televisão colocada ao alto. Enquanto os filhos serviam à mesa, às mesas que pareciam corridas, tal a confusão de gente. Mas o que importava ali era saber, de antemão, se a mulher do Sr.Pereira estava a comandar a cozinha naquela noite, razão: as insuperáveis batatas fritas às rodelas, as iscas com elas, o arroz doce perfeito, o flan na forma. Depois, o cansaço sobrepôs-se ao negócio e a casa foi vendida, a quem continuou a tradição: hoje, o Pereira é nome de restaurante afamado de Cascais, os preços subiram, a sala mudou-se para prédio modernaço, os sabores são parecidos, mas o ambiente foi-se.
PF
PF
Monday, October 09, 2006
Foi lançada petição contra a torre na marina de Cascais!
O primeiro subscritor é João Nuno R. Ferreira Barbosa, e o texto para se assinar está em http://www.petitiononline.com/jnb/petition.html. E não há tempo a perder!!
PF
Friday, October 06, 2006
Chalet Faial: o esclarecimento do Sr.Presidente da CMC
"O Chalet Faial é do Ministério da Justiça, que tem arrastado a hasta pública pelo menos nos últimos 4 anos. Parece que o desfecho está iminente e o potecial comprador é possuidor de hotéis de estilo em Cascais de grande qualidade. Neste caso não há lugar a quaisquer apetites de logradouros pois nem sequer têm área para o efeito: o jardim é ínfimo."
PF
Um «russo» da Garrett, s.f.f.!
Enquanto cliente da Pastelaria Garrett desde os meus dentes de leite de 1968, morria de curiosidade em confirmar as notícias que colunáveis e anónimos deram ao longo do dia seguinte às mais recentes obras por que passou aquela que é a única casa de bolos e salgados de que vale a pena falar em toda a linha do Estoril. Por isso, passada a excitação pública e a publicidade esquisita que notáveis deram em prol das por mim dispensáveis «pratas» da casa, resolvi ver se os efeitos daquelas tinham dado para o torto ou para o direito. Visualmente, dentro da marquise, as notícias foram boas q.b., apesar daquelas assustadoras cadeiras transparentes, em plástico maciço, que o mais simpático dos actuais empregados me diz terem sido copiadas pela decoradora, de uma pastelaria chique parisiense. E por fora, também, a coisa não choca muito apesar d o patamar-esplanada acrescentado ao prédio do lado estar incompreensivelmente desnivelado e vedado por vidro alto, mas sem se desenquadrar muito do conjunto; não é o ideal, mas está claramente acima da média. O pior, contudo, vem das alterações no interior: o salão foi recheado com cadeiras pomposas e sofás dourados, em capitoné, e foi acrescentado um bar na zona nova, que nada tem que ver com o que é/foi a Garrett: uma excelente pastelaria (sem serviço de restaurante), despretensiosa, onde veraneantes à desportiva convivem alegremente com pulseiras de ouro e cabelos bem oleados (por sinal, o senhor do meu lado deglutinava o seu bife com batatão frito, arroz e salada (!), com os cotovelos no ar, prestes, talvez, a apanhar algum vôo para Bruxelas...). Mesmo assim, a Garrett continua com a sua imagem de marca pelo chão: papéis e migalhas. Sempre foi assim, mesmo no tempo da genuína Garrett, em que os criados - assim mesmo - usavam farda de casaco branco e calça preta, um deles tinha unha de guitarrista. Tenho saudades da irreverência e má-criação do Sr.Abrantes, o último dos moicanos. Mas mesmo assim, não deixarei de alimentar o meu vício semanal: brioche com fiambre (em alternativa, rissol ou folhado de salsicha), e o «russo» da ordem (atenção: diga-se que o verdadeiro nome daquele bolo é mil-folhas com chantilly!), ou, em alternativa, o «quadradinho-de-moka» ou o «henriquinho». De beber? Ora, o que interessa ali é o pasteleiro, e enquanto ele ali estiver, passarei pela suprema prova de «voyeurismo» que é ir àqueles w.c. forrados integralmente a espelho, impróprios para carecas e envergonhados do viril, e com iluminação inteligente. Ninguém com mais bom gosto quer contratar aquele pasteleiro?
PF
PF
Monday, October 02, 2006
Justo agradecimento a Clara Justino
Antes que me esqueça, aqui fica a minha homenagem ao excelente trabalho que a Vereadora da Cultura da CMC, Ana Clara Justino, tem feito ao longo destes últimos anos. Que me lembre, nunca tive conhecimento de tantas palestras, conferências, exposições, workshops, recitais, projectos de recuperação do património cascalense, etc., como sob o seu mandato.
Faltam, contudo, duas coisas inexplicavelmente adiadas:
1. A reabertua das grutas do Poço Velho.
2. A revitalização do Teatro Gil Vicente.
PF
Faltam, contudo, duas coisas inexplicavelmente adiadas:
1. A reabertua das grutas do Poço Velho.
2. A revitalização do Teatro Gil Vicente.
PF
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