Wednesday, February 29, 2012
Proprietário quer demolir centro comercial Cruzeiro para construir prédio de habitação
in Público, 29 Fev 2012.Por Cláudia Sobral
Tuesday, February 28, 2012
Monday, February 27, 2012
Edifício construído e nunca acabado para a PSP de Cascais vai provavelmente ser demolido
Treze anos depois de a obra ter sido entregue a uma empresa de um amigo de Sócrates, o edifício que se destinava à PSP de Cascais está em vias de ir abaixo
in Público.
O edifício de grandes dimensões que começou a ser construído há 13 anos para acolher a Divisão da PSP de Cascais e nunca foi acabado vai provavelmente ser demolido, afirmou ontem o presidente da câmara local, Carlos Carreiras. Em alternativa, a polícia, que se encontra há décadas num espaço sem quaisquer condições, irá ocupar, em data ainda desconhecida, o antigo Quartel Militar da Bateria da Parede, recentemente comprado pela câmara ao Estado.
Carlos Carreiras já tinha manifestado, no início do mês, a intenção de contribuir para que a PSP deixasse as instalações "degradantes" e provisórias em que está há mais de 60 anos, confirmou agora à Lusa que a divisão vai ser transferida para o antigo Quartel da Parede. "Já fechámos o acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI), que apoiou também a decisão camarária de fornecer à PSP um conjunto de materiais de segurança dos agentes", disse o autarca. Segundo noticiou na semana passada o Jornal da Região, citando o autarca, o edifício da antiga Brigada Fiscal, junto à lota de Cascais, acolherá também uma esquadra territorial e um serviço policial de apoio aos turistas. A decisão de realojar a PSP, disse Carlos Carreiras à Lusa, deverá obrigar à demolição do controverso "edifício amarelo", um complexo de seis pisos que começou a ser construído em 1999 na Av. Engenheiro Adelino Amaro da Costa, perto do tribunal da vila, para acolher todos os serviços da divisão de Cascais.
O edifício, cujas obras nunca foram acabadas devido a problemas com os sucessivos empreiteiros e foi inicialmente muito contestado por causa da sua volumetria, já custou dois milhões de euros, disse o autarca. E para se terminar a obra seria necessário gastar, pelo menos, mais cinco milhões de euros, acrescentou.
"A indicação que temos é de que o edifício já não tem condições e investir um valor desses seria uma má decisão para recuperar uma coisa que à partida não é recuperável, portanto o mais provável é que seja demolido", explicou, frisando, no entanto, que ainda será feita uma avaliação técnica para apurar a segurança e a funcionalidade do imóvel.
A saída da PSP das actuais instalações e a eventual demolição do "edifício amarelo" estão contempladas num protocolo que será assinado a 13 de Março pela autarquia e pelo MAI e que se prende com a reorganização das forças de segurança em Cascais. Além da divisão de Cascais, no Quartel da Parede vai passar a funcionar a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial e ainda a Esquadra de Investigação Criminal. O plano prevê ainda uma nova esquadra na Abóbada e novas instalações para a PSP da Parede e de Carcavelos.
Amigos de SócratesA construção do quartel da PSP de Cascais foi uma das 17 grandes obras que o MAI adjudicou entre 1996 e 1999 à Conegil, do Grupo HLC (cujo fundador aguarda julgamento por corrupção no processo dos resíduos da Cova da Beira), e do empresário Carlos Santo Silva, um amigo chegado de José Sócrates. As adjudicações em causa foram feitas pelo GEPI, um serviço do MAI então dirigido por António Morais - engenheiro que foi nomeado por Armando Vara para essas funções quando era professor de Sócrates na Independente e está também acusado de corrupção no caso da Cova da Beira. Além de entregar a obra de Cascais à Conegil, por 2,8 milhões de euros, Morais adjudicou a sua fiscalização a Joaquim Valente, actual presidente da Câmara da Guarda e igualmente amigo de Sócrates. A obra foi abandonada em 2002, falindo a empresa com dívidas de 20 milhões de euros, dos quais 1,6 ao MAI. Os trabalhos foram mais tarde retomados por um outro empreiteiro que também a abandonou sem a acabar. J.A.C.
in Público.
O edifício de grandes dimensões que começou a ser construído há 13 anos para acolher a Divisão da PSP de Cascais e nunca foi acabado vai provavelmente ser demolido, afirmou ontem o presidente da câmara local, Carlos Carreiras. Em alternativa, a polícia, que se encontra há décadas num espaço sem quaisquer condições, irá ocupar, em data ainda desconhecida, o antigo Quartel Militar da Bateria da Parede, recentemente comprado pela câmara ao Estado.
Carlos Carreiras já tinha manifestado, no início do mês, a intenção de contribuir para que a PSP deixasse as instalações "degradantes" e provisórias em que está há mais de 60 anos, confirmou agora à Lusa que a divisão vai ser transferida para o antigo Quartel da Parede. "Já fechámos o acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI), que apoiou também a decisão camarária de fornecer à PSP um conjunto de materiais de segurança dos agentes", disse o autarca. Segundo noticiou na semana passada o Jornal da Região, citando o autarca, o edifício da antiga Brigada Fiscal, junto à lota de Cascais, acolherá também uma esquadra territorial e um serviço policial de apoio aos turistas. A decisão de realojar a PSP, disse Carlos Carreiras à Lusa, deverá obrigar à demolição do controverso "edifício amarelo", um complexo de seis pisos que começou a ser construído em 1999 na Av. Engenheiro Adelino Amaro da Costa, perto do tribunal da vila, para acolher todos os serviços da divisão de Cascais.
O edifício, cujas obras nunca foram acabadas devido a problemas com os sucessivos empreiteiros e foi inicialmente muito contestado por causa da sua volumetria, já custou dois milhões de euros, disse o autarca. E para se terminar a obra seria necessário gastar, pelo menos, mais cinco milhões de euros, acrescentou.
"A indicação que temos é de que o edifício já não tem condições e investir um valor desses seria uma má decisão para recuperar uma coisa que à partida não é recuperável, portanto o mais provável é que seja demolido", explicou, frisando, no entanto, que ainda será feita uma avaliação técnica para apurar a segurança e a funcionalidade do imóvel.
A saída da PSP das actuais instalações e a eventual demolição do "edifício amarelo" estão contempladas num protocolo que será assinado a 13 de Março pela autarquia e pelo MAI e que se prende com a reorganização das forças de segurança em Cascais. Além da divisão de Cascais, no Quartel da Parede vai passar a funcionar a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial e ainda a Esquadra de Investigação Criminal. O plano prevê ainda uma nova esquadra na Abóbada e novas instalações para a PSP da Parede e de Carcavelos.
Amigos de SócratesA construção do quartel da PSP de Cascais foi uma das 17 grandes obras que o MAI adjudicou entre 1996 e 1999 à Conegil, do Grupo HLC (cujo fundador aguarda julgamento por corrupção no processo dos resíduos da Cova da Beira), e do empresário Carlos Santo Silva, um amigo chegado de José Sócrates. As adjudicações em causa foram feitas pelo GEPI, um serviço do MAI então dirigido por António Morais - engenheiro que foi nomeado por Armando Vara para essas funções quando era professor de Sócrates na Independente e está também acusado de corrupção no caso da Cova da Beira. Além de entregar a obra de Cascais à Conegil, por 2,8 milhões de euros, Morais adjudicou a sua fiscalização a Joaquim Valente, actual presidente da Câmara da Guarda e igualmente amigo de Sócrates. A obra foi abandonada em 2002, falindo a empresa com dívidas de 20 milhões de euros, dos quais 1,6 ao MAI. Os trabalhos foram mais tarde retomados por um outro empreiteiro que também a abandonou sem a acabar. J.A.C.
Via ASRC
Friday, February 24, 2012
Cruzeiro: demolição iminente?
Tapumes em volta= camartelo em breve? Mas por que não se indigna ninguém? Bom, talvez porque realmente sejam muito poucos os que prefiram um CCCruzeiro dos anos 40 reabilitado a um novo quarteirão pós-modernaço, cheio de moradores, carros e um novo cruzamento/rotunda. Ah, parece que há um riacho lá por baixo e por isso a coisa que está pode cair, mas a nova não, mais os estacionamentos em cave. Nada que a engenharia e o bom gosto não resolvam, certamente...
«Construção do Arquivo Histórico avança no Verão»
In Jornal da Região (22/2/2012)
«As obras de construção do Arquivo Histórico de Cascais na Casa Sommer, inicialmente previstas para 2006, vão arrancar no início do Verão, devendo-se o atraso ao processo burocrático de expropriação do imóvel. Numa nota escrita enviada à agência Lusa, a vereadora da Cultura da Câmara de Cascais, Ana Clara Justino, refere que o processo tem sido mais lento devido a burocracias para aquisição do imóvel.
"Trata-se de um caso complexo em que a Câmara de Cascais adquiriu parte do imóvel e desenvolveu um moroso processo de expropriação para a restante propriedade. Só desde Dezembro de 2011 foi possível chegar a acordo com os restantes herdeiros da Casa Sommer, pelo que só nessa data a autarquia se tornou proprietária de pleno direito da mesma", esclareceu Ana Clara Justino.
Segundo a vereadora, os adiamentos sucessivos para o início da obra, que deveria ter arrancado há seis anos, foram fruto de "vicissitudes de natureza burocrática e legal" impossíveis de ser evitadas. "O processo tem decorrido de tal forma lenta que a Câmara Municipal de Cascais, procurando ganhar tempo, lançou antecipadamente o concurso público para a obra de reabilitação da Casa Sommer – Centro de História Local/Arquivo Histórico Municipal de Cascais e que está na sua fase final", acrescentou.
Ana Clara Justino apontou ainda o terceiro trimestre de 2012 para o arranque da obra que terá o prazo de execução de 18 meses, devendo estar concluída no início de 2014 e aberta ao público no mesmo ano. O novo Arquivo Histórico de Cascais implica um investimento de 2,3 milhões de euros, 1,88 milhões pela obra e 500 mil euros em equipamento.»
«As obras de construção do Arquivo Histórico de Cascais na Casa Sommer, inicialmente previstas para 2006, vão arrancar no início do Verão, devendo-se o atraso ao processo burocrático de expropriação do imóvel. Numa nota escrita enviada à agência Lusa, a vereadora da Cultura da Câmara de Cascais, Ana Clara Justino, refere que o processo tem sido mais lento devido a burocracias para aquisição do imóvel.
"Trata-se de um caso complexo em que a Câmara de Cascais adquiriu parte do imóvel e desenvolveu um moroso processo de expropriação para a restante propriedade. Só desde Dezembro de 2011 foi possível chegar a acordo com os restantes herdeiros da Casa Sommer, pelo que só nessa data a autarquia se tornou proprietária de pleno direito da mesma", esclareceu Ana Clara Justino.
Segundo a vereadora, os adiamentos sucessivos para o início da obra, que deveria ter arrancado há seis anos, foram fruto de "vicissitudes de natureza burocrática e legal" impossíveis de ser evitadas. "O processo tem decorrido de tal forma lenta que a Câmara Municipal de Cascais, procurando ganhar tempo, lançou antecipadamente o concurso público para a obra de reabilitação da Casa Sommer – Centro de História Local/Arquivo Histórico Municipal de Cascais e que está na sua fase final", acrescentou.
Ana Clara Justino apontou ainda o terceiro trimestre de 2012 para o arranque da obra que terá o prazo de execução de 18 meses, devendo estar concluída no início de 2014 e aberta ao público no mesmo ano. O novo Arquivo Histórico de Cascais implica um investimento de 2,3 milhões de euros, 1,88 milhões pela obra e 500 mil euros em equipamento.»
Thursday, February 16, 2012
Vestígios de dois barcos do século XVIII descobertos ao largo de S. Julião da Barra
in Público, 16 Fev 2012. Por Luís Filipe Sebastião
Arqueólogos apresentam hoje, em Cascais, os resultados da campanha levada a cabo para desvendar os segredos depositados no fundo do mar naquele que foi o principal acesso a Lisboa
Arqueólogos apresentam hoje, em Cascais, os resultados da campanha levada a cabo para desvendar os segredos depositados no fundo do mar naquele que foi o principal acesso a Lisboa
Wednesday, February 15, 2012
Edifício "amarelo" da PSP (por concluir) irá ser demolido
Notícia do Jornal da Região (de 14 a 20 de Fevereiro)
"Destinado a receber a Divisão da PSP, o 'edifício amarelo' está por concluir há cerca de uma década. Agora, a autarquia propõe a sua demolição, já que seriam necessários mais cinco milhões de euros para o tornar operacional"...com custo previsto de menos de 2 milhões de euros, quase acabado, faltam agora 5 milhões?
Se não se tivesse já percebido o nível dos amanuenses que desde há décadas andam a fazer as "contas públicas" até se deixaria passar estas coisas.
Seria tão interessante que a história deste projecto fosse agora contada e contabilizada toda. Todinha! ...com nomes e ligações partidárias.
Edificante!
Tuesday, February 14, 2012
Tuesday, February 07, 2012
Cruzeiro
Que diabo, deitá-lo abaixo para construir uma construção ainda maior? E não poderia o BPI em vez de gastar milhões com a demolição e a gigantesca construção nova e estar à espera de recuperar o dinheiro investido, não poderiam ele e a CMC, e puxarem pela cabeça e recuperarem o espaço, dando-lhe novas funções e ocupantes. Habitação, porque não? Indústrias criativas e culturais (allô DNA!) em alguns dos espaços, comércio a sério, etc. Já sei que há quem odeie o Cruzeiro, mas esse mesmo alguém deixou construir monos milhões de vezes piores... E não haveria contestação, acho, antes pelo contrário. Que diabo, afinalo Cruzeiro até é tem história e teve vida boa há algumas décadas...
Foto
Miramar, o ovo de Colombo?
Monday, February 06, 2012
Mas, afinal que se passa com isto?
Wednesday, February 01, 2012
"Cenário desolador" do centro de Cascais
In Diário de Notícias, 31-01-2012. Via Lusa.
Lojas a trespasse, paredes pintadas com "graffiti", ruas desertas, é o atual estado do centro de Cascais a que assistem os comerciantes que resistem à crise e que recordam a zona outrora movimentada e hoje transformada num "cenário desolador".
Entre bocejos e o folhear da página de uma revista, Cidalina Santos, que há mais de 30 anos monta todos os dias a sua banca de venda de bijutaria na Rua Frederico Arouca (antiga Rua Direita), recorda com nostalgia a azáfama de outros tempos em que "nem sequer tinha tempo de respirar".
"Isto está péssimo, não se vende nada, não há aqui ninguém. Chegámos a ser 15 pessoas a vender aqui na rua e havia trabalho para todas, agora estou só eu e mais duas com a banca montada", afirma Cidalina à agência Lusa.
Também Luís Santos, funcionário há 16 anos da emblemática "Sapataria Carneiro" (aberta há 50 anos), lamenta a falta de clientes, a atual conjuntura económica e a "decadência" em que vive o comércio na baixa de Cascais.
"É um cenário desolador, isto está deserto. Tenho clientes antigos que já chegaram a chorar dentro da loja, porque ficaram dois anos sem cá vir e agora ficam chocados com o que veem [lojas fechadas]", disse o comerciante, sublinhando que tem registado uma quebra de 60 por cento nas vendas.
O mesmo sentimento tem Mírilio Carlos, proprietário da "Ourivesaria Carlos". "Estou aqui há 54 anos e não me lembro de ver uma crise como esta. É uma grande tristeza o que eu sinto. Isto já não é rua, já não é nada, nem sequer é Cascais", disse o proprietário, que ainda se lembra do tempo em que a Rua Direita era invadida por um "mar de gente, em que mal se via a calçada".
A juntar à crise, a mudança de hábitos dos clientes, a falta de segurança e de estacionamento e a desertificação da vila são outras das razões apontadas pelos lojistas para esta situação.
No entanto, estes comerciantes vão resistindo, o mesmo não acontece com outros que, ou já fecharam ou preparam-se para fechar. É o caso de uma loja de venda artesanal na Rua Direita que, aberta há mais de 30 anos, prepara-se para encerrar. "Já não conseguimos suportar mais. A cada ano que passa as coisas estão piores e agora já não há volta a dar. Já fui informado pelos meus patrões que a loja vai fechar em breve", lamenta o funcionário Sérgio Silva.
O presidente da Associação Empresarial do Concelho de Cascais (AECC), Armando Correia, confirma à Lusa que "centenas de lojas encerraram nos últimos anos", uma situação que tende a agravar-se devido à atual conjuntura económica e aos elevados preços das rendas.
"Agora refletiu-se mais por causa crise, mas há outro fator que tem contribuído para esta desertificação de comércio que está relacionado com os preços exorbitantes das rendas pedidas pelos proprietários, impedindo que a loja volte a ser ocupada", acrescenta o responsável, sublinhando que, neste momento, a renda de uma loja na baixa de Cascais custa cerca de três mil euros.
Para combater a situação, Armando Correia apela a mais ações de dinamização do comércio tradicional e sugere aos comerciantes que apostem numa "personalização ao cliente", de forma a distinguirem-se dos centros comerciais.
Lojas a trespasse, paredes pintadas com "graffiti", ruas desertas, é o atual estado do centro de Cascais a que assistem os comerciantes que resistem à crise e que recordam a zona outrora movimentada e hoje transformada num "cenário desolador".
Fotografia © Steven Governo/Global Imagens
Entre bocejos e o folhear da página de uma revista, Cidalina Santos, que há mais de 30 anos monta todos os dias a sua banca de venda de bijutaria na Rua Frederico Arouca (antiga Rua Direita), recorda com nostalgia a azáfama de outros tempos em que "nem sequer tinha tempo de respirar".
"Isto está péssimo, não se vende nada, não há aqui ninguém. Chegámos a ser 15 pessoas a vender aqui na rua e havia trabalho para todas, agora estou só eu e mais duas com a banca montada", afirma Cidalina à agência Lusa.
Também Luís Santos, funcionário há 16 anos da emblemática "Sapataria Carneiro" (aberta há 50 anos), lamenta a falta de clientes, a atual conjuntura económica e a "decadência" em que vive o comércio na baixa de Cascais.
"É um cenário desolador, isto está deserto. Tenho clientes antigos que já chegaram a chorar dentro da loja, porque ficaram dois anos sem cá vir e agora ficam chocados com o que veem [lojas fechadas]", disse o comerciante, sublinhando que tem registado uma quebra de 60 por cento nas vendas.
O mesmo sentimento tem Mírilio Carlos, proprietário da "Ourivesaria Carlos". "Estou aqui há 54 anos e não me lembro de ver uma crise como esta. É uma grande tristeza o que eu sinto. Isto já não é rua, já não é nada, nem sequer é Cascais", disse o proprietário, que ainda se lembra do tempo em que a Rua Direita era invadida por um "mar de gente, em que mal se via a calçada".
A juntar à crise, a mudança de hábitos dos clientes, a falta de segurança e de estacionamento e a desertificação da vila são outras das razões apontadas pelos lojistas para esta situação.
No entanto, estes comerciantes vão resistindo, o mesmo não acontece com outros que, ou já fecharam ou preparam-se para fechar. É o caso de uma loja de venda artesanal na Rua Direita que, aberta há mais de 30 anos, prepara-se para encerrar. "Já não conseguimos suportar mais. A cada ano que passa as coisas estão piores e agora já não há volta a dar. Já fui informado pelos meus patrões que a loja vai fechar em breve", lamenta o funcionário Sérgio Silva.
O presidente da Associação Empresarial do Concelho de Cascais (AECC), Armando Correia, confirma à Lusa que "centenas de lojas encerraram nos últimos anos", uma situação que tende a agravar-se devido à atual conjuntura económica e aos elevados preços das rendas.
"Agora refletiu-se mais por causa crise, mas há outro fator que tem contribuído para esta desertificação de comércio que está relacionado com os preços exorbitantes das rendas pedidas pelos proprietários, impedindo que a loja volte a ser ocupada", acrescenta o responsável, sublinhando que, neste momento, a renda de uma loja na baixa de Cascais custa cerca de três mil euros.
Para combater a situação, Armando Correia apela a mais ações de dinamização do comércio tradicional e sugere aos comerciantes que apostem numa "personalização ao cliente", de forma a distinguirem-se dos centros comerciais.
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