Friday, June 29, 2007
Cascais recusa substituição de posto de vigia devido ao impacte negativo das novas torres
In Público (29/6/2007)
Luís Filipe Sebastião
«A torre de vigia florestal em madeira, instalada na Pedra Amarela, na serra de Sintra, não vai ser substituída por um dos novos postos de vigilância metálicos, como defende a Câmara de Cascais. A garantia é do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (Sepna) da GNR que justifica a decisão com os eventuais impactes paisagísticos das novas estruturas na área protegida.
O posto de vigia da Pedra Amarela está montado no perímetro do Parque Natural de Sintra-Cascais. A torre em madeira, com dez metros de altura, situa-se a uma altitude de 403 metros e constitui o principal ponto de vigilância do perímetro florestal sintrense e envolvente. Uma fonte do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) adiantou que, no ano passado, o posto foi dotado de instalações sanitárias e que, devido à sua localização privilegiada, entrava ao serviço em meados de Maio.
O posto passou, entretanto, para a tutela do Sepna da GNR, entidade que coordena, ao nível nacional, a prevenção, vigilância e detecção de fogos florestais. A mudança levou a que o Ministério da Administração Interna tenha lançado um projecto de substituição de antigos postos de vigia por novas estruturas metálicas. Um tubo com uma altura em torno dos 12 metros permite o acesso a uma plataforma circular, equipada com sistema electrónico de detecção e janelas móveis com visibilidade até 360 graus. O projecto foi apresentado como necessitando apenas de "deslocações bimensais para abastecimento, logística e controlo técnico" e possuindo "impacte ambiental mínimo".
Para o vereador da Protecção Civil na Câmara de Cascais, Pedro Mendonça, a intenção de substituir o actual posto na Pedra Amarela por uma estrutura em metal "não faz sentido": "Construímos aquela torre em madeira no sentido de não ferir o Parque Natural e porque é mais adequada à paisagem." O autarca salienta que se trata de um terreno municipal e teme "uma agressão na paisagem", pois "parece um depósito de água".
João Teixeira, da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, também mostra reservas com a eventual substituição por uma estrutura que "parece um charuto". "Espero que a actual torre se mantenha em bom estado e não seja alterado o que lá está." Uma fonte do ICNB defende que devem ser previamente avaliados os impactes da instalação de "um cogumelo de aço" numa área protegida.
"Estava prevista a possibilidade de a torre ser substituída, mas chegámos à conclusão que não era a melhor solução. Vai ser recuperado o posto em madeira", adianta o major Joaquim Delgado, do Sepna da GNR. "Fomos sensíveis às preocupações sobre os impactes na paisagem de uma área protegida e património mundial", admite o responsável, acrescentando que os novos postos também não foram instalados, pelo menos para já, em Alcoitão ou Nafarros. »
Luís Filipe Sebastião
«A torre de vigia florestal em madeira, instalada na Pedra Amarela, na serra de Sintra, não vai ser substituída por um dos novos postos de vigilância metálicos, como defende a Câmara de Cascais. A garantia é do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (Sepna) da GNR que justifica a decisão com os eventuais impactes paisagísticos das novas estruturas na área protegida.
O posto de vigia da Pedra Amarela está montado no perímetro do Parque Natural de Sintra-Cascais. A torre em madeira, com dez metros de altura, situa-se a uma altitude de 403 metros e constitui o principal ponto de vigilância do perímetro florestal sintrense e envolvente. Uma fonte do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) adiantou que, no ano passado, o posto foi dotado de instalações sanitárias e que, devido à sua localização privilegiada, entrava ao serviço em meados de Maio.
O posto passou, entretanto, para a tutela do Sepna da GNR, entidade que coordena, ao nível nacional, a prevenção, vigilância e detecção de fogos florestais. A mudança levou a que o Ministério da Administração Interna tenha lançado um projecto de substituição de antigos postos de vigia por novas estruturas metálicas. Um tubo com uma altura em torno dos 12 metros permite o acesso a uma plataforma circular, equipada com sistema electrónico de detecção e janelas móveis com visibilidade até 360 graus. O projecto foi apresentado como necessitando apenas de "deslocações bimensais para abastecimento, logística e controlo técnico" e possuindo "impacte ambiental mínimo".
Para o vereador da Protecção Civil na Câmara de Cascais, Pedro Mendonça, a intenção de substituir o actual posto na Pedra Amarela por uma estrutura em metal "não faz sentido": "Construímos aquela torre em madeira no sentido de não ferir o Parque Natural e porque é mais adequada à paisagem." O autarca salienta que se trata de um terreno municipal e teme "uma agressão na paisagem", pois "parece um depósito de água".
João Teixeira, da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, também mostra reservas com a eventual substituição por uma estrutura que "parece um charuto". "Espero que a actual torre se mantenha em bom estado e não seja alterado o que lá está." Uma fonte do ICNB defende que devem ser previamente avaliados os impactes da instalação de "um cogumelo de aço" numa área protegida.
"Estava prevista a possibilidade de a torre ser substituída, mas chegámos à conclusão que não era a melhor solução. Vai ser recuperado o posto em madeira", adianta o major Joaquim Delgado, do Sepna da GNR. "Fomos sensíveis às preocupações sobre os impactes na paisagem de uma área protegida e património mundial", admite o responsável, acrescentando que os novos postos também não foram instalados, pelo menos para já, em Alcoitão ou Nafarros. »
Thursday, June 28, 2007
D. Carlos (com aguarela)
Para complementar o Post do Paulo Ferrero de hoje sobre a exposição da obra do Rei D. Carlos (uma forma de sublinhar o interesse dessa mostra).
"Mar! Obra Artística do Rei D. Carlos reúne cerca de 120 obras da autoria do monarca português que contribuiu para o avanço dos estudos da oceanografia em Portugal.
Aguarelas, desenhos e pinturas a óleo e a pastel, datadas de entre o último quartel do séc. XIX e princípios do século XX, vão ser mostradas até 27 de Outubro no Museu do Mar, em Cascais [...].
O rei D. Carlos expressou a sua paixão pelo mar através da pintura de "marinhas" e instalando em 1896, no Palácio da Cidadela, em Cascais, o primeiro laboratório oceanográfico do país [...]"
(reprodução de imagem e extracto de notícia de Luis Filipe Sebastião no público de hoje - 28 de Junho de 2007)
+ (apoios de) praia
...com alguns dias de atraso relativamente à divulgação que a CMC fez in situ, aqui ficam as pré-visualizações dos apoios de praia que serão construídos na praia da Azarujinha e praia da Poça.
Também há novos apoios de praia em Carcavelos...
Se o da Azarujinha será um bar-miradouro com vistas absolutamente estimulantes, veremos o que acontecerá na cobertura do da praia da poça (cobertura que agora está ligada ao novo estacionamento): miradouro-varanda? acessível? Como ficarão integradas na arquitectura as máquinas de ar-condicionado e chaminés?... tudo isso estará resolvido.
Exposição com obras do rei D. Carlos inaugurada hoje
In Jornal de Notícias (29/6/2007)
«Divulgar a obra artística do rei D. Carlos é o objectivo da exposição que a Câmara de Cascais inaugura hoje, dia em que arranca o Campeonato do Mundo de Vela, naquele concelho. A cerimónia terá lugar às 18.30 horas, no Museu do Mar - Rei D. Carlos. (...)»
«Divulgar a obra artística do rei D. Carlos é o objectivo da exposição que a Câmara de Cascais inaugura hoje, dia em que arranca o Campeonato do Mundo de Vela, naquele concelho. A cerimónia terá lugar às 18.30 horas, no Museu do Mar - Rei D. Carlos. (...)»
Wednesday, June 27, 2007
E os transportes públicos de Cascais, como são hoje?
Há cerca de 25 anos o tempo de passagem era de 20m, média, nos bairros residenciais para lá do centro da vila; o terminal era ao ar livre, primeiro, defronte à estação de comboios, depois, prolongando-se pela rua até ao Bar-Carruagem. Os veículos eram arcaicos, deitavam fumo pelo tubo de escape, os picas eram antipáticos, o transporte mais parecia de mercadorias.
Mas nessa altura havia muitos passageiros, hoje, presumo, que com carro, quase todos eles. Entretanto, o terminal também mudou, mas mantém-se terceiro-mundista, enfiado que está numa espécie de câmara de gás a céu aberto (o mesmo se passa em Lisboa, por sinal, no Campo Grande e em Sete Rios, por exemplo ... mas isso é noutro fórum), o interface com a Refer funciona mal, e cada vez parece que existem mais carros em Cascais. Salva-se o BusCas, que importa incrementar para fora da vila e, no centro, sobretudo, fazer o mesmo percurso para lá e para cá ... para não se assistir a estrangeiros sentados na paragem onde saíram, à espera de apanhar o autocarro de volta, quando na volta ele vai passar noutro sítio completamente diferente, santa pachorra!
Afinal, como é? Como é apanhar o autocarro de/para Birre, da Areia, Pampilheira, Bº Rosário, Torre, Guia, Malveira da Serra, Alvide, Pai do Vento, Amoreira, Alcabideche, Alcoitão, Cabreiro, Livramento, etc.?
Mas nessa altura havia muitos passageiros, hoje, presumo, que com carro, quase todos eles. Entretanto, o terminal também mudou, mas mantém-se terceiro-mundista, enfiado que está numa espécie de câmara de gás a céu aberto (o mesmo se passa em Lisboa, por sinal, no Campo Grande e em Sete Rios, por exemplo ... mas isso é noutro fórum), o interface com a Refer funciona mal, e cada vez parece que existem mais carros em Cascais. Salva-se o BusCas, que importa incrementar para fora da vila e, no centro, sobretudo, fazer o mesmo percurso para lá e para cá ... para não se assistir a estrangeiros sentados na paragem onde saíram, à espera de apanhar o autocarro de volta, quando na volta ele vai passar noutro sítio completamente diferente, santa pachorra!
Afinal, como é? Como é apanhar o autocarro de/para Birre, da Areia, Pampilheira, Bº Rosário, Torre, Guia, Malveira da Serra, Alvide, Pai do Vento, Amoreira, Alcabideche, Alcoitão, Cabreiro, Livramento, etc.?
Tuesday, June 26, 2007
Monday, June 25, 2007
AS NOSSAS ESCOLAS TAMBÉM SE DISTINGUEM AO LONGE!
Terminou o ano lectivo... e aqui há tempos, neste blogue, o Eduardo lançava um desafio lógico e bom: actuar nas escolas para ajudar a formar logo aí, nas crianças, o gosto e o interesse pela cidade, o seu ambiente e o seu património.
Mas, como se pode ver neste caso (que se repete de forma alargada... tristemente!), as próprias escolas são péssimos exemplos de qualidade dos seus espaços... Distinguem-se ao longe, mas, pelas piores razões. E neste aspecto, as escolas públicas de Cascais, em nada se distinguem da maioria das escolas do país.
Há excepções,mas, são isso mesmo: excepções.
O que há, pode ver-se aqui, a partir do site da Câmara Municipal de Cascais:
http://escolaspublicascascais.notlong.com
Pergunta-se: Como é que se pode "ensinar" as crianças a gostar dos espaços (públicos e privados) se o seu espaço de aprendizagem é um verdadeiro e inqualificável deserto (literalmente, neste caso)?
É eloquente a imagem acima: A escola é um pré-fabricado (há anos e anos) e o seu recreio é o que se vê: vazio e desqualificado. Um campo poeirento no verão, e um lamaçal no Inverno.
Imediatamente à volta (fora da escola), os jardins são impecávelmente tratados... num caso e noutro, responsabilidade da Câmara Municipal: a nossa.
Sinal das prioridades? A educação e a Escola estão no fim das prioridades da Câmara Municipal?
O facto é que, já não bastando a situação desastrosa da Educação à responsabilidade do Ministério, com esta "comparticipação" da Câmara na sua parte, através de "protocolos com as Juntas de Freguesias" (que dá no que se vê), as escolas continuarão a ser terra estéril para a formação da cidadania.
...que são terra estéril para a Educação (em geral), já o sabemos.
Thursday, June 21, 2007
Email recebido de uma leitora:
Olá
O meu nome é Sandra e moro na Rua dio Viveiro, junto ao Cruzeiro.
Gostaria da vossa ajuda para tentar chegar ao dito projecto de recuperação que existe para este espaço.
Do que consigo saber aqui nas vizinhanças, após várias tentativas pelo BPI para vender o espaço e não tendo conseguido, o que agora consta é que será o próprio banco a fazer a promoçãode um empreendimento imobiliário que integrará comércio e habitação.
Se alguém me conseguir dar mais informações agradecia.
Desde já obrigada.
Sandra Marques
O meu nome é Sandra e moro na Rua dio Viveiro, junto ao Cruzeiro.
Gostaria da vossa ajuda para tentar chegar ao dito projecto de recuperação que existe para este espaço.
Do que consigo saber aqui nas vizinhanças, após várias tentativas pelo BPI para vender o espaço e não tendo conseguido, o que agora consta é que será o próprio banco a fazer a promoçãode um empreendimento imobiliário que integrará comércio e habitação.
Se alguém me conseguir dar mais informações agradecia.
Desde já obrigada.
Sandra Marques
Monday, June 18, 2007
Carta recebida por email:
«Com o advento do Campeonato do Mundo de Vela, a Praia da Ribeira (vulgo praia do peixe ou dos pescadores) sofreu uma intervenção, com inicio no dia 15 de Junho e fim no dia seguinte, que deixou muita gente de "boca aberta".
Esta intervenção, (para além da vedação da área por motivos de segurânça) foi a substituição das grades junto ás escadas de acesso á praia por um muro em pedra idêntico ao já existente) que veio embelezar e, bem, aquele espaço.
Até aqui nada de desagrado, antes pelo contrário!
O que tem espantado as gentes que durante anos se habituaram a ver o CARTAZ INFORMATIVO "PRAIA DE APOIO AOS PESCADORES - ÁGUA IMPRÓPRIA PARA BANHOS" tenha sido retirado de um dia para o outro.
Será que por um milagre da natureza as águas da praia da ribeira deixaram de ser IMPRÓPRIAS PARA BANHOS (foto 1) só porque agora faz parte integrante do espaço reservado para os velejadores do campeonato?
Será que os velejadores, seus acompanhantes e colaboradores, que têm que ir para dentro de água já não devem recear a qualidade da água desta praia? Porque razão foi retirado? Dava mau aspecto? Ou... houve mesmo um milagre? Já agora, e para quem não saiba onde pára o dito cartaz, o mesmo está no parque por trás do Museu do Mar entalado entre dois barcos ali arrumados (foto 2).
E por falar neste parque...! Porque razão foi escolhido este lugar para a colocação de toda a porcaria retirada da muralha de apoio aos pescadores? Os moradores da área envolvente têm que "gramar" os cheiros pestilentos, moscas, ratos e outros bicharocos?
Não sabendo se este meu desabafo será publicado por parte de quem gere este Blog sobre Cascais, agradeço na mesma.
Não sou nascido em Cascais mas vivo nesta bela vila há 35 anos.
Mais uma vez grato pela atenção,
Cumprimentos
Fernando Boaventura»
Esta intervenção, (para além da vedação da área por motivos de segurânça) foi a substituição das grades junto ás escadas de acesso á praia por um muro em pedra idêntico ao já existente) que veio embelezar e, bem, aquele espaço.
Até aqui nada de desagrado, antes pelo contrário!
O que tem espantado as gentes que durante anos se habituaram a ver o CARTAZ INFORMATIVO "PRAIA DE APOIO AOS PESCADORES - ÁGUA IMPRÓPRIA PARA BANHOS" tenha sido retirado de um dia para o outro.
Será que por um milagre da natureza as águas da praia da ribeira deixaram de ser IMPRÓPRIAS PARA BANHOS (foto 1) só porque agora faz parte integrante do espaço reservado para os velejadores do campeonato?
Será que os velejadores, seus acompanhantes e colaboradores, que têm que ir para dentro de água já não devem recear a qualidade da água desta praia? Porque razão foi retirado? Dava mau aspecto? Ou... houve mesmo um milagre? Já agora, e para quem não saiba onde pára o dito cartaz, o mesmo está no parque por trás do Museu do Mar entalado entre dois barcos ali arrumados (foto 2).
E por falar neste parque...! Porque razão foi escolhido este lugar para a colocação de toda a porcaria retirada da muralha de apoio aos pescadores? Os moradores da área envolvente têm que "gramar" os cheiros pestilentos, moscas, ratos e outros bicharocos?
Não sabendo se este meu desabafo será publicado por parte de quem gere este Blog sobre Cascais, agradeço na mesma.
Não sou nascido em Cascais mas vivo nesta bela vila há 35 anos.
Mais uma vez grato pela atenção,
Cumprimentos
Fernando Boaventura»
Friday, June 15, 2007
Thursday, June 14, 2007
A palmeira da Casa Sommer
O Paulo Ferrero já aqui falou dela, em Setembro e em Dezembro do ano passado. Voltamos a ela, para renovar votos de que este belíssimo exemplar seja poupado e tratado com o cuidado que merece, no quadro da intervenção a que a Casa Sommer será submetida em breve. Seja mediante o seu transplante para outro ponto da propriedade – solução que aparentemente é seguida pelo projecto, a avaliar pela palmeira desenhada à entrada da casa nos alçados que se encontram patentes na mostra que a Trienal de Arquitectura de Lisboa dedica a Cascais -, seja mediante o seu transplante para lugar próximo do imóvel.
No texto de apresentação do projecto nesta mesma exposição é referido que a intervenção a realizar será de recuperação e não de restauro. Independentemente da via escolhida, importará sempre ter presente que casas como esta são indissociáveis dos seus jardins. Sob pena - como tantas vezes tem acontecido, nomeadamente com casas de veraneio - de se perderem valores, cada vez mais raros, de autenticidade.
Cascais, que em boa hora incluiu as palmeiras, “independentemente da sua espécie”, como “árvores de interesse municipal sujeitas a regime especial de protecção” no seu Regulamento de Parques, Jardins e Espaços Verdes, tem aqui uma excelente oportunidade para aplicar essas boas práticas. Tanto mais que esta casa passará a celebrar a memória do concelho, como sede do Arquivo Histórico Municipal: embora silenciosa, também esta palmeira é um testemunho de parte dessa memória. Por todas as razões, é imperativo que ela possa continuar a viver durante longos anos. Junto da sua casa, que nunca abandonou.
No texto de apresentação do projecto nesta mesma exposição é referido que a intervenção a realizar será de recuperação e não de restauro. Independentemente da via escolhida, importará sempre ter presente que casas como esta são indissociáveis dos seus jardins. Sob pena - como tantas vezes tem acontecido, nomeadamente com casas de veraneio - de se perderem valores, cada vez mais raros, de autenticidade.
Cascais, que em boa hora incluiu as palmeiras, “independentemente da sua espécie”, como “árvores de interesse municipal sujeitas a regime especial de protecção” no seu Regulamento de Parques, Jardins e Espaços Verdes, tem aqui uma excelente oportunidade para aplicar essas boas práticas. Tanto mais que esta casa passará a celebrar a memória do concelho, como sede do Arquivo Histórico Municipal: embora silenciosa, também esta palmeira é um testemunho de parte dessa memória. Por todas as razões, é imperativo que ela possa continuar a viver durante longos anos. Junto da sua casa, que nunca abandonou.
Monday, June 11, 2007
Friday, June 08, 2007
Souto de Moura apresenta Museu Paula Rego dia 8, no Estoril
NC XXI / Conferências de Souto Moura, Paula Santos, Pedro Mendes e ARX Portugal, dias 8 e 9 no Estoril.
Nos próximos dias 8 e 9 de Junho, no auditório principal do Centro de Congressos do Estoril, prosseguem as Conferências do Núcleo Cascais XXI - Trienal de Arquitectura de Lisboa, com entrada livre, limitada aos lugares disponíveis.
Na sexta-feira, às 18h00, Eduardo Souto Moura vai apresentar (pela primeira vez) o projecto da Casa das Histórias e Desenhos Paula Rego, entre outros projectos e obras de sua autoria.
No sábado, a partir das 17h00, as apresentações e o debate giram em torno do tema "casa/moradia unifamiliar", da sua reinvenção, recuperação e/ou transformação, através dos trabalhos de Pedro Mendes, ARX Portugal e Paula Santos.
O Arquitecto João Belo Rodeia, Comissário Científico da Trienal de Arquitectura de Lisboa, é o moderador convidado.
Trata-se de uma excelente oportunidade para conhecermos em detalhe alguns daqueles projectos e obras - que se arriscam a transformar-se em verdadeiros ícones da melhor arquitectura contemporânea produzida em Portugal.
A conferência de Francisco Mangado e Gonçalo Byrne, que apresentou os projectos "Estoril-Sol" e "Hotel Miramar", esgotou o Centro Cultural de Cascais. As actas das conferências NC XXI serão disponibilizadas no final do ano, em formato dvd e outro(s) a definir oportunamente.
Até 31 de Julho decorre a Exposição NCXXI na Praça 5 de Outubro (Baía de Cascais).
Núcleo Cascais XXI
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Nos próximos dias 8 e 9 de Junho, no auditório principal do Centro de Congressos do Estoril, prosseguem as Conferências do Núcleo Cascais XXI - Trienal de Arquitectura de Lisboa, com entrada livre, limitada aos lugares disponíveis.
Na sexta-feira, às 18h00, Eduardo Souto Moura vai apresentar (pela primeira vez) o projecto da Casa das Histórias e Desenhos Paula Rego, entre outros projectos e obras de sua autoria.
No sábado, a partir das 17h00, as apresentações e o debate giram em torno do tema "casa/moradia unifamiliar", da sua reinvenção, recuperação e/ou transformação, através dos trabalhos de Pedro Mendes, ARX Portugal e Paula Santos.
O Arquitecto João Belo Rodeia, Comissário Científico da Trienal de Arquitectura de Lisboa, é o moderador convidado.
Trata-se de uma excelente oportunidade para conhecermos em detalhe alguns daqueles projectos e obras - que se arriscam a transformar-se em verdadeiros ícones da melhor arquitectura contemporânea produzida em Portugal.
A conferência de Francisco Mangado e Gonçalo Byrne, que apresentou os projectos "Estoril-Sol" e "Hotel Miramar", esgotou o Centro Cultural de Cascais. As actas das conferências NC XXI serão disponibilizadas no final do ano, em formato dvd e outro(s) a definir oportunamente.
Até 31 de Julho decorre a Exposição NCXXI na Praça 5 de Outubro (Baía de Cascais).
Núcleo Cascais XXI
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Thursday, June 07, 2007
Pobre paredão
Flagrante apanhado ontem pelos passeantes matinais do paredão, que registaram estas imagens e as publicaram no blog Água aberta... no Oceano II. Podemos ver o enorme camião da cerveja impedido de passar pelos trabalhos em curso de recuperação do pavimento e, depois, a difícil manobra de inversão de marcha. Ou seja, enquanto uns reparam o pavimento, outros aproveitam para partir mais umas lages...
Não faz sentido proibirem o trânsito de bicicletas no paredão e deixarem transitar inúmeras viaturas dos fornecedores, dos proprietários dos bares, das várias polícias, das obras, etc.
Wednesday, June 06, 2007
Cascais quer deixar de ser um deserto na arquitectura
In Público (6/6/2007)
Luís Filipe Sebastião
«Metade dos projectos da mostra integrada na Trienal de Arquitectura visam a recuperação de património
O comissário geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, José Mateus, não está com meias palavras quando afirma, peremptório, que durante décadas o concelho de Cascais "foi um deserto cultural no campo da arquitectura". O Núcleo Cascais XXI, ontem inaugurado junto aos Paços do Concelho, apresenta quatro dezenas de projectos que pretendem mudar o rumo arquitectónico do município.
A Trienal de Arquitectura de Lisboa escolheu como tema os Vazios Urbanos. A vila de Cascais acolhe um dos pólos do certame, com uma mostra de pouco mais de 40 projectos, de promoção pública e privada, concluídos ou em curso. Como salienta uma nota da autarquia, não basta projectar e construir para "fazer arquitectura", o que se alcança associando-lhe o conceito de qualidade. O diagnóstico da realidade concelhia não anda longe do cenário nos restantes subúrbios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, onde a pressão imobiliária levou à massificação urbanística.
A ausência de qualidade arquitectónica, reconhecem os actuais responsáveis municipais, resulta da "desqualificação profissional de grande parte dos subscritores de projectos de arquitectura, pela especulação imobiliária e também pela incompetência das entidades promotoras e/ou licenciadoras". José Mateus identifica como causas para a dificuldade em encontrar em Cascais uma obra de relevo, até muito recentemente, "o conservadorismo imobilista, leituras retrógadas das tradições ou apenas mediocridade". O arquitecto mostra-se esperançado que o hábito dos concursos de arquitectura leve "ao virar de uma das páginas mais negras no concelho".
Para já, o comissário da trienal considera que "o Núcleo Cascais XXI reflecte uma nova visão informada do poder local, que não abdica da sua responsabilidade de participar numa cultura global". A autarquia tem procurado dar o exemplo ao promover concursos para reabilitação urbana, quer de imóveis degradados, quer de zonas desqualificadas. É o caso do conjunto de sete fortalezas marítimas abandonadas, que serão recuperadas e adaptadas para equipamentos turísticos e culturais. O próprio local escolhido para acolher a mostra, um antigo paiol do século XVIII, que se encontrava devoluto ao lado da câmara, depois de ter servido como aquartelamento de bombeiros, será convertido, até 2009, em centro de informação urbana, segundo projecto de Pedro Pacheco.
O novo é património
Fernando Martins, comissário da exposição com Paulo Fonseca, esclarece que a mostra possui duas componentes: uma sobre projectos de intervenção pública, com plantas e maquetas, e outra de obras privadas, de arquitectos conceituados, já construídas, exibidas em grande ecrã. "A câmara pretende fazer a pedagogia da contemporaneidade", admite o arquitecto, acrescentando que a arquitectura serve também de complemento ao edificado existente: "Quando se fez de novo, já é património."
Para o comissário da mostra, o aproveitamento do próprio imóvel onde decorre a exposição, demonstra como a arquitectura pode intervir, "ainda que de forma provisória", para a requalificação do património. Entre os projectos expostos figuram a reabilitação da Fortaleza de N. Sra. da Luz, de Cristina Guedes e Francisco Vieira Campos, com vista à sua musealização; as recém-inauguradas instalações do Clube Naval de Cascais, de André Caiado e António Santa-Rita, no paredão encostado à Cidadela; a recuperação do Museu da Música Portuguesa, por Teresa Duarte, na Casa Verdades de Faria, no Monte Estoril; o restauro do Forte do Guincho (SSPG Arquitectos/Pedro Guilherme e Sofia Salema), para cafetaria e espaço de divulgação do Parque Natural de Sintra-Cascais.
Projectos em debate
A adaptação da Casa Sommer para Arquivo Histórico Municipal, no centro histórico da vila, de Paula Santos, ou a recuperação do Forte e Farol de Santa Marta, de Francisco e Manuel Aires de Mateus, para instalar um museu dos faróis portugueses, são alguns dos projectos que serão abordados no ciclo de conferências que se realizam até 14 de Julho, no Centro Cultural de Cascais e de Congressos do Estoril. Neste ultimo espaço, sexta-feira, Souto Moura falará sobre o seu projecto da Casa das Histórias e dos Desenhos Paula Rego, cuja construção está já garantida pelo município para receber o acervo artístico e um espaço de trabalho da pintora que fixou residência em Inglaterra.
O futuro Museu do Vinho de Carcavelos, de Flávio Barbini, a desenvolver na Quinta do Barão, como contrapartida de um projecto hoteleiro e imobiliário aprovado pela autarquia, e a instalação da Escola de Música e sede da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, do gabinete ARX, no Chalet Madalena, no Monte Estoril, também vão ser debatidos no ciclo. Hoje à tarde, no âmbito da iniciativa Obra Aberta, pode ser visitado o Farol Museu de Santa Marta, a inaugurar em meados de Julho. A exposição Núcleo Cascais XXI, na Praça 5 de Outubro, está patente durante a tarde e à noite, até 31 de Julho. »
Isso é tudo muito bonito, mas ao alienígena do novo Estoril-Sol vamos ter que conviver com ele, se o juízo não voltar a quem de direito. Uma pena, como que a justificar o ditado "no melhor pano cai a nódoa".
Luís Filipe Sebastião
«Metade dos projectos da mostra integrada na Trienal de Arquitectura visam a recuperação de património
O comissário geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, José Mateus, não está com meias palavras quando afirma, peremptório, que durante décadas o concelho de Cascais "foi um deserto cultural no campo da arquitectura". O Núcleo Cascais XXI, ontem inaugurado junto aos Paços do Concelho, apresenta quatro dezenas de projectos que pretendem mudar o rumo arquitectónico do município.
A Trienal de Arquitectura de Lisboa escolheu como tema os Vazios Urbanos. A vila de Cascais acolhe um dos pólos do certame, com uma mostra de pouco mais de 40 projectos, de promoção pública e privada, concluídos ou em curso. Como salienta uma nota da autarquia, não basta projectar e construir para "fazer arquitectura", o que se alcança associando-lhe o conceito de qualidade. O diagnóstico da realidade concelhia não anda longe do cenário nos restantes subúrbios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, onde a pressão imobiliária levou à massificação urbanística.
A ausência de qualidade arquitectónica, reconhecem os actuais responsáveis municipais, resulta da "desqualificação profissional de grande parte dos subscritores de projectos de arquitectura, pela especulação imobiliária e também pela incompetência das entidades promotoras e/ou licenciadoras". José Mateus identifica como causas para a dificuldade em encontrar em Cascais uma obra de relevo, até muito recentemente, "o conservadorismo imobilista, leituras retrógadas das tradições ou apenas mediocridade". O arquitecto mostra-se esperançado que o hábito dos concursos de arquitectura leve "ao virar de uma das páginas mais negras no concelho".
Para já, o comissário da trienal considera que "o Núcleo Cascais XXI reflecte uma nova visão informada do poder local, que não abdica da sua responsabilidade de participar numa cultura global". A autarquia tem procurado dar o exemplo ao promover concursos para reabilitação urbana, quer de imóveis degradados, quer de zonas desqualificadas. É o caso do conjunto de sete fortalezas marítimas abandonadas, que serão recuperadas e adaptadas para equipamentos turísticos e culturais. O próprio local escolhido para acolher a mostra, um antigo paiol do século XVIII, que se encontrava devoluto ao lado da câmara, depois de ter servido como aquartelamento de bombeiros, será convertido, até 2009, em centro de informação urbana, segundo projecto de Pedro Pacheco.
O novo é património
Fernando Martins, comissário da exposição com Paulo Fonseca, esclarece que a mostra possui duas componentes: uma sobre projectos de intervenção pública, com plantas e maquetas, e outra de obras privadas, de arquitectos conceituados, já construídas, exibidas em grande ecrã. "A câmara pretende fazer a pedagogia da contemporaneidade", admite o arquitecto, acrescentando que a arquitectura serve também de complemento ao edificado existente: "Quando se fez de novo, já é património."
Para o comissário da mostra, o aproveitamento do próprio imóvel onde decorre a exposição, demonstra como a arquitectura pode intervir, "ainda que de forma provisória", para a requalificação do património. Entre os projectos expostos figuram a reabilitação da Fortaleza de N. Sra. da Luz, de Cristina Guedes e Francisco Vieira Campos, com vista à sua musealização; as recém-inauguradas instalações do Clube Naval de Cascais, de André Caiado e António Santa-Rita, no paredão encostado à Cidadela; a recuperação do Museu da Música Portuguesa, por Teresa Duarte, na Casa Verdades de Faria, no Monte Estoril; o restauro do Forte do Guincho (SSPG Arquitectos/Pedro Guilherme e Sofia Salema), para cafetaria e espaço de divulgação do Parque Natural de Sintra-Cascais.
Projectos em debate
A adaptação da Casa Sommer para Arquivo Histórico Municipal, no centro histórico da vila, de Paula Santos, ou a recuperação do Forte e Farol de Santa Marta, de Francisco e Manuel Aires de Mateus, para instalar um museu dos faróis portugueses, são alguns dos projectos que serão abordados no ciclo de conferências que se realizam até 14 de Julho, no Centro Cultural de Cascais e de Congressos do Estoril. Neste ultimo espaço, sexta-feira, Souto Moura falará sobre o seu projecto da Casa das Histórias e dos Desenhos Paula Rego, cuja construção está já garantida pelo município para receber o acervo artístico e um espaço de trabalho da pintora que fixou residência em Inglaterra.
O futuro Museu do Vinho de Carcavelos, de Flávio Barbini, a desenvolver na Quinta do Barão, como contrapartida de um projecto hoteleiro e imobiliário aprovado pela autarquia, e a instalação da Escola de Música e sede da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, do gabinete ARX, no Chalet Madalena, no Monte Estoril, também vão ser debatidos no ciclo. Hoje à tarde, no âmbito da iniciativa Obra Aberta, pode ser visitado o Farol Museu de Santa Marta, a inaugurar em meados de Julho. A exposição Núcleo Cascais XXI, na Praça 5 de Outubro, está patente durante a tarde e à noite, até 31 de Julho. »
Isso é tudo muito bonito, mas ao alienígena do novo Estoril-Sol vamos ter que conviver com ele, se o juízo não voltar a quem de direito. Uma pena, como que a justificar o ditado "no melhor pano cai a nódoa".
Monday, June 04, 2007
Petição continua, doa a quem doer
AB deixou-nos este comentário a propósito do projecto alienígena para o espaço do Estoril-Sol e que por ser relativo a um post antigo, fica aqui feita a reprodução:
"(...) mas, não me diga que não esteve presente, para assistir à apresentação e justificação do projecto do 'novo' Estoril-Sol...pelo seu responsável máximo!
é que bem poderia ter sido a oportunidade que faltou para se fazerem ouvir as opiniões divergentes, nem sempre disparatadas ou tolas... como ainda se pensa ou quer fazer crer (por não se ensaiarem? ou melhor, não se terem assimilado os ensinamentos de outros processos ;) onde, muitas vezes (poucas, admite-se!) com uma maior conscìência dos critérios (e de valores) em apreciação - e que, obviamente, não se podem resumir ao cumprimento de um dado programa (que é meio passo para um bom, ou mau resultado, observe-se) ou a uma desejável, mas secundária(?) 'permeabilidade' das vistas do parque para o mar!
Para que não fiquem dúvidas, se até aprecio a solução (que, na minha opinião perdeu ao ser apresentada como a...menos má, ou a mais aceitável, já que a mesa...até preferia a opção...por uma torre!) não posso deixar de criticar e discordar do processo, porque não se deve nem se pode reduzir o leque de opções (e que, à semelhança do aeroporto, deve contemplar uma 'opção zero') escolhendo a partir da 'menos má', nem se pode intervir apenas numa perspectiva de objecto de arquitectura, omitindo, ou esquecendo, o fundamental, que é a perspectiva urbana ou paisagística, (campos distintos, embora relacionados) já para não falar da manifesta interpretação reducionista e demagógica dos processos de participação, vistos como uma formalidade a que se tem de atender, por uma questão de Agenda...que só 'atrapalha', enfim, uma dificuldade e...não como a oportunidade, a forma de incorporar um (legítimo) contributo colectivo!
Participação, é de facto uma exigência (c/ trinta anos, tal como o filme do SAAL, hoje no S.Jorge, poderá confirmar!) mas, convém lembrar, necessitando de ser convenientemente organizada, interpretada ou intermediada (veja-se o ex.º de Almada Nascente)- só nessa altura, poderemos então dizer que o exercício de cidadania, os valores da democracia, constam, verdadeiramente, da nossa realidade/experiência.
AB "
No que se refere à petição QUEREMOS UM NOVO ESTORIL-SOL AMIGO DA MARGINAL, ela irá continuar até que reste uma só pedra do antigo hotel e até que o edifício alienígena para ali projectado dê os seus primeiros passos físicos. Neste momento há cerca de 760 assinaturas: QUANTAS MAIS ASSINATURAS, MELHOR!
No que se refere à sessão de apresentação do projecto pelo seu responsável máximo, não chegou a nós qualquer email, comunicação ou convite, portanto, desconheciamo-la até ao seu comentário, caro AB.
Cumprimentos
Paulo Ferrero
"(...) mas, não me diga que não esteve presente, para assistir à apresentação e justificação do projecto do 'novo' Estoril-Sol...pelo seu responsável máximo!
é que bem poderia ter sido a oportunidade que faltou para se fazerem ouvir as opiniões divergentes, nem sempre disparatadas ou tolas... como ainda se pensa ou quer fazer crer (por não se ensaiarem? ou melhor, não se terem assimilado os ensinamentos de outros processos ;) onde, muitas vezes (poucas, admite-se!) com uma maior conscìência dos critérios (e de valores) em apreciação - e que, obviamente, não se podem resumir ao cumprimento de um dado programa (que é meio passo para um bom, ou mau resultado, observe-se) ou a uma desejável, mas secundária(?) 'permeabilidade' das vistas do parque para o mar!
Para que não fiquem dúvidas, se até aprecio a solução (que, na minha opinião perdeu ao ser apresentada como a...menos má, ou a mais aceitável, já que a mesa...até preferia a opção...por uma torre!) não posso deixar de criticar e discordar do processo, porque não se deve nem se pode reduzir o leque de opções (e que, à semelhança do aeroporto, deve contemplar uma 'opção zero') escolhendo a partir da 'menos má', nem se pode intervir apenas numa perspectiva de objecto de arquitectura, omitindo, ou esquecendo, o fundamental, que é a perspectiva urbana ou paisagística, (campos distintos, embora relacionados) já para não falar da manifesta interpretação reducionista e demagógica dos processos de participação, vistos como uma formalidade a que se tem de atender, por uma questão de Agenda...que só 'atrapalha', enfim, uma dificuldade e...não como a oportunidade, a forma de incorporar um (legítimo) contributo colectivo!
Participação, é de facto uma exigência (c/ trinta anos, tal como o filme do SAAL, hoje no S.Jorge, poderá confirmar!) mas, convém lembrar, necessitando de ser convenientemente organizada, interpretada ou intermediada (veja-se o ex.º de Almada Nascente)- só nessa altura, poderemos então dizer que o exercício de cidadania, os valores da democracia, constam, verdadeiramente, da nossa realidade/experiência.
AB "
No que se refere à petição QUEREMOS UM NOVO ESTORIL-SOL AMIGO DA MARGINAL, ela irá continuar até que reste uma só pedra do antigo hotel e até que o edifício alienígena para ali projectado dê os seus primeiros passos físicos. Neste momento há cerca de 760 assinaturas: QUANTAS MAIS ASSINATURAS, MELHOR!
No que se refere à sessão de apresentação do projecto pelo seu responsável máximo, não chegou a nós qualquer email, comunicação ou convite, portanto, desconheciamo-la até ao seu comentário, caro AB.
Cumprimentos
Paulo Ferrero
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