No texto de apresentação do projecto nesta mesma exposição é referido que a intervenção a realizar será de recuperação e não de restauro. Independentemente da via escolhida, importará sempre ter presente que casas como esta são indissociáveis dos seus jardins. Sob pena - como tantas vezes tem acontecido, nomeadamente com casas de veraneio - de se perderem valores, cada vez mais raros, de autenticidade.
Cascais, que em boa hora incluiu as palmeiras, “independentemente da sua espécie”, como “árvores de interesse municipal sujeitas a regime especial de protecção” no seu Regulamento de Parques, Jardins e Espaços Verdes, tem aqui uma excelente oportunidade para aplicar essas boas práticas. Tanto mais que esta casa passará a celebrar a memória do concelho, como sede do Arquivo Histórico Municipal: embora silenciosa, também esta palmeira é um testemunho de parte dessa memória. Por todas as razões, é imperativo que ela possa continuar a viver durante longos anos. Junto da sua casa, que nunca abandonou.
2 comments:
Outro excelente post, Maria, e que sirva de reflexão urgente a quem vai decidir sobre o futuro da palmeira. Exemplares como aquele, já centenário, são cada vez mais um bem em extinção. Que a CMC não contribua ainda mais para isso, essa vai ser uma preocupação nossa. A ver;-)
Obrigada, Paulo. Uma informação adicional: a par das palmeiras, o referido regulamento abrange também, como árvores sujeitas a regime especial de protecção, pinheiros mansos, oliveiras, zambujeiros, carvalhos, sobreiros e amoreiras.
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