As marcações fazem prever o pior. Estes maravilhosos plátanos têm os dias contados. É tempo de se acabar com esta barbaridade dos abates a árvores destas, com base em pseudo-pareceres que dão conta de problema fitossanitários. Este "filme" anda a ser exibido por todo o país.
Como é que uma Sintra património da humanidade se coaduna com este abate?
Como é que a CM Sintra o permite/promove?
Para onde vai a madeira cortada?
Quem ganha com a plantação de novas árvores?
A ex-DG Florestas foi tida ou achada?
Onde está a Junta de Freguesia de Colares?
E os moradores de Colares?
ACORDEM!
13 comments:
Os plátanos são a espécie arbórea que melhor se conhece em todo o território nacional. Se, no caso de Colares, apresentam problemas fitossanitários TRATEM-NOS. Há imensa experiência neste domínio. O abate destas arvores é uma medida preguiçosa e uma solução indigna de Sintra.
E isto passa-se porque NÓS deixamos
Longe de mim querer travar as batalhas duma Câmara Municipal, mas aqui vai uma tentativa de esclarecimento técnico...
1 - A AFN (antiga DGF) só tem de ser consultada quando se tratam de árvores classificadas como de interesse publico (o que não é o caso; basta consultar a base de dados pública de árvores monumentais em http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/gestao-florestal/aip).
2 - Já é tempo de acabar com este mito de que alguém vai ganhar dinheiro com a madeira cortada... Na maioria das vezes a madeira das podas e abates de árvores de arruamento vai simplesmente para vazadouro, sem aproveitamento económico algum.
3 - Para esclarecer as dúvidas, aqui ficam mais umas achegas:
Segundo as informações constantes na comunicação social, as árvores estão marcadas para serem analisadas, precisamente para avaliar da presença de cavidades ou podridões que ponham em risco a sua estabilidade e consequente segurança dos cidadãos. Se a estabilidade de alguma árvore estiver em risco as entidades responsáveis podem tomar três opções:
a) se uma poda resolver o problema de estabilidade, poda-se a árvore.
b) se não houver solução possível, abate-se.
c) não fazer nada e esperar que quando cair não acerte em ninguém.
De salientar que, na maioria das situações, os técnicos que executam as análises e tomam as decisões são os primeiros a não quererem ver uma árvore abatida, mas, como têm os conhecimentos que a maioria dos cidadão não têm, compreendem quais os riscos inerentes a uma não intervenção quando esta é necessária.
Posto isto, resta-me acrescentar que não tenho nenhuma ligação à Câmara Municipal de Sintra, nem a nenhuma outra. Permita-me também uma consideração final: É este tipo de histeria, de que qualquer intervenção sobre uma árvore urbana é suspeita, que dá origem a muitos acidentes e incidentes, pois bastas vezes o poder político não permite as intervenções necessárias, por receio da reacção (desinformada) das populações. É um facto que em Portugal as árvores urbanas sofrem um tratamento miserável (visível nas frequentes e assassinas podas excessivas, que a população normalmente aprecia, uma vez mais por desconhecimento), mas isso não autoriza ninguém a presumir que toda e qualquer intervenção é errada.
Espero ter ajudado a esclarecer a questão e, eventualmente, a sensibilizar para a necessidade de respeitar as intervenções nas árvores urbanas (quando justificáveis técnicamente, naturalmente).
Os movimentos de cidadania são fundamentais, mas também é fundamental que sejam movimentos informados, que, para além de contestar, também saibam ouvir (e elogiar, quando for caso disso).
Ass.,
Um Engenheiro Florestal, que ama as árvores (todas elas, as de arruamento e as das florestas)
PS 1 - os plátanos NÃO são a espécie arbórea que melhor se conhece em Portugal Continental
PS 2 - NÓS temos de deixar trabalhar quem sabe. Convém ter conhecimentos técnicos antes de formular uma opinião dessas...
A população reage desta forma porque tem experiência que quando se quer abater uma árvore usa-se sempre a desculpa que está doente. Em Cascais na Avenida 25 de Abril havia dezenas de plátanos. A autarquia queria alargar a via e disse á população que as árvores estavam doentes e era essa a razão porque tinham de ser abatidas. A população não acreditou, insurgiu-se e as árvores não foram abatidas. 8 anos depois continuam lá de pé e de boa saúde. Afinal quem tinha razão ?
ó senhor anónimo 2 ... o problema deste pais é que ninguém sabe e ninguém quer saber... as ditas vão ao chão e mais nada...
está dito...
quantos engenheiros que percebam de arvores trabalham na CM cascais ...
e outra ... já viu alguma poda em Cascais...
De medo e elas não fogem porque têm raízes senão...
Teresa,
Não conheço esse caso concreto, mas posso dizer-lhe o seguinte:
Nessas alturas, em caso de dúvida, a população deve pedir à Câmara um relatório fito-sanitário sobre o estado de saúde das árvores, para confirmar que de facto as mesmas estão doentes (isto se as pessoas tiverem dúvidas, como pareceu ser o caso).
Mas, já agora, em que é que se baseia para dizer que as árvores estão de boa saúde? Já fez uma análise visual detalhada das mesmas? Já fez testes para confirmar a ausência de cavidades ocultas ou de podridões? Tem acompanhado regularmente essas árvores, procurando evidências de fungos (por exemplo, observando se existem cogumelos na base do tronco ou nas pernadas? E, caso existam, identificando a doença). Por vezes determinar o estado de saúde de uma árvore, e a sua perigosidade, não é fácil para um técnico, quanto mais para um leigo! Acredite que às vezes à 1ª vista parece estar tudo bem, quando na realidade não está.
De qualquer modo espero que tenha razão (até porque eu também gosto de árvores!), mas, para uma árvore, 8 anos não são nada. Como tal ainda poderão vir algumas surpresas (dependendo de qual seria o problema original, se de facto existia algum).
Cumprimentos
Balelas, senhor anónimo.
Não faço ideia se as árvores são classificadas ou não, mas confio plenamente nos engenheiros florestais da ex-DGF.
Para avaliar o estado das árvores só confio numa instituição: Lab. Patologia Vegetal do ISA. Mais nada, com câmaras municipais à cabbeça.
Muito menos confio nas Estradas de Portugal.
Caro Paulo Ferrero,
Desisto... Fique na sua mania da perseguição, do agrado de tantos portugueses, que eu por mim remeto-me a análises técnicas e a factos concretos.
Cumprimentos e felicidades
Exmos. Srs.
Os platanos em questão estão a ser analisados por meio de um registografo para se tomar conhecimento sobre o seu estado fitossanitário.
Caso o seu estado fitossanitário conclua que alguma destas arvores está em risco eminente de provocar danos pessoais ou patrimoniais, serão tomadas as decisões que melhor se adaptam a cada caso. O abate é a última decisão a ser tomada.
Que tipo de movimento ou de iniciativa podemos fazer para defender estes plátanos?
Paulo Ferrero,
O seu Anónimo desistiu de desacreditá-lo e foi tentar a sorte para as minhas bandas.
Muito gostava de saber o porquê de tão grande empenho...
LOBO VILLA
Este será o 12º comentário sobre os pobres plátanos de Colares, que são um Património Nacional(classificado ou não!).
A maioria dos aqui opinadores-arbóreos propõem "poda" e "abate" (especialmente o 3º anónimo,suposto Agrónomo !);
apenas um , o primeiro anónimo utiliza a palavra certa : se estão doentes TRATAM-SE !!!
Uma árvore é tão ser vivo quanto uma pessoa : se uma pessoa está doente, ABATE-SE , "eutanása-se" ???
Venho aqui a este blogue, porque já fui a outros e me parece não ser ofensivo o que digo. Quantos moradores já foram consultados por quem aqui comenta? Não sou, nem nunca fui pelo abate puro e simples de árvores, de casas, de animais e de pessoas! Sou pela análise dos problemas que afectam as árvores e, principalmente, as pessoas que sofrem na pele problemas que muitos desconhecem. Há mais de 20 anos que venho sofrendo a "bondade" de alguns plátanos e há mais de 20 anos que peço a intervenção nos mesmos. Um, já caiu na minha casa. Sorte que só apanhou o beiral. Se algum acidente mais grave tivesse acontecido, estariam aqui, penso eu, a dizer que ninguém tinha previsto o que toda a gente via. Enfim, as dores são de quem sofre!
João Celorico
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