Pela enésima vez, lá volta a gula construtiva pela imensa zona invariavelmente expectante de Carcavelos junto à Marginal. Últimos desenvolvimentos em http://www.cm-cascais.pt/sites/default/files/anexos/gerais/rc_20131118_global_final.pdf.
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5 comments:
Não entendo é como a Câmara espera que os moradores e utilizadores da envolvente da Praia de Carcavelos, uma das mais populares do país, e a única da linha que não tem construção em cima da mesma (e por isso, por não haver corte aos ventos norte, a única com um extenso areal), engulam a ideia de que é o mais ambicioso projeto "Ambiental" da região. Trocar espaços verdes (mesmo que não cuidados) por uma emaranhado de prédios de 8 andares é "Ambiental" ?!?!
Este projeto é realmente do século passado, quando o urbanismo era mais importante que a qualidade de vida em espaços naturais, em especial a utilização das praias.
O Pdf da apresentação do plano parece um folheto de promoção imobilária dos anos 80.
O modelo urbano e a proposta de organização territorial sugeridos estão em linha com as decadas de ouro da especulação imobiliaria e completamente ao arrepio do pensamento e das praticas urbanisticas actuais. Não deixa de ser inquietante a informação de que esta proposta de plano foi concebida á luz do modelo de sustentabilidade do futuro PDM.
Para já, importa focar-mo-nos no essencial: as MAIS -VALIAS geradas por duma operação urbanistica desta dimensão. Onde estão? Como foram calculadas? Para quem ficam? A tributação das chamadas mais-valias urbanísticas é uma das peças da nova política de solos e de ordenamento do território que o executivo está a elaborar, a partir de uma proposta de lei de bases já enviada para discussão na Assembleia da República. Sendo a autarquia normalmente tão rápida a alinhar com o que de positivo emana do Governo por que razão optou pelo velho modelo perequativo em que se assume que as mais-valias são integralmente apropriadas pelos particulares mostrando-se incapaz de as recuperar em favor da comunidade?
As entrelinhas, os asteriscos e as muitas justificações em rodapé sobre o modo de calcular os indices de construção e de utilização, fazem parte deste jogo de sombras onde cabem dezenas de edificios com 7 pisos + sotão* , 939 fogos, 222,500 m2 de construção. Já vimos este filme vezes sem conta e os 4500 postos de trabalho** os 393 milhões de investimento privado e não deixam qualquer duvida sobre a dimensão da catastrofe que se avizinha. É mais um investimento estruturante que tanta falta faz ao concelho e que, quanto mais não seja, deverá ser acarinhado porque “PRESERVA A MEMÓRIA DA ESTRUTURA AGRÁRIA”!!!!!!!!!!!!!!!
Não gostei da abstenção da Vereadora Isabel Magalhães. Perante uma gravidade destas o voto seria SEMPRE contra.
*sotãos?!!!, numa operação desta dimensão? Aqui se vê a clarividência dos autores no esmifrar do PDM até ao último centimetro;
**Entre a apresentação do plano e a elaboração do comunicado aumentaram 250, o que deve ser sublinhado pelo esforço de criação de 10,40 novos empregos por hora.
JFragoso
Cuido que esta CM precisa de uma reestruturação de conceitos, valores e de modos.
Já se previa que tudo iria continuar na mesma, tudo nas mãos dos mesmos sucessores dos habituais.
Entristeceu-me a posição de Isabel Magalhães, mas dou-lhe o benefício da dúvida.
Terá as suas razões.
Bem prega Frei Tomás
http://vimeo.com/80611833
Em conversa ninguém os bate. O pior é quando têm de decidir e pôr em prática o discurso alinhavado no ipad por algum assessor. O plano para Carcavelos Sul aí está para o provar.
JFragoso
E a cidadania ( ou os cidadãos...)não dizem nada?
Depois não vale a pena virem bradar de indignação.
Aqui vai uma achega:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=557510194326661&set=a.113367988740886.18583.100002030573081&type=1&theater
JFragoso
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