Thursday, June 28, 2007

D. Carlos (com aguarela)

Para complementar o Post do Paulo Ferrero de hoje sobre a exposição da obra do Rei D. Carlos (uma forma de sublinhar o interesse dessa mostra).


"Mar! Obra Artística do Rei D. Carlos reúne cerca de 120 obras da autoria do monarca português que contribuiu para o avanço dos estudos da oceanografia em Portugal. 
Aguarelas, desenhos e pinturas a óleo e a pastel, datadas de entre o último quartel do séc. XIX e princípios do século XX, vão ser mostradas até 27 de Outubro no Museu do Mar, em Cascais [...].
O rei D. Carlos expressou a sua paixão pelo mar através da pintura de "marinhas" e instalando em 1896, no Palácio da Cidadela, em Cascais, o primeiro laboratório oceanográfico do país [...]"
(reprodução de imagem e extracto de notícia de Luis Filipe Sebastião no público de hoje - 28 de Junho de 2007)

1 comment:

Pedro said...

Às vezes dão-me acessos de inocência e acredito que coisas que parecem interessantes são, depois, concretizadas, mantendo o seu interesse... esta exposição é mais uma iniciativa que se inclui na grande tessitura de eventos menores que (des)nutrem os nossos dias. E, que o são - menores - por pretensão de serem algo mais do que o que são com efeito, e sem que hajam recursos para serem melhores.

D. Carlos não produziu "obra artística" porque era, naturalmente, sem menosprezo, e com algum encanto interessante, um amador destas (e nestas) artes. E esse encanto é de valorizar! E deve valorizar-se.
Mas a exposição não consegue transmitir esse encanto a que os amadores ascendem de forma tantas vezes encantatoriamente, genuína:
(Quase?) cedendo à queda nas laudes encomiásticas (sem que seja oportuno ou se vejam meios para isso), cai-se noutro erro típico: o de organizar (mais ou menos) a exposição por "assuntos", sendo que o "assunto" é, na verdade, o aspecto menos artístico da arte. Por isso aparece tudo misturado: os trabalhos que se aproximam do "valor" artístico, surgem no meio de outros onde a insuficiência trai o desejo.