Tuesday, August 28, 2007
Posição da CMC
Em relação ao email «Ciclistas criminosos», aqui fica o resumo da posição da Câmara Municipal de Cascais no que respeita ao Paredão (passeio pedonal S. João - Cascais), enviado pelo seu Presidente:
«1. Embora este equipamento seja um passeio pedonal e, portanto, à partida exclua velocípedes, a Câmara estudou a possibilidade de conciliar a utilização das bicicletas, mas infelizmente chegou à conclusão que tal é inviável, em sintonia com a Associação do Amigos do Paredão. A hipótese de coabitação seria através da demarcação no piso de uma faixa destinada aos velocípedes, mas o facto de ocorrerem diversos estrangulamentos de largura entre Cascais e S. João, nomeadamente junto a algumas esplanadas de concessionários, bem como a cada vez maior frequência de eventos organizados no Paredão, torna desaconselhável tal solução.
2. Como teremos de admitir, não seria de esperar que a generalidade dos ciclistas viesse a desmontar nesses locais de estrangulamento ou de localização de eventos e atravessá-los com a bicicleta à mão. Basta assistirmos, sentados numa das esplanadas em causa, ao que fazem os habituais prevaricadores quando por elas passam em desrespeito da Lei e das mais elementares regras de conduta cívica.
3. Na verdade, o Paredão conhece felizmente uma grande afluência de peões em muito períodos do dia e da semana, em todas as estações do ano, e já se verificaram diversos acidentes de certa gravidade fruto de atropelamentos por bicicletas. É patente e notório que, apesar do comportamento responsável da maioria dos ciclistas, alguns abusaram da velocidade e até se permitem exercitar acrobacias, colocando em risco a integridade dos peões. Mesmo a baixa velocidade, o desequilíbrio e a queda provocada em idosos pode ter consequências gravíssimas. A responsabilidade civil subsequente pelos danos é da Câmara Municipal e a responsabilidade pessoal é do seu Presidente.
Compreendo muito bem a frustração de muitos ciclistas que, como eu próprio, poderiam desfrutar de bicicleta aquele magnífico passeio e até utilizá-la regularmente como meio habitual de transporte, com vantagens para o trânsito.
4. Não concordo que, como refere o Munícipe, seja caricato que os polícias se desloquem em veículos motorizados no Paredão, pois, dado o reduzido número de efectivos e a necessidade de acorrerem rapidamente a qualquer ponto do Litoral onde possam surgir problemas, não haveria outro meio de o conseguirem com a celeridade exigível. Quanto às viaturas que fazem as descargas de mercadorias e que prejudicam o piso e a comodidade dos utentes, a Câmara acaba de adquirir duas viaturas eléctricas para o efeito e está a elaborar um protocolo de colaboração com os concessionários para retirar o maior número possível de viaturas pesadas do Paredão.
5. Pelas razões expostas, a nossa decisão não poderia deixar de ser a interdição de bicicletas no Paredão.Sem dúvida que os ciclistas têm direitos, mas não podem atropelar os direitos dos peões. O que importa é tentar conciliar os interesses em presença. De qualquer modo, não se trata obviamente de uma decisão irreversível, pois a experiência pode favorecer que venha a ser ponderada uma solução alternativa,em articulação com a Associação dos Amigos do Paredão e as Forças de Segurança.
6. O que é importante registar é a apetência muito saudável de um número crescente de cidadãos pela utilização da bicicleta quer em termos lúdico-desportivos, quer como meio habitual de transporte. Assim, embora a orografia e o desenho urbanístico sejam muitas vezes obstáculos difíceis de vencer, será nossa preocupação procurar alargar progressivamente as pistas dedicadas para o efeito, à semelhança da que existe entre a Guia e o Guincho.
Desde já está em projecto a ligação por ciclovia desde a praia de Carcavelos até à Estação de Caminho de Ferro, atravessando a Quinta dos Ingleses (através do futuro parque urbano), com prolongamento para a Quinta do Barão. Por outro lado está já projectada a ligação Praia do Guincho a Birre, em prolongamento da actual ciclovia. No próximo dia 16 de Setembro (semana da mobilidade) vamos repetir o teste da "marginal ciclável" entre as 7h e as 12h. Esperamos também repetir até ao final do ano a disponibilização do Autódromo durante um dia para utilização exclusiva da pista por ciclistas.»
«1. Embora este equipamento seja um passeio pedonal e, portanto, à partida exclua velocípedes, a Câmara estudou a possibilidade de conciliar a utilização das bicicletas, mas infelizmente chegou à conclusão que tal é inviável, em sintonia com a Associação do Amigos do Paredão. A hipótese de coabitação seria através da demarcação no piso de uma faixa destinada aos velocípedes, mas o facto de ocorrerem diversos estrangulamentos de largura entre Cascais e S. João, nomeadamente junto a algumas esplanadas de concessionários, bem como a cada vez maior frequência de eventos organizados no Paredão, torna desaconselhável tal solução.
2. Como teremos de admitir, não seria de esperar que a generalidade dos ciclistas viesse a desmontar nesses locais de estrangulamento ou de localização de eventos e atravessá-los com a bicicleta à mão. Basta assistirmos, sentados numa das esplanadas em causa, ao que fazem os habituais prevaricadores quando por elas passam em desrespeito da Lei e das mais elementares regras de conduta cívica.
3. Na verdade, o Paredão conhece felizmente uma grande afluência de peões em muito períodos do dia e da semana, em todas as estações do ano, e já se verificaram diversos acidentes de certa gravidade fruto de atropelamentos por bicicletas. É patente e notório que, apesar do comportamento responsável da maioria dos ciclistas, alguns abusaram da velocidade e até se permitem exercitar acrobacias, colocando em risco a integridade dos peões. Mesmo a baixa velocidade, o desequilíbrio e a queda provocada em idosos pode ter consequências gravíssimas. A responsabilidade civil subsequente pelos danos é da Câmara Municipal e a responsabilidade pessoal é do seu Presidente.
Compreendo muito bem a frustração de muitos ciclistas que, como eu próprio, poderiam desfrutar de bicicleta aquele magnífico passeio e até utilizá-la regularmente como meio habitual de transporte, com vantagens para o trânsito.
4. Não concordo que, como refere o Munícipe, seja caricato que os polícias se desloquem em veículos motorizados no Paredão, pois, dado o reduzido número de efectivos e a necessidade de acorrerem rapidamente a qualquer ponto do Litoral onde possam surgir problemas, não haveria outro meio de o conseguirem com a celeridade exigível. Quanto às viaturas que fazem as descargas de mercadorias e que prejudicam o piso e a comodidade dos utentes, a Câmara acaba de adquirir duas viaturas eléctricas para o efeito e está a elaborar um protocolo de colaboração com os concessionários para retirar o maior número possível de viaturas pesadas do Paredão.
5. Pelas razões expostas, a nossa decisão não poderia deixar de ser a interdição de bicicletas no Paredão.Sem dúvida que os ciclistas têm direitos, mas não podem atropelar os direitos dos peões. O que importa é tentar conciliar os interesses em presença. De qualquer modo, não se trata obviamente de uma decisão irreversível, pois a experiência pode favorecer que venha a ser ponderada uma solução alternativa,em articulação com a Associação dos Amigos do Paredão e as Forças de Segurança.
6. O que é importante registar é a apetência muito saudável de um número crescente de cidadãos pela utilização da bicicleta quer em termos lúdico-desportivos, quer como meio habitual de transporte. Assim, embora a orografia e o desenho urbanístico sejam muitas vezes obstáculos difíceis de vencer, será nossa preocupação procurar alargar progressivamente as pistas dedicadas para o efeito, à semelhança da que existe entre a Guia e o Guincho.
Desde já está em projecto a ligação por ciclovia desde a praia de Carcavelos até à Estação de Caminho de Ferro, atravessando a Quinta dos Ingleses (através do futuro parque urbano), com prolongamento para a Quinta do Barão. Por outro lado está já projectada a ligação Praia do Guincho a Birre, em prolongamento da actual ciclovia. No próximo dia 16 de Setembro (semana da mobilidade) vamos repetir o teste da "marginal ciclável" entre as 7h e as 12h. Esperamos também repetir até ao final do ano a disponibilização do Autódromo durante um dia para utilização exclusiva da pista por ciclistas.»
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5 comments:
Só um pequeno comentário:
Existe uma ciclovia entre a Marina e o Guincho.
No precurso Guia-Guincho, há muito "rebelde" que prefere continuar na estrada e não utilizar a ciclovia.
Principalmente aqueles equipados "à Volta", todos "xpto", cheios de "triqui-triquis", verdadeiros frustrados, por não poderem participar em competições aficiais, e que vê para a estrada do Guincho mostrar-se!!!
Não reparei se existe, mas deveria existir na estrada nacional entre a Guia e o Guincho um sinal de trânsito de proibição à circulação de bicicletas!
Bem já agora ...anonimo...e os que andam na ciclovia com os carrinho de bebes... esses já podem andar aí?
De anónimo para anónimo:
A questão do caminho pedonal que se quer fazer do lado do mar (feito em parte) irá resolver essa dos carrinhos de bebés, triciclos, velhinhas e velhinhos.
Só que existem troços ainda não construídas porque pertencem... claro... ao Champalimaud (a quem mais poderiam pertencer???)e que seriam (serão) atravessadas por esse caminho pedonal, o tal feito para a população acima por mim citada.
Mas como a cambada Champas conseguiu ocupar quase tudo (só falta uma parte do mar...), a coisa está difícil.
mas tem que concordar comigo em relação a segurança da ciclovia...enquanto houver esses velhinhos a andar na ciclovia é mais seguro andar na estrada...e se podem andar na marginal...
Tomo boa nota da intenção de comprar viaturas eléctricas para apoio aos estabelecimentos do paredão. Não se pode continuar a fazer por um lado e destruir por outro.
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