Saturday, May 23, 2009

Autarquia descarta viveiros de bivalves ao largo de Cascais

In Publico
22.05.2009 - 20h37 Luís Filipe Sebastião

O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, considerou que a localização prevista para a instalação de um viveiro de bivalves na zona da Guia, a uma milha da costa, “não deve ser aceite pelas autoridades competentes”.
“Sou favorável ao projecto, que me parece muito interessante, mas a localização inicialmente prevista, designadamente pelas razões apontadas pelo Clube Naval de Cascais, tem impactes negativos”, afirmou o autarca social-democrata ao PÚBLICO. António Capucho respondeu desta forma à possibilidade de se ocupar parte dos melhores campos de regatas náuticas com uma aquacultura numa área de 500 hectares. O que levou o presidente do clube naval, José Matoso, a alertar que, se o projecto for licenciado, “acaba-se com a vela de alta competição em Cascais”.
O tema foi abordado na última reunião do executivo municipal. O vice-presidente da câmara, Carlos Carreiras, admitiu a necessidade de articular o projecto com as actividades náuticas (pesca e vela) e de se conciliarem todos os interesses sob pena de se perder o investimento. O social-democrata argumentou que a localização das bóias foi feita com base em cartas que terão sido mal referenciadas pelo Clube Naval de Cascais, conforme já afirmara o promotor do projecto.
A Zona Salgada apresentou na semana passada o projecto ao clube naval, mostrando disponibilidade para reconfigurar o campo de cultivo de ostras, mexilhões e vieiras. Segundo a empresa, existem no local dois campos de regatas totalizando cerca de 5400 hectares. A área dos viveiros, a cinco metros de profundidade, sobrepõe-se em 18% da zona Norte do campo de regatas a Oeste. A Administração da Região Hidrográfica vai analisar as reclamações.
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