Wednesday, April 01, 2009

Alcabideche pode vir a ter metro ligeiro de superfície

In Público (1/4/2009)


«Uma linha de metro ligeiro de superfície, na envolvente do futuro hospital de Cascais, e a construção de uma nova urbanização para habitação e equipamento junto à localidade do Cabreiro, às portas do Parque Natural de Sintra-Cascais, fazem parte da proposta a desenvolver no âmbito do Europan.
A área em estudo corresponde a 37 hectares, em Alcabideche, mas a intervenção urbana incidirá sobre 8,7 hectares. Na zona mais próxima do perímetro da área protegida admite-se a criação de um parque urbano, com espaços e recintos desportivos, além de uma ocupação residencial de baixa densidade. Um apeadeiro do transporte ligeiro de superfície, a funcionar a médio/longo prazo, deverá fazer a ligação à povoação do Cabreiro. Numa segunda zona deve promover-se a reaqualificação urbana, com reabilitação do espaço público, e a articulação do metro de superfície com a terceira zona do estudo. Nesta parte do território deve dar-se especial atenção aos espaços públicos, à melhoria das ligações com a rede viária em redor e articulação do novo modo de transporte público entre a povoação do Cabreiro e o futuro hospital, em construção avançada.

O plano admite ainda a construção de uma unidade hoteleira, residências assistidas para a terceira idade, equipamentos para a infância e um centro de apoio e reabilitação de deficientes visuais. Segundo um dirigente municipal, a autarquia pretende que, "através de uma intervenção qualificada, haja uma contaminação positiva na requalificação do bairro do Cabreiro". A área máxima destinada a habitação será de 40 por cento, dos quais 20 por cento terão que se destinar a apartamentos para jovens. Luís Filipe Sebastião»

A ideia em si não é má (refiro-me ao metro ligeiro de superfície), simplesmente, há duas coisas a ter em conta:

1. A construção dessa linha não pode envolver abate maciço de árvores nem impermeabilização excessiva do solo.

2. Uma linha de metro ligeiro só funciona se for em rede, ou seja, se for mais um troço do género que Isaltino construiu, sem ligação a nenhum outro ramal, inter-face, e apenas um sorvedouro de dinheiros públicos, mais vale desistirem da ideia.

4 comments:

Anonymous said...

O quê?
Mas não já está lá esse linha de metro de superfície???
Então o Judas não prometeu isso logo na primeira candidatura???
É que não tenho ido para Alcabideche, deve ser por isso que nunca o vi!

Anonymous said...

JOÃO FRAGOSO

Alcabideche vai ter metro de superficie?. Claro que sim. Tal como Évora terá o seu porto de mar.
O que a malta inventa só para mostrar pensamento(!!!!!) dito estratégico. Epá metam-se pra dentro.

Anonymous said...

JOÃO FRAGOSO

Caro P. Ferrero
A linha de metro só funciona se for em rede. Estamos todos de acordo e não por acaso lá está o estratéga ao serviço da Câmara a reclamar "a construção de uma unidade hoteleira, residências assistidas para a terceira idade, equipamentos para a infância e um centro de apoio e reabilitação de deficientes visuais. Tudo isto para que "através de uma intervenção qualificada, haja uma contaminação positiva na requalificação do bairro do Cabreiro".
Este pessoal técnico e politico é muito habilidoso a conduzir a opinião publica pelos trilhos da demagogia ecológica. Em nome do metro entra tudo o que há de pior em termos de pressão urbanistica sobre o Parque Natural. Os procedimentos de manipulação são tão subtis e eficazes que até a si que deveria estar mais atento à selva propagandistica, foram capazes de enganar pondo-o a perorar sobre os maleficios da impermeabilização da linha e o abate de meia duzia de arvores esquecendo os milhares de metros quadrados de construção que viabilizam o metro.
Quem serão os verdadeiros cegos a quem se destina o centro de reabilitação que já se anuncia no panfleto?

O metro pode ser de superficie. O método tem a profundidade do costume.

Cidadania Cascais said...

Tem toda a razão, João Fragoso, e obrigado por me relembrar as toupeiras;-) PF