Tuesday, April 24, 2007

Carruagens separaram-se de comboio em andamento na Linha de Cascais

In Público (24/4/2007)
Carlos Cipriano

«Em Março, com muitos comboios em reparação, a CP reduziu a oferta na linha de Cascais. A situação já foi ultrapassada
a Um parafuso que se partiu no sistema de ligação entre duas carruagens esteve na origem de um quase-acidente ontem de manhã na Linha de Cascais, quando uma composição se separou em duas partes.
O comboio parou imediatamente porque as condutas de ar comprimido entre as carruagens também se partiram, o que, nestas circunstâncias, leva - automaticamente - à frenagem imediata da composição em escassos segundos. Não houve vítimas porque naquele momento ninguém ia a passar de uma carruagem para a outra através do passadiço que liga os dois veículos.
A única consequência foram os atrasos provocados naquela linha suburbana por o tráfego ferroviário ter ficado reduzido a via única entre Paço de Arcos e Santo Amaro, das 11h30 às 14h00, já depois da hora de ponta.
Há alguns meses aconteceu uma situação idêntica quando um engate se partiu e uma composição ficou separada em duas partes. Esse caso foi menos perigoso porque se tratava do engate que unia as duas unidades por que é formada uma composição, não havendo ali a possibilidade de os passageiros circularem entre as duas partes.
Situação mais grave terá sido a de ontem, porque se trata de um engate semi-rígido, supostamente inquebrável, que junta os três ou quatro veículos que formam uma "unidade indeformável", como é designada.
A CP debate-se actualmente com um problema de material circulante na Linha de Cascais, cuja frota, apesar de um lifting realizado nos anos 90, está envelhecida e com alguns equipamentos com um prazo de vida útil ultrapassado
. »

1 comment:

Ricardo António Alves said...

Há 20 anos, quando eu ia estudar para Lisboa, os comboios da linha de Cascais eram estupendos em pontualidade e segurança.
Este episódio demonstra o estado miserável a que a CP e essa estúpida criação chamada Refer deixaram chegar a linha.
Uma aldrabice pegada para levar à privatização.
Um país de aldrabões, é o que somos. Bravo!