Monday, September 24, 2007
Que palhaçada, a história da semana da mobilidade
Já não tenho pachorra para as semanas disto e daqueloutro, muito menos para os dias europeus do quer que seja. Mas aquele registo de feira-circo-comes e bebes, na Baixa de Cascais, aquelas filas indianas ruas em volta do Hotel Cidadela, «os meninos a saltar e as pulgas a aprender», quando depois os papás voltam para os pópós que deixaram estacionados em cima dos passeios e da relva, obstruindo passeios, passadeiras e tudo o mais, na zona do antigo clube da Parada, futuro museu Paula Rego; para isso não há pachorra, mesmo.
Nem para isso nem para os condutores que resolvem entrar por ruas de sentido proibido, como a que chega junto ao hospital de Cascais, invertendo a marcha à descarada, apitando e tudo o mais. Nem para a vedação que anuncia o fecho de rua para «actividades comemorativas» em cima do acontecimento, junto ao São José, quando devia estar junto ao Mercado, pelo menos; ter-se-ia evitado bichas intermináveis. Fica para o ano, eu sei.
Autocarros, nem vê-los, quanto mais usá-los. Há malabaristas, circuitos de gincana, stands que vendem carros em semana de peões e ar puro, muito soundite e muito megabite. Céus, que circo.
Ainda ninguém entendeu que agir por agir não vale a pena, o que vale mesmo é a atitude e o exemplo; e esses nem num dia nem numa semana, quanto mais em 365 dias e 53 semanas. Acho que já não há remédio. A vida está é para os carros. Eles que votem, também. Para ir ao circo, pago bilhete.
Nem para isso nem para os condutores que resolvem entrar por ruas de sentido proibido, como a que chega junto ao hospital de Cascais, invertendo a marcha à descarada, apitando e tudo o mais. Nem para a vedação que anuncia o fecho de rua para «actividades comemorativas» em cima do acontecimento, junto ao São José, quando devia estar junto ao Mercado, pelo menos; ter-se-ia evitado bichas intermináveis. Fica para o ano, eu sei.
Autocarros, nem vê-los, quanto mais usá-los. Há malabaristas, circuitos de gincana, stands que vendem carros em semana de peões e ar puro, muito soundite e muito megabite. Céus, que circo.
Ainda ninguém entendeu que agir por agir não vale a pena, o que vale mesmo é a atitude e o exemplo; e esses nem num dia nem numa semana, quanto mais em 365 dias e 53 semanas. Acho que já não há remédio. A vida está é para os carros. Eles que votem, também. Para ir ao circo, pago bilhete.
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5 comments:
(risos!!... meus)
...e se a sua descrição está certa (como imagino que esteja) nem sinal de que a questão da redução da poluição se tenha mostrado central e dominante...
Essa questão (que antes da "mobilidade" esteve na origem dos dias e sítios sem carros) não é, definitivamente, uma questão abordável com malabarismos circenses, não pode servir de pretexto para os "educadores" das nossas escolas USAREM as crianças para as suas necessidades de afirmação "artística", e é do mais profundo mau-gosto, usá-la como propaganda política. Mas, o que se vê...
Isso mais acção. Ao fecharem o sentido frente ao H.Baía, obriga-se os carros a dar mais voltas na vila, mais poluição.
Os srs politicos vão para os eventos deste dia, de carro; a policia abre a estrada cortada para eles passarem e depois sacam da bike para a fotografia. Hipocrisia que até mete dó e nojo.
Não me recordo da primeira vez que encontrei este blog, lembro-me que tratava acerca de uma noticia da cessão de um edificio que se encontrava a concurso publico na altura, achei que era um local de debate construtivo, num espirito empreendedor e interessado,com o sentido genuino de uma contribuição positiva e efectiva sobre alguns pontos da nossa vila ou cidade como alguns já vi, preferem chamar.
Percebi logo a ideia generalizada que é comum a muitos cascalenses: já fomos tão melhores/podemos ser muito melhores, enquanto municipio com a nossa potencialidade.
'Desiludi-me' porem quando na maioria das vezes reparei em algumas noticias/comentários num tom tão portugues quanto ironico, tão negativista quanto inutil, que há muitas coisas mal feitas, mais do que bem feitas, é possivel, mas penso tambem que o primeiro fundamento deste blog terá sido a discussão massiva e produtiva sobre assuntos que nos afectem enquanto interessados por Cascais.
Esta é a minha opinião sobre 'energia' que penso estar a ser mal direccionada.
Cumprimentos
Caro Bernardo X
Muito obrigado pelos seus comentários. Deixo-lhe um desafio:
Porque não enriquecer este blogue/movimento com a sua energia, bem direccionada?
Se quiser mande-nos um email, e depois falamos. Ficamos a aguardar.
Volte sempre!
Caro Bernardo,
em primeiro lugar - e muito mais importante do que o relambório q seguir - quero subscrever o convite que lhe faz o Paulo Ferrero: venha daí! Entre activamente - na medida em que puder - na construção do "pensar" a nossa "cidade" (só para não nos confinarmos às fronteiras da "vila", porque Cascais já saiu delas).
... mas eu, pela minha parte (sinceramene ansioso por ver o surgimento e implementação de ideias construtivas); eu, muito (e pouco) português, irónico e sarcástico q.b., não consigo fazer sair essas ideias do "nada" (ou muito pouco) em que vivemos, achando-nos suficientemente civilizados. Porque as ideias nunca nascem do "nada". As ideias, ou "nascem" por comparação e filiação com outras ideias, ou nascem da oposição e crítica a situações... e a "nossa" situação (Cascais enfiado dentro de Portugal) fala bastas vezes por si. Para mim, não é seguramente no que existe ou se faz hoje, nem, muito menos, num falso "glorioso" passado, forjado em favor de um ideário antes-da-democracia, e continuado irresponsavelmente (ou habilmente) a ser propagado nestes tempos da democracia, que irei fazer nascer a "coluna vertebral" das ideias, que, com gosto quero procurar para "contribuir" para uma cidade melhor... no futuro.
Quanto ao presente: gosto de Cascais. Muito. Por isso isto "toca-me". Por isso estou aqui. Português, irónico, sarcástico, crítico, com gosto, com desgosto e com esperança e descrença.
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