Friday, December 21, 2007

António Capucho receptivo a que ACP entre na gestão do autódromo

In Público (21/12/2007)
Luís Filipe Sebastião

«Presidente da câmara disponível para assumir futura concessão da pista do Estoril com parceiros privados com experiência nos desportos motorizados

O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, congratulou-se ontem com a falta de propostas para aquisição do autódromo do Estoril. O autarca social-democrata mostrou-se disponível para participar numa eventual concessão da infra-estrutura desportiva com parceiros privados, nomeadamente o Automóvel Clube de Portugal (ACP).
A Parpública, empresa que gere as participações do Estado, anunciou anteontem que "não foram apresentadas propostas de aquisição" da empresa CE-Circuito Estoril, que detem a propriedade do autódromo. No comunicado, a comissão executiva da empresa acrescenta que, "dado não existirem, neste momento, interessados" na compra da sociedade, "irá promover outras hipóteses de rentabilização daquele activo, nomeadamente, a concessão da sua exploração".
O valor base do concurso previa a alienação da pista por cerca de 35 milhões de euros, ficando os compradores com a obrigação de apenas manter a exploração do circuito até 2012. A Câmara de Cascais considerou tratar-se de "um preço absurdo", que só poderia atrair investidores na expectativa de uma substituição da pista por um projecto imobiliário. No entanto, desde há muito que o executivo deixou claro opor-se ao desmantelamento do circuito e à viabilização de construção naquela zona do Parque Natural.
Foi com "regozijo" que António Capucho soube da ausência de propostas para aquisição do autódromo, o que já esperava e reafirmou desde logo que a autarquia "está interessada em participar numa eventual concessão" da infra-estrutura, para que possa continuar a servir de palco a provas desportivas. "Queremos que o espaço se mantenha no âmbito dos desportos motorizados e de interesse turístico", vincou o autarca, mostrando-se disponível para assumir um papel activo na viabilização de soluções que permitam rentabilizar a pista, mesmo sem o regresso da Fórmula 1. "Dependendo do prazo e das condições, estamos disponíveis para ajudar a encontrar uma solução"
António Capucho admite que a Câmara de Cascais, num eventual controlo da gestão do autódromo, poderá associar-se "a um parceiro privado como o ACP, pela capacidade que tem demonstrado na promoção dos desportos motorizados". Uma posição que vai ao encontro da proposta de Carlos Barbosa, presidente do ACP, para que a pista seja vendida ao município pelo "valor simbólico de um euro" e que se disponibilizou para colaborar na rentabilização do autódromo.»

Trata-se, sem sombra de dúvida de uma boa notícia. Mais, a Fórmula 1 tem que voltar ao Estoril. Vá lá, puxem pela cabeça, que é para isso que vos elegemos!

2 comments:

Gonçalo Cornelio da Silva said...

E importante manter o autodromo, mas este deve ser rentável. Não é por acaso que os circuitos citadinos têm tido tanto sucesso, Circuito da Boavista no Porto e Circuito de Vila Real, com milhares de espectadores.
Com um esforço o autodromo pode não só ser integrado no Parque da Serra de Sintra como ser um local com atracção. Os ingleses fazem especiais de rallyes em parques, os circuitos com mais sucesso em Inglaterra são integrados na paisagem.
Querer fazer no autodromo do Estoril infraestruturas ou construções como os recentes na paises de terceiro mundo é que não pode ser.

Anonymous said...

Capucho congratula-se com a ausência de propostas para a aquisição do Autódromo... e o ACP propõe que a Parpública "dê" o Autódromo á CMC "por um euro"...
Que estranho!Um não quer compradores ,outro quer dado!Afinal quem é o parvo do dono do Autódromo?De um terreno imenso e tão valioso,ali ao Shopping?
Só podia ser nosso,do Estado,da Parpublica-leia-se dos Parvos Públicos!