Monday, March 17, 2008

CMC recupera iluminação na zona histórica

Está a decorrer na zona central de Cascais, com especial incidência no Centro Histórico, uma intervenção da responsabilidade da Câmara Municipal com vista à reparação da rede iluminação pública. Uma acção que se estende igualmente ao Paredão, de Cascais a S. João do Estoril.

Os trabalhos visam a reparação e manutenção da rede de iluminação pública, sob gestão da EDP e Câmara Municipal, com substituição de lanternas e candeeiros partidos, bem como substituição de lâmpadas e vidros em vários equipamentos, incidindo especialmente nas ruas Frederico Arouca, Afonso Sanches, Nova de Alfarrobeira, da Saudade, Avenida Valbom e zonas circundantes.

Esta intervenção vem colmatar as deficiências a nível da iluminação pública detectadas num levantamento realizado pela recém-constituída COM.Cascais - Associação para a Promoção do Comércio de Cascais.

Além de permitir requalificar a imagem do centro histórico, a recuperação da rede de iluminação pública favorece o aumento do sentimento de segurança, atraindo mais gente ao centro o que, por sua vez, se traduz na criação de condições mais propícias ao desenvolvimento da actividade económica.


In Imprensa Cascais


Espero que a CMC não caia no mesmo erro da de Lisboa, que, com base em 'pareceres' (a iluminária era má, os candeeiros ameçavam cair sobre os transeuntes, etc.) dos serviços internos, procedeu ao abate e substituição dos candeeiros e consolas históricos, susbtituindo-os por objectos inqualificáveis. Há que estar atento: um candeeiro de um jardim do Séc. XIX não é a mesma coisa de um candeeiro no Largo Camões. Aguardemos.

3 comments:

Anonymous said...

A propósito dos candeeiros públicos da iluminação de Cascais.
A lógica da especulação e da corrupção mantém-se há anos,na gestão autárquica.
Especulação,porque substituir um candeeiro velho por um novo,dá sempre mais-valias e mais "comissões"(que vão sempre para o bolso de algum "autarca");Corrupção,porque é mais dinheiro público mal-gasto,mentindo e dizendo(no caso, aos cascalenses) que é necessário e "moderno",substituir os candeeiros ou outra coisa qualquer.
O contrário seria manter-conservar,que dá muita "despesa" e menos-valia ,e, menos "progresso" e portanto menos votos.
Isto é válido com os candeeiros e com toda a pirosa parafernália dita "mobiliário urbano",daqui e de todo o país,que nos vai empobrecendo a todos-nomeadamente a nível da imagem/memória urbana-mas "enchendo" os autarcas com as ditas "comissões" dadas pelos vendedores.
A questão é simples:pôr de novo dá sempre lucro(a "eles");conservar só dá despesa(com os nossos impostos,que já estão no bolso "deles").
De facto "eles" estão cada vez mais longe de nós,apenas pela razão de que continuamos a votar "neles".
Portanto,candeeiros "novos" é o meu prognóstico...para esta questão


17-3-08 Lobo Villa

Anonymous said...

Na sequência do oportuno comentário anterior apetece perguntar se já repararam na quantidade de candeeiros de iluminação pública colocados na estrada do Guincho?
Os que lá estavam e estão, uma vez que ainda não foram substituídos, cumpriam a sua discreta função de iluminar a ciclovia sem interferir com a leitura nocturna do céu e das estrelas. A excessiva iluminação artificial nocturna é um problema ambiental que tem como consequência a uniformização do território e a perda do direito a um céu limpo tal como consignado na carta da UNESCO de 1994.
Poder-se-á argumentar que esta é uma questão não tem qualquer relevância no nosso quotidiano. No entanto um urbanismo esclarecido e competente não descura este aspecto e deve ser cuidadosamente ponderado. Ainda não há muito tempo ouvi um responsável pela construção da avenida Marginal afirmar que a colocação dos postes de iluminação na berma da estrada oposta ao mar fora determinada pela preocupação de não interferir com a leitura da abóbada celeste e o plano de água. Isto foi há 50 anos e é revelador de uma consciência e de um cuidado que infelizmente se perdeu.
A avaliar pelas dezenas de candeeiros alinhados ao longo da estrada do Guincho a câmara e já agora o também o Parque Natural Sintra Cascais vão uma vez mais intervir de forma grosseira e desajustada da natureza daquele lugar. Não tarda teremos aquele belíssimo território impregnado de uma bolha luminosa amarela e incaracterística que nos fará lembrar a praça de portagem de qualquer auto-estrada urbana. Será um lugar seguro para namorar mas uma perda para todos quantos gostam de contemplar a beleza de um céu estrelado. Aqui no Guincho ou na estreita língua de terra que liga a Ponta do Sal ao restaurante Choupana onde o disparate é idêntico: uma parafernália de candeeiros de design pífio a debitar energia e iluminação impedindo literalmente a vista nocturna da baía.

PS.
Sempre associei estes dislates à incompetência e insensibilidade dos técnicos e autarcas que pululam pela câmara. Depois de ler o comentário do blogger Lobo da Villa – homem que a todo o momento nos revela o que precisamos de saber e aparenta um conhecimento muito, muito aprofundado sobre questões de corrupção, dinheiros públicos mal gastos, esquemas/percentagens e demais meandros da autarquia - a minha percepção da realidade mudou e obriga-nos à seguinte interrogação: a fúria de “plantar” candeeiros por tudo quanto é sitio será apenas o que aparenta de incompetência ou um caso de polícia?

João Fragoso

Anonymous said...

Caro companheiro de Blogg,João Fragoso:
Vejo que nunca trabalhou na política nem na função pública e que de facto não conhecia esta corrupção institucionalizada.Incompetência não há,nas nossas autarquias,pelo contrário,há uma competência especializada em esbanjar os dinheiros públicos,em quinquilharias várias(candeeiros,repuxos,palmeiras,túneis,rotundas,etc)tudo orquestrado,com comissões e favores, mandato após mandato,até ao endividamento total.Até á falência mesmo,como a CM de Lisboa,o que não estava "no programa",foi demais!
Não há nenhuma autarquia sem dívidas,porquê?
Os candeeiros que cita ,da Marginal e da estrada do Guincho,são sempre maiores e mais caros porquê? Somos,porventura, um país rico? Não,o negócio é outro.
Tudo o que se passa nas obras públicas do nosso país tem uma leitura de corrupção,porque o paradigma da economia é baseado no betão,como dizem os economistas.Que aliás está á vista.(betão,alcatrão,candeeiros,rotundas...)
O direito a "um céu limpo"(UNESCO,1994) que refere,e o excesso de iluminação artificial que impedem a visisibilidade do mar e das estrelas é da maior importância!
Os megalómanos candeeiros de "estádio de futebol"que estão a invadir a Marginal(junto a S. Pedro,agora são VERDES!a contrastar com os outros todos que são amarelo-quente)indiciam de facto,não a incompetência,mas a corrupção da compra-substituição-consumo,permanentes.Os da estrada do Guincho,então(!) são um livro-aberto do consumismo especulativo e do esbanjamento.
Bem haja pelo seu comentário que muito me elucidou!

19-3-08 Lobo de Villa