Monday, July 23, 2007

As "novas" Termas do Estoril

...má antevisão do que vai ser. É pena (mais uma vez).
Desta vez, um acto pretensioso ou... ingénuo. Uma coisa que quer ser tudo, sem, pelos vistos, saber ser alguma coisa.
Pretensioso (ou ingénuo) porque quer fazer-se, com "piscadelas de olho" a coisas (ideias de arquitecturas) anteriores sem, pelo menos, ter conseguido aproximar-se disso, por incompreensão do "anterior", ou preguiça de estudar!!!... mas também quer "afirmar-se" moderno... Perca de tempo: Quem desenhou isto, ficou longe de conseguir lidar com algum dos caminhos que a contemporaneidade da arquitectura vem apontando, e com o que essa arquitectura contemporânea, traz de bom às cidades e à paisagem.

Resta a esperança (provavelmente vã) que seja a imagem a parte incompetente desta história, e que o trabalho no projeto de execução, tenha melhorado a má promessa que se vê. Se assim fôr, que se retire a imagem (que não ajuda nem dignifica coisa nenhuma) e eu retiro o que disse (com agrado).

Mas, não há muitos "finais felizes" nestas histórias, porque os projectos de execução... não dão lucro aos projectistas e são "chatos" de fazer.

Mais um desrespeito, por incompetência contemporânea, pela zona "nobre" do Estoril?

19 comments:

Anonymous said...

Caro PP
Como é que a partir de uma simples imagem você consegue ver tanta coisa e vislumbrar a ausência de outro tanto?
A zona "nobre" do Estoril como lhe chama desde sempre registou uma grande heterogeneidade de temas e estilos arquitectónicos. O Hotel Palácio, O Hotel Inglaterra, o Edificio dos Correios, o Casino (antes do capacete luminoso), O Cibra, as Arcadas, e tantos outros sempre conviveram em harmonia, independentemente das escalas, das funções ou da corrente mais ou menos contemporânea que lhes deu origem. A elevada qualidade espaço público e a presença das manchas de pinhal (integradas ou não em propriedade privada) mais do que a qualidade individual de cada edificio era o traço essencial que garantia essa unidade e "nobreza". O que havia, e agora não há, era desenho urbano esclarecido e competente.

Parece-me que o novo edificio das termas estará ainda no purgatório da avaliação.
Talvez o espaço público que se venha a construir à sua volta deixe uma marca positiva e resolva o desconforto actual. Só depois veremos se é arquitectura ou simples construção. Vamos aguardar sem ansiedade, e, sobretudo, sem usar a chave niveladora da "competência contemporânea".

Para terminar, e sem querer abalar a sua fé nos projectos de execução, deixo-lhe dois exemplos de edificios hiperdesenhados que são autênticas aberrações: O Villa Itália e o novo edificio do Clube Naval de Cascais. Como vê nem sou faccioso, escolhi um ao registo moderno e outro ao designado estilo Cascais.

Pedro said...

Caro JAB,
...não é só a imagem. A construção já está lá, a avançar: QUASE a confirmar o que se vê na "propaganda"...parece-me (concedo... ou concederei sem qualquer custo, mediante confirmação) que parecem haver coisas melhores na construção do que na imagem.

(comunicação visual) ...se os desenhos de arquitectura não servirem para comunicar e explicitar a arquitectura que representam, não sei bem o que servirão! Aí está a razão pela qual, para mim, será normal e justo, ir à imagem ver o que ela antecipa... porque se ela não fala do que vai ser executado, das duas uma:
ou é publicidade enganosa, ou é um mau desenho (hipótese que admiti)... Você concordará comigo que ninguém (com juízo) se atreve a pôr na rua um cartaz a anunciar uma coisa qualquer com erros de escrita! Então porque "carga de água" podem haver comunicações desenhadas com erros?... quanto a publicidade enganosa é uma coisa que, inclusivamente, é penalizada. Sobre isto concordamos, não concordamos? Então, se o desenho/imagem está errada, retire-se a imagem. É feia, não ajuda a qualificar a rua e, pelos vistos, há quem admita que contém mensagem incorrecta!!...

Embora COMPREENDA o que quer dizer com "purgatório da avaliação", não estou totalmente de acordo com isso, uma vez que, deverá ser antes da construção que devem as construções ser avaliadas... será porventura incómodo que hajam avaliações quando os processos e as construções estão em curso mas... lamento quanto a isso!

Quanto ao sinais que vejo, e que, para mim, antecipam o que me parece vir a ser um dislate arquitectónico, terei todo o gosto, frente a um café para o qual fica desde já convidado, a sentar-me frente a si com uns papéis em branco e umas bic's e conversarmos!!...
Venha de lá a esse café que será simpático! Juro!

Pedro said...

...é evidente que o convite para o café se estende a mais três ou quatro"motivados" por estas coisas... em jeito de tertuliazinha... porque não?

Anonymous said...

(...) venha de lá a bic(a) virtual, pois falando de tertúlias, parece-me que também elas escasseiam ;)

Compreendo a reacção, a expressão de uma visão/interpretação pessoal do que deveriam ser princípios de intervenção mas, e concordando c/ a outra crítica, esta que envolve a legitimidade de pôr em causa a solução de outrem devo, por isso também discordar deste 'post'...até porque os tempos não são de receituários ou dão e cartilhas -o que é isso do 'contemporâneo'? - sendo de se admitir determinados exercícios se devidamente fundamentados e se enquadrados nos objectivos dados/pedidos. É que, mal de nós se nos tornamos nos próprios motivos do nosso afastamento, quando, e como muito bem sabemos, o problema não está na 'linguagem' mas sim na capacidade de interpretar situações específicas, problemas que envolvem múltiplos parâmetros (incluindo o do destinatário) na qualidade intrínseca da resposta ao(s) programa(s)!

Caro PP, preferia que gastássemos as nossas energias a discutir outros projectos que começam por não o serem verdadeiramente, dado serem trabalhos desqualificados, feitos levianamente e sem qualquer investimento pessoal - essa sim é a grande questão...

AB

Pedro said...

Arquitectura contemporânea, NÃO SIGNIFICA hoje (e para mim NÃO PODE significar) qualquer cartilha estilística... felizmente vivemos num tempo cultural de procura, em que MUITOS CAMINHOS estão abertos, são possíveis de percorrer e convidam à exploração.
Que se percorram bem. E os edifícios (e muito em particular os de equipamento) serão os marcos que as cidades e os sítios carecem.

Mantenho a provocação sobre esta obra das termas do Estoril: Não parece nada clarificado na composição, o quadro de intenções de desenho arquitectónico.

Anonymous said...

(...)e eu vou ser ainda mais provocador: usando (e abusando) do conceito da 'negação', esse mesmo, o da psicologia clínica (espero que os especialistas mo permitam!) diria que a interpretação do termo tende a cair justamente num certo estilo (ou estilos) que, de uma forma mais ou menos consciente, 'idolatramos', quantas vezes superficialmente, através de publicações, exposições e etc -note-se que não existe aqui nenhum juízo de valor, mas apenas um exercício...um tanto masoquista é certo! tudo isto para dizer que são raras as situações em que existem de facto condições (porque um bom projecto começa e depende do seu promotor e futuros utilizadores) para soluções mais arrojadas e vanguardistas... i.e, 'neo-modernas' porque a modernidade é algo que se re-inventa constantemente (embora o conceito, por vezes e no limite, se cruze com modelos clássicos e tenha... para aí um século, ou mais, se nos lembrar-mos por ex.º de uma Baixa Pombalina!?)

Bem, como estamos de novo a 'fugir' à questão principal vou atrever-me a sugerir alguma bibliografia especializada, nada mais nada menos do que uma 'magazine' da Remax, ou da Era, para termos um retrato fiel da nossa (inenarrável ;) realidade!

Mas, deixemos para mais logo a discussão ;) no 'novel' e anunciado Farol Museu!

AB

Pedro said...

Não idolatramos estilos coisa nenhuma. Fazer arquitectura contemporânea quer dizer apenas, e tão sómente isso mesmo: fazer arquitectura hoje. Com os recursos de conhecimentos que há hoje! Que não são os de ontem nem os de amanhã! Hoje sabem-se coisas sobre a construção e a cidade que são os conhecimentos de hoje. É com eles que temos de fazer e aferir o que fazemos. A literatura é eloquente: hoje não há estilos.

Centremo-nos. Duas bic(adas) para o debate - matérias que se vêem nesta imagem (persp. axonometrica):
1. porque é que a forma e o espaço gerado pelo conjunto não resultam apenas de um único tema desenvolvido (o que lhe daria mais coerência). O tema da adjacência de corpos?

2. porque é que existem várias lógicas de formas, ritmos e disposições de vãos? (verticais, horizontais, congregados, autónomos sem uma lógica clara, quanto a marcações por excepção...?).

Anonymous said...

Caro Pedro Partidário;
As suas notas são de um verdadeiro Diacono Remédios, zelador da moral e bons costumes, no caso da arquitectura.
Mas com as suas enormes capacidades, deixe que lhe faça um desafio.......
Coloque aqui ....uma, ou duas, obras da sua autoria....... claro está, se as tiver.

Pedro said...

Caro anónimo, não estou aqui anónimo. Pode com toda a facilidade chegar a tudo quanto faço. O que faço, é, primeiro, arquitectura claro!.
É meu hábito não andar escondido. Nunca andei e não andarei escondido, por isso, recusar-me-ia aceitar a hipótese de "opinar" sem que antes garantisse aos meus parceiros a possibilidade de "verem" mais de mim.

Não porei aqui os meus trabalhos, porque aqui fala-se do que interessa aos cidadãos de cascais. E os meus trabalhos não interessam à cidadania de Cascais, interessam-me primeiramente a mim porque é deles que retiro a minha "fala". (Por isso) Falo aqui como cidadão de cascais que não escamoteia o facto de ser arquitecto mas, em primeiro lugar, falo aqui como pessoa para quem o sítio onde vive não é indiferente.
O que me interessa aqui é o "como" se vai fazendo a cidade onde vivemos que, suponho, todos, cada um da sua maneira, desejamos que seja uma cidade cada vez melhor.

...essa do Diácono Remédios... é uma perca de tempo da sua parte, e não me parece uma opinião relevante para discutir o que se vai fazendo em Cascais.

Anonymous said...

Parabens pelo blog.
O exercicio da cidadania � um direito que lhe assiste e deve ser exercido com vigor e frontalidade. Aponte o que de bom e mau se vai fazendo na nossa terra. Mas, em jeito de conselho, por favor deixe a arquitectura em paz visto ser assunto para o qual j� se percebeu n�o haver a� especial talento. H� assuntos mais ao seu alcance e ser� sempre uma pena v�-lo a desperdi�ar o seu tempo com uma mat�ria que outros tratam com maior sentido de analise e mais aprofundado saber.
Veja por exemplo os blogues "A barriga de um arquitecto" ou " Verdete".

Pedro said...

caro Anónimo:
1.redirijo os seus "parabéns" ao blog para aqueles a quem eles devem ser dirigidos: o núcleo fundador. Eu sou convidado e, porventura, "mal-comportado".

2.o "talento"...se fosse coisa que acreditasse que encima de forma determinante este fazer... mas agradeço-lhe o não me tratar com condescência. Não a uso comigo mesmo por me provocar náuseas, dispenso-a no geral, e tomo-a por fútil e perniciosa no panorama em que vivemos.

3.Agradeço-lhe a (re)lembrança dos sites que já visito. São o "mainstream". O "lugar-comum" de todos nós (arquitectos). Aos dois blogues que me recomendou, desejo que o nome do primeiro [a barriga de um arquitecto], concretize a auto-crítica que me parece estar lá intencionalmente: que os arquitectos exorcizem aí também, o prazer de Narciso, que lhes dá o olharem para sua própria barriga.
...porque, tal como o José Mateus, reconhece, falhou um dos objectivos a que se propunha a Trienal de Arquitectura: o de aproximar a arquitectura do público.
É que, organizada pelo tal "mainstream" essa linguagem (direcção do olhar dos arquitectos "mainstream") talvez seja a razão desse falhar... aqui neste blogue, defendo e defenderei, essa intenção - desta vez falhada - da Trienal. Nota: na ocasião em que defendi aqui a Trienal como lugar de abertura da arquitectura ao seu público, defendi os arquitectos, contrapondo-me a um companheiro de debate, que apontava com alguma razão as suas baterias, para esse exercício de "olhar para a sua barriga" que os arquitectos gostam de fazer e que, nos "melhores dias", resulta em qualquer coisa parecida com organizarem-se para falarem - mas raramente debaterem - em circuito fechado.
Reconhecendo sem reservas o interesse genuíno dos blogues que visitamos ("a barriga[...]" e o "verdete"), confesso que às vezes me cansa esse "falatório" redondo, em circuito fechado. Prefiro (porque sou "mal-comportado") as convulsões e o risco dos circuitos abertos como - por exemplo - este blogue.

5. Se houver "espaço" para continuar esta conversa de café sobre o edifício das termas do estoril (ou qualquer outro) deve assistir ao debate uma observação justa do AB: "são raras as situações em que existem de facto condições (porque um bom projecto começa e depende do seu promotor e futuros utilizadores)" para soluções mais arrojadas e vanguardistas... eu aqui não diria que isto acontece apenas na produção de soluções mais arrojadas e vanguardistas... Há muito boa arquitectura que não é arrojada nem vanguardista e, mesmo essa, fica refém daquelas condições.

Anonymous said...

(...) nem mais e deixemos as 'abordagens' pessoais de outros colegas para umas segundas núpcias (!), depois de ser feita a informação e divulgação relativa ao panorama da construção no País(pois é esta que antecede, ou permite concretizar a arquitectura), aliás, na linha dos comentários recentes, finais, do comissário da dita exposição que, e muito bem, chamou a atenção para a obscuridade(!) dos tempos recentes, ou para a mediocridade geral (que passa inevitavelmente pelo público, pela sua exigência e sentido crítico e..., claro está, pelos promotores) que, com a excepção das poucas obras, autores de referência (que estão nos antípodas...ou revistas) irão constituir o património do futuro!

AB

PS: aos meus confrades de tertúlia as minhas desculpas por não ter aparecido (na sexta) pois outros apelos mais irresistíveis se desenharam - um pouco assim como estas discussões, das quais certamente não abdicaremos apesar das críticazinhas, contrariedades ... + ou - rebuscadas ou falsamente condescendentes ;) enfim, aqui continuaremos, e, sublinhe-se (em coerência com os valores de cidadania e democracia) abertos a críticas!

Anonymous said...

" ...parece-me (concedo... ou concederei sem qualquer custo, mediante confirma�o) que parecem haver coisas melhores na constru�o do que na imagem."
"...s�o raras as situa�es em que existem de facto condi�es (porque um bom projecto come�a e depende do seu promotor e futuros utilizadores)" para solu�es mais arrojadas e vanguardistas... eu aqui n�o diria que isto acontece apenas na produ�o de solu�es mais arrojadas e vanguardistas... H� muito boa arquitectura que n�o � arrojada nem vanguardista e, mesmo essa, fica ref�m daquelas condi�es."



O nosso tempo � marcado pelo mais desbragado relativismo e a critica tem uma plasticidade tal que se molda a qualquer argumento. Era, por isso, certo e sabido que depois de alguma troca de correspond�ncia o futuro hotel das termas teria a sua aprova�o.
Que o projecto não á arrojado(!!) nem vanguardista já sabiamos, mas diga lá:
Merece, ou não, as cinco estrelas? Na totalidade? Ou apenas o Spa?

Desculpe a (pequena) provocação.

Anonymous said...

(...) mas eu adoro provocações - são assim, digamos, algo parecido com as especiarias ;) essas coisas que os portugueses trouxeram (ou tornaram banais...) do oriente e que deliciaram a Europa durante séculos!

e...não fujo às questões, que por sinal até são várias e devem ser devidamente debatidas e explicadas:

1º estou inteiramente de acordo que a arquitectura deve(e tem que)ser mais do que 'imagem', pois tal seria uma forma reducionista de interpretar a disciplina, pese embora as 'posições' contemporâneas (sic);

2º referi, caracterizei com essa adjectivação de 'arrojadas e vanguardistas' porque presumo que a 'modernidade' passa por aí, enquanto intenção assumida de experimentar soluções novas e pioneiras, como foi paradigma (em todas as artes) no princípio do século passado(!?), daí ter surgido um Gropius, um Corbu, um...Cassiano; E é quando tal acontece, que me parece (enquanto opinião pessoal, claro) poder falar-se de 'arquitectura contemporânea', ao evidenciar qualidades suficientemente marcantes e originais para poder ser associada e representativa de um determinado período histórico;

3º obviamente, todos nós sabemos o quão raro e importante é ter um promotor informado e exigente, que saiba ouvir, estimular o melhor de cada profissional, mesmo nas tais 'obras correntes';

4º de facto os tempos são de enorme relativismo, senão de uma espécie de eclectismo de autor, encontrando-se argumentos para justificar as coisas mais absurdas! veja-se a questão crucial da sustentabilidade ambiental e como se continua a achar aceitável edifícios c/ fachada-cortina de vidro ou...escuros (o famigerado Hotel da Luz é, ou melhor, era um ex.º) lançando mão de meia dúzia de soluções falaciosas, pseudo-ecológicas, quantas vezes desenquadradas da realidade local (até climática, como é evidente, porque se numa Alemanha ou Escandinávia pode ser justificado terem-se envidraçados virados a Sul e pequenas aberturas a Norte, por estas paragens talvez devesse ser o inverso...ou algo de 'raiz');

5º quanto ao cenário que me coloca no lugar do técnico (ou decisor?) de tal avaliação, é mais fácil: se fosse do turismo verificaria c/ a objectividade dos regulamentos os aspectos de funcionalidade e/ou qualidade dos serviços, pois a competência dos mesmos é apenas nesse âmbito; se fosse da câmara, e talvez após alguma troca de impressões (porque estas coisas devem ser participadas) no sentido de salvaguardar a relação c/ a envolvente, das volumetrias à morfologia...chamando a atenção para o que existe em redor (talvez a minha função principal) dar-me-ia suficientemente satisfeito - enquanto profissional nessas funções, distanciando-me de uma posição mais pessoal - pelo menos assim o esperaria- é da deontologia profissional!

6º 'cinco' ou 'seis estrelas' isso é mais de ordem do serviço oferecido, não é? já agora, diga-me lá quantos hotéis de prestígio, quantas unidades hoteleiras neste concelho 'falham' a nível da qualidade da sua arquitectura? e quantas urbanizações? já passou pela Amoreira, ali em frente ao estádio do Estoril-praia? e... pelo interior daquela urbanização no extremo Sul de Alcabideche - deixo aqui o convite a todos os colegas a percorrerem a rua tenebrosa, distribuidora local desse conjunto, sim, o mesmo que acede ao novo centro de saúde... é caso para dizer 'shame on...us? os que deveriam ter uma palavra a dizer...

AB

Anonymous said...

Agradeço a resposta à (pequena) provocação. Apesra de alguma confusão quanto aos aspectos essenciais (É possivel arquitectura ou urbanismo sem ideologia?)aos poucos as coisas vão ficando mais claras. Há no entanto um aspecto que me intriga. Vivendo nós num mundo cada vez mais pequeno e crescentemente globalizado onde tudo se sabe no instante do acontecimento, como interpreta o silêncio do autor(a) do projecto? A vontade de formular a pergunta surge apenas por me custar vê-lo a si a arcar com as despesas da defesa do que a outro(a)competia. Sem medo. Como é possivel fazer chegar a arquitectura aos cidadãos quando nem uma simples afirmação de autoria conseguimos arrancar de quem a produz? E isto, o silêncio entocado, por muito que custe a alguns, não é culpa do mainstream, do Zé Mateus, da trienal.

E por aqui me fico.
Nova corrida. Nova viagem.

Bom agora vou para outras paragens, onde felizmente(?)ainda não há banda larga.

Pedro said...

Cinco estrelas? No Spa (edifício novo)?: Não. Definitivamente, não!


Vou também para longe da Banda larga... por isso desejo-vos um excelente tempo nos tais "longes da banda larga" de cada um.

P.S. pela minha parte, obrigado pela vivacidade desta micro-tertúlia e, mais do que isso (muito mais do que isso),obrigado pela abertura de várias linhas de problemas que têm de estar presentes na leitura dos "bocados" de cidade concretizados pela Arquitectura.

Anonymous said...

(...) talvez esta resposta ainda vá a tempo de uma consulta de última hora ;)

1º, parece-me que entramos por campos nada simples, que por si só dariam para muitas investigações académicas, mas...essa da ideologia como motor... nim, porventura é mais o oposto: a ideologia, os regimes precisam dessas duas disciplinas para se afirmarem, para se constiturem enquanto tal (aliás, algo semelhante ocorre c/ o privado que encomenda um trabalho, porém mais influenciado por factores individuais e sociais... aqui entre nós, porque ninguém nos ouve, ou lê (!), suspeito que o Eduardo Souto Moura, viu-se repentinamente nos 'tops' das preferências, nas 'bocas do mundo', por efeito da sua 'cotação social', 'construída' por meia dúzia de eventos/publicações, a começar por ter sido prémio Pessoa... isto tudo sem lhe retirar o mérito merecido ;)

2º, sendo filho e afilhado(!) de advogados, diria que a 'coisa' me está no sangue, isto é, sempre gostei de polemizar, um pouco como as plantas polinizam, para sua recreação/fecundação!

3º,donde, espero que não inventem nehnumas razões (segundas ou terceiras, talvez até algum interesse imobiliário!!? o actual álibi de toda ou qualquer polémica ;) para 'esta defesa', tão digna de argumentação como outras mais (a verdade não é um valor absoluto, como assim nos informa a Filosofia ;)

4º, quanto ao 'silêncio', é como sabemos algo ambivalente, mas seguro (!) isto é, permite não só o refúgio daqueles que temem a confrontação, mas também a continuidade de um certo estado de coisas, onde certamente serão cúmplices - not me! not me! como diria um Tom Waits ;)

5º, a trienal (à qual nada me liga, para além da minha formação)foi uma 'pedrada no charco', por isso os meus parabéns aos seus organizadores!

e boas férias!

AB

Pedro said...

Também estou nessas:
1. ...isso da "ideologia como motor... nim"!
2. "O silêncio permite não só o refúgio daqueles que temem a confrontação, mas também a continuidade de um certo estado de coisas, onde certamente serão cúmplices".


(... e Tom Waits: muito! Em doses maciças)

Boas férias

Anonymous said...

Olá a todos eu sou de Cascais e cada vez que passo por la e aquilo digo ja, parece a guerra do seculo 19, parece que pasou la uma guerra!
Mas digo já que já não deveremos ter ali um hotel, ja ouvi dizer que era apartamentos, não sei se é verdade ou não, mas pronto!
Mas esta bue feio como esta agora isso está, digo já, é so visto.