Thursday, September 25, 2008
Câmara de Cascais vai comprar colecção de Álvaro Cassuto para o Museu da Música
In Público (25/9/2008)
«Câmara de Cascais vai comprar colecção de Álvaro Cassuto para o Museu da Música
No espólio de 2750 títulos encontram-se alguns documentos raros ou únicos e muito valiosos, que passam a estar disponíveis para estudiosos
A Câmara Municipal de Cascais anunciou ontem que vai adquirir, por 100 mil euros, um conjunto de documentos "raros e muito valiosos" da colecção do maestro Álvaro Cassuto para o Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, no Monte Estoril.
"Da colecção reunida pelo maestro fazem parte documentos únicos, como partituras manuscritas, autógrafos originais e manuscritos musicais, salientando-se as 16 operetas de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida, músico de finais do século XIX, que merece ser estudado e divulgado", refere uma nota da câmara.
Segundo a autarquia, a colecção tem "inegável valor para a história da música portuguesa" e "releva-se de uma importância extraordinária para o Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, destacando-se também mais de 400 monografias musicais dos séculos XIX e XX e mais de 2000 partituras avulsas, completando a oferta documental já existente, fruto dos espólios de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti.
De entre as monografias musicais encontram-se obras consideradas de referência de musicólogos e investigadores como José Leite de Vasconcelos, Michelangelo Lambertini, Luís de Freitas Branco, Solange Corbin e Santiago Kästner.
Algumas raridades
A colecção inclui também documentos de grande raridade, designadamente de alguns periódicos musicais cuja importância e valor só foi reconhecida tardiamente, pelo que raramente foram guardadas colecções tão completas como esta, refere ainda a nota camarária.
Em declarações à Lusa, Álvaro Cassuto disse que a colecção começou a ser reunida pelo seu pai, um coleccionador de livros e documentos antigos, a partir dos anos 50. "Achei oportuno entrar em conversações com a câmara para que este espólio não ficasse em mãos privadas", sublinhou o maestro, apontando a importância de manuscritos que não são conhecidos ficarem acessíveis a estudiosos num museu dedicado à música.
O Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, instalado no Monte Estoril, representa para a autarquia de Cascais um papel de "garante da preservação do património musical português, com responsabilidade pelo tratamento e divulgação do seu espólio, da transcrição e análise das partituras manuscritas, apoiando e promovendo a investigação e estudos em musicologia, a difusão e orquestração de partituras esquecidas e mesmo desconhecidas." PÚBLICO/Lusa
Álvaro Cassuto, natural do Porto, estudou em Berlim com Herbert von Karajan e em Lisboa com Pedro de Freitas Branco e obteve o grau de Kapellmeister em Viena. Dirigiu algumas das mais importantes orquestras do mundo e foi maestro director da Orquestra Sinfónica da RDP (1970-89), Orquestra Sinfónica Portuguesa (1993-99), do Algarve (2002-05), e director da Metropolitana de Lisboa (2004-07).»
Uma boa notícia, vinda do único pelouro que, a meu ver, faz alguma coisa de útil por Cascais.
«Câmara de Cascais vai comprar colecção de Álvaro Cassuto para o Museu da Música
No espólio de 2750 títulos encontram-se alguns documentos raros ou únicos e muito valiosos, que passam a estar disponíveis para estudiosos
A Câmara Municipal de Cascais anunciou ontem que vai adquirir, por 100 mil euros, um conjunto de documentos "raros e muito valiosos" da colecção do maestro Álvaro Cassuto para o Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, no Monte Estoril.
"Da colecção reunida pelo maestro fazem parte documentos únicos, como partituras manuscritas, autógrafos originais e manuscritos musicais, salientando-se as 16 operetas de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida, músico de finais do século XIX, que merece ser estudado e divulgado", refere uma nota da câmara.
Segundo a autarquia, a colecção tem "inegável valor para a história da música portuguesa" e "releva-se de uma importância extraordinária para o Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, destacando-se também mais de 400 monografias musicais dos séculos XIX e XX e mais de 2000 partituras avulsas, completando a oferta documental já existente, fruto dos espólios de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti.
De entre as monografias musicais encontram-se obras consideradas de referência de musicólogos e investigadores como José Leite de Vasconcelos, Michelangelo Lambertini, Luís de Freitas Branco, Solange Corbin e Santiago Kästner.
Algumas raridades
A colecção inclui também documentos de grande raridade, designadamente de alguns periódicos musicais cuja importância e valor só foi reconhecida tardiamente, pelo que raramente foram guardadas colecções tão completas como esta, refere ainda a nota camarária.
Em declarações à Lusa, Álvaro Cassuto disse que a colecção começou a ser reunida pelo seu pai, um coleccionador de livros e documentos antigos, a partir dos anos 50. "Achei oportuno entrar em conversações com a câmara para que este espólio não ficasse em mãos privadas", sublinhou o maestro, apontando a importância de manuscritos que não são conhecidos ficarem acessíveis a estudiosos num museu dedicado à música.
O Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria, instalado no Monte Estoril, representa para a autarquia de Cascais um papel de "garante da preservação do património musical português, com responsabilidade pelo tratamento e divulgação do seu espólio, da transcrição e análise das partituras manuscritas, apoiando e promovendo a investigação e estudos em musicologia, a difusão e orquestração de partituras esquecidas e mesmo desconhecidas." PÚBLICO/Lusa
Álvaro Cassuto, natural do Porto, estudou em Berlim com Herbert von Karajan e em Lisboa com Pedro de Freitas Branco e obteve o grau de Kapellmeister em Viena. Dirigiu algumas das mais importantes orquestras do mundo e foi maestro director da Orquestra Sinfónica da RDP (1970-89), Orquestra Sinfónica Portuguesa (1993-99), do Algarve (2002-05), e director da Metropolitana de Lisboa (2004-07).»
Uma boa notícia, vinda do único pelouro que, a meu ver, faz alguma coisa de útil por Cascais.
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